(Ponto de vista de Bill)Cambaleamos pelo corredor, ainda completamente envolvidos um no outro. Levantei Serena nos braços, fazendo-a rir suavemente contra meus lábios.A carreguei até o quarto, com os braços dela envolvendo meu pescoço e puxando-me ainda mais para perto. A porta se fechou atrás de nós, mas mal percebemos, absorvidos um pelo outro. Deixei-a suavemente sobre a cama, mantendo nossos lábios colados, sentindo seus dedos entrelaçando-se nos meus cabelos, arrancando de mim um sorriso inevitável contra sua boca.Nos perdemos um no outro enquanto eu a deitava com cuidado, com nossos beijos se tornando cada vez mais urgentes, e famintos. As roupas desapareceram num impulso natural, sendo deixadas para trás enquanto nos entrelaçávamos completamente, esquecendo do mundo lá fora.À medida que me movia dentro dela, mantinha os olhos fixos nos dela, observando cada reação, e cada suspiro contido que escapava em forma de gemido. Isso realmente me deixava fora de controle! O suor esco
(Ponto de Vista de Bill)— O que você quer dizer com isso? — Perguntei.James deu um longo suspiro antes de responder.— Ouvi de uma fonte confiável. Conheço um cara, o Steve - ele tem boas conexões em certos círculos. O Steve disse que a máfia descobriu onde o Max estava se escondendo.Enquanto James falava, uma sensação de angústia começou a se espalhar pelo meu estômago, arrastando consigo o peso de uma culpa silenciosa. Eu havia chantageado o Max, forçando-o a fazer um pedido de desculpas público, obrigando-o a limpar meu nome e o de Serena depois do fiasco no desfile. O vídeo viral da desculpa provavelmente o colocou novamente no radar da máfia.Tentando controlar o tom da minha voz, perguntei:— Por que a mídia não está em cima disso? Acha que uma história como essa não estaria em todos os lugares?James soltou um suspiro frustrado.— Está tudo sendo abafado. A máfia tem conexões e sabe como manter as coisas em segredo. Talvez as autoridades nem saibam a história toda ainda. Deve
(Ponto de vista de Serena)Bill estava escondendo algo de mim, e eu podia perceber. Naquela manhã, enquanto ele me levava para o trabalho, estava inusitadamente quieto. Normalmente, conversávamos sobre nossos planos ou trocávamos piadas, mas, naquele dia, ele parecia perdido em seus próprios pensamentos.Seus dedos batiam suavemente no volante e, de vez em quando, ele olhava pela janela, como se procurasse algo.Será que isso tinha a ver com o caso da Doris? Eu odiava o fato dele estar me escondendo coisas, provavelmente achando que era melhor eu não me preocupar. Mesmo sabendo que aquilo não era o ideal para o bebê, eu também não era ingênua a ponto de precisar ser protegida da verdade.Assim que cheguei na loja, concentrei toda a minha energia na criação da peça central para a coleção de verão. Estava usando o conjunto de ferramentas para esculpir pedras preciosas que o Calvin havia me dado em sua viagem à Bélgica.Era um conjunto incrível, bem afiado e perfeito para os detalhes fino
(Ponto de Vista de Bill)Enquanto eu me sentava no corredor silencioso e esterilizado do hospital, observava, através do vidro, as enfermeiras se movimentando ao redor de Ana, preparando-a com cuidado para a sessão de quimioterapia.Meu estômago se apertou ao vê-la deitada na cama, com tubos e monitores conectados ao seu pequeno corpo. Nenhuma criança deveria passar por isso.Vi Sofia sentada sozinha, com os olhos fixos em Ana, e pensei que talvez aquele fosse o momento certo para conversar com ela. Aproximei-me em silêncio, sentando-me ao seu lado com discrição.— Como ela está se saindo hoje? — Perguntei, acenando com a cabeça na direção de Ana.— Ela está aguentando firme. — Respondeu Sofia, forçando um sorriso cansado. — Está sendo difícil, mas a Ana é uma guerreira. Obrigada por tudo, Bill. Você não faz ideia do quanto isso significa para nós.— Com certeza, estou disposto a fazer o que for preciso para ajudar a Ana. — Comentei, acomodando-me melhor ao lado de Sofia. Permaneci em
(Ponto de Vista de Bill)A expressão de Sofia mudou, com a preocupação substituindo o alívio visível em seu rosto momentos antes.— Não sei dizer, Sr. Richardson. Já mencionei que ele é extremamente teimoso - só ouve o que quer, aquilo que acredita estar certo.Assenti, compreendendo sua hesitação.— Eu entendo, Sofia. No entanto, talvez, desta vez, você consiga tocá-lo de verdade. Faça-o lembrar do que está em jogo - pela Ana, e pelo futuro de vocês. Se ele aceitar, isso pode ser o começo da justiça… E, quem sabe, a chance de uma saída para todos vocês.Sofia assentiu lentamente, com seu semblante ainda incerto.— Vou ver o que posso fazer. — Disse ela, com a voz baixa.Apertei sua mão pela última vez antes de soltá-la.— Obrigado, Sofia. Isso significa muito para mim.Ela me deu um pequeno, mas determinado, aceno de cabeça.— Vou falar com ele na próxima visita. — Informou, olhando para Ana do outro lado da vidraça.Caímos em silêncio, deixando o peso da conversa pairar entre nós enq
(Ponto de Vista de Serena)Era mais uma audiência para Doris, e eu estava sentada ao lado de Bill, observando o tribunal se encher de murmúrios e sussurros enquanto as pessoas se acomodavam em seus lugares.As testemunhas subiam ao banco, uma a uma, elogiando Doris. Descreviam-na como uma pessoa generosa e bondosa, uma amiga dedicada e uma empresária respeitada, como se estivessem falando de outra pessoa completamente diferente.— A Srta. Tipton sempre foi generosa com seu tempo e seu dinheiro. — Disse uma das testemunhas. — Ela fez doações para várias instituições de caridade e tem sido mentora para muitos jovens profissionais.Outra testemunha, uma ex-colega, acrescentou:— Doris tem um coração de ouro. Ela está sempre disposta a ajudar a organizar alguns dos nossos projetos de apoio à comunidade.Ouvir aquelas palavras me causava um mal-estar difícil de disfarçar. A Doris que eu conhecia era manipuladora e perigosa, e vê-la ser descrita como uma santa me deixava profundamente irrita
(Ponto de Vista de Bill)A voz de Hansen cortou a tensão no ar.— Srta. Tipton, é verdade que a senhorita ameaçou a Srta. Nixon, dizendo que iria machucá-la e ao bebê dela?Um suspiro dramático escapou de Doris, enquanto seus olhos se arregalavam em um choque fingido.— Absolutamente não. — Respondeu ela, com a voz trêmula. — Eu jamais ameaçaria alguém, especialmente uma mulher grávida. Essa é uma acusação horrível.Eu cerrei os dentes, sentindo a frustração se acumular dentro de mim.— Então, como a senhorita explica as acusações da Srta. Nixon? — Perguntou Hansen, com um tom suave.Doris respirou com dificuldade, com seus olhos percorrendo rapidamente o tribunal.— Eu só estava tentando me defender. — Disse ela, suavemente. — Serena veio na minha direção, e entrei em pânico. Deve ter sido algo que eu disse, algo que ela interpretou como uma ameaça. Mas eu nunca quis machucá-la - muito menos ao bebê.Cada palavra que saía da boca dela era uma mentira, mas ela estava vendendo isso… Tão
(Ponto de Vista de Serena)Quando o áudio começou a ser reproduzido, senti um nó apertar no estômago, enquanto meus olhos permaneciam fixos em Doris, que continuava sentada com uma calma artificial, com seus olhos se movendo de tempos em tempos na direção do júri.A gravação era de qualidade ruim, mas a voz de Doris soava nítida e fria. Preparei-me, ouvindo atentamente cada palavra.A voz dela estalou nos alto-falantes.— Ah! Receba o que você merece, sua vadia!O som dos seus passos pisando contra o terraço ecoou de forma ameaçadora, aumentando em intensidade e velocidade, como uma tempestade prestes a estourar. Em seguida, ecoou o som inconfundível de uma luta - objetos sendo derrubados, o arrastar apressado de sapatos contra o chão áspero do terraço, e o ritmo irregular de uma respiração ofegante cortando o silêncio.Então minha voz, cheia de pânico, surgiu pelos alto-falantes.— Você não pode mais me intimidar, Doris. Esses tempos acabaram.Um estrondo forte ecoou, seguido por resp