Havia dez vestidos dispostos lado a lado diante de Ayla. Ela, animada, puxou Alana pela mão enquanto caminhava ao redor das peças.— Alana, qual você acha mais bonito?— Esse. — Respondeu Alana, apontando para um vestido rosa claro.O modelo lembrava os vestidos de crinolina, mas tinha um comprimento mais curto e moderno. Com a silhueta delicada e o estilo clássico, o vestido parecia perfeito para Ayla, que tinha uma cintura fina e feições adoravelmente delicadas.— Perfeito! É esse mesmo. — Disse Ayla, virando-se para o gerente. — Ajuste o necessário e envie para a minha casa.— Claro, Srta. Ayla. — Respondeu o gerente com um sorriso.Logo depois, Ayla puxou Alana de novo.— Alana, agora é a sua vez. Veja qual você gosta mais!Alana olhou rapidamente ao redor. Apesar de os vestidos serem lindos, nenhum deles combinava com seu estilo. O design da loja era claramente voltado para o estilo "princesa", com uma pegada jovial e romântica, algo que combinava perfeitamente com Ayla, mas não c
Murilo lançou um olhar frio e cortante:— Não é da sua conta.— Sr. Murilo, eu só queria ser gentil e ajudá-lo a encontrar o caminho. — Disse Isadora, com um sorriso forçado e claramente desconfortável.— Não precisa. — Respondeu Murilo, continuando a andar sem sequer diminuir o passo.Isadora observou a figura dele se afastando, sentindo a raiva subir até a cabeça. Ela bateu o pé no chão com força, mas sua insatisfação foi maior que sua dignidade, e ela correu para alcançá-lo novamente.— Sr. Murilo, amanhã é o seu aniversário. Será que o senhor poderia me dar um convite? — Perguntou Isadora, piscando os olhos de maneira exagerada, tentando parecer inocente.Infelizmente para ela, desta vez Murilo sequer se deu ao trabalho de olhar para ela. Ele seguiu em frente, caminhando diretamente na direção do consultório psicológico.Isadora ficou parada por alguns segundos, encarando o homem que se afastava. Então, percebeu para onde ele estava indo. Não era Ayla que ele procurava, mas sim Ala
— Srta. Alana, você está realmente deslumbrante hoje. — Elogiou Roberto, com um sorriso genuíno e sem qualquer malícia, apenas pura admiração.— Obrigada. — Respondeu Alana com um sorriso educado. — Srta. Alana, por favor, entre no carro! — Disse Roberto, abrindo a porta traseira do veículo com toda a gentileza. — Foi você quem veio me buscar? — Perguntou Alana enquanto caminhava em direção ao carro. Roberto esperou que ela se acomodasse antes de responder:— Foi o Murilo quem pediu para eu vir. Ele está ocupado conversando com o avô, então não pôde vir pessoalmente. Depois de fechar a porta, Roberto entrou no banco do motorista. — Muito obrigada. — Disse Alana, com um leve sorriso. No Hotel Palmeira.O salão mais luxuoso do hotel havia sido reservado exclusivamente para a festa de aniversário de Murilo. O evento era ainda mais grandioso do que a festa de Isadora, com uma decoração de tirar o fôlego. Por ser um evento em homenagem ao herdeiro da família Coelho, a lista de
— Assine.A voz fria e grave soou acima de sua cabeça, enquanto uma folha de papel era colocada diante dela. Era um contrato de divórcio. Alana Alves ficou levemente atônita, levantando os olhos para encarar Diego Arruda. Um sorriso amargo surgiu em seus lábios.Então era isso... Não era à toa que, mais cedo, ele havia feito algo completamente inusitado: ligou para ela pela manhã, dizendo que voltaria para casa à noite porque precisava conversar.Ela passou o dia inteiro ansiosa, cheia de expectativas. Pensou que, talvez, depois de três anos de casamento, ele finalmente estivesse disposto a abrir seu coração para ela. Mas, no fim, o que ele tinha a dizer era isso. O ponto final em um casamento que, para ela, já durava uma eternidade, mas, para ele, nunca havia começado de verdade.Alana pegou os papéis sem dizer nada. Seus dedos apertaram levemente as folhas, enquanto ela permanecia em silêncio. Depois de um momento, sua voz saiu rouca:— Tem mesmo que ser assim?Diego franziu as sobra
Alana ouviu a conversa do lado de fora do escritório e abaixou os olhos. Durante todos esses anos como parte da família Arruda, ela sempre se esforçou ao máximo para cuidar de Luana, sua sogra, e de Isadora, a irmã caçula de Diego.Quando Isadora sofreu aquele acidente de carro e precisou passar por uma cirurgia delicada, foi Alana quem ficou noites inteiras no hospital, cuidando dela. Para Luana, ela sempre teve paciência e respeito, tratando-a com o máximo de atenção. Mas, no fim das contas, tudo isso não fez a menor diferença. Não importava o quanto se dedicasse, o desprezo dos Arruda por ela nunca mudou.Pouco depois, o celular tocou. Era Luiza Duarte, a voz dela soava um pouco cansada:— Alana, você realmente não vai? Eu me lembro que você adorava caçar ao ar livre. Sem falar que é sempre uma boa desculpa para dirigir como louca.Alana ficou um instante em silêncio, surpresa. Algumas lembranças vieram à tona, como se alguém tivesse puxado uma corda esquecida em sua mente.Antes de
Sob o olhar atônito de Isadora, Alana segurou a mala com firmeza e saiu sem olhar para trás.Assim que deixou os Arruda, avistou Luiza abaixando o vidro do carro. Ela inclinou a cabeça para fora e, com um sorriso radiante, mandou-lhe um beijo no ar:— Amor, entra logo no carro! Hoje você vai comemorar comigo.Embora tivesse falado em comemoração, Luiza sabia bem que o coração de Alana ainda estava pesado por causa do divórcio. Por isso, resolveu levá-la a um restaurante com temática musical, onde pudessem conversar e descontrair. Ao descobrir o motivo da separação, Luiza não conseguiu conter a indignação:— Foi por causa da Telma de novo? Mas que coisa absurda! O que o Diego viu nela, afinal?Alana mexia lentamente o café com a colher, a voz saindo preguiçosa:— Não sei…Alana nunca chegou a conhecer Telma, a mulher que parecia ser a eterna "primeira-amor" no coração de Diego. Quando Telma foi para o exterior, Alana ainda não fazia parte da vida dele. Tudo o que sabia vinha de rumores:
Alana parou os passos. Sua expressão permanecia tranquila, mas ela não estendeu a mão para retribuir o cumprimento. O rosto de Telma ficou levemente rígido.Ao lado, Diego abriu a boca para quebrar o silêncio, com a voz baixa e grave:— O vovô ficou sabendo da gente. Ele pediu para você ir jantar hoje à noite. Seu celular estava desligado, então vim te buscar.— Entendi. — Alana olhou para o celular e confirmou que estava desligado. Assentiu com a cabeça. — Vou carregar a bateria. Daqui a pouco eu vou.O subtexto era claro: ela não planejava ir junto com eles.Diego franziu as sobrancelhas:— Que tal eu esperar você aqui em baixo?Alana interrompeu-o com um sorriso leve:— Não precisa. Eu vou sozinha.Diante do silêncio dele, Alana desviou o olhar para Telma e lançou calmamente:— E amanhã, às nove da manhã, se você estiver livre, podemos ir buscar o certificado de divórcio.Por algum motivo, Diego sentiu uma inquietação crescer em seu peito:— Está com tanta pressa assim?Alana assen
Diego estava perdido em seus pensamentos quando sentiu um toque suave e quente em sua mão. Virou a cabeça e viu Telma olhando para ele com preocupação:— Diego, está com dor no estômago? Quer que eu pegue um pouco de sopa para você?Ele balançou a cabeça, recusando.Enquanto isso, Alana terminava de cumprimentar Dario. Sem demonstrar emoção, puxou a cadeira e se sentou à mesa, completamente alheia à interação entre Diego e Telma. Dario, por outro lado, deixou escapar um resmungo de desprezo.Os jantares na família Arruda sempre seguiam a etiqueta rígida de silêncio à mesa. Alana, sem muito apetite, apenas acompanhou Dario e comeu um pouco para não parecer desrespeitosa.Quando a refeição terminou, Dario segurou a mão dela e disse:— Eu já soube de tudo entre você e o Diego, Alana. Não se preocupe, para a família Arruda, você é e sempre será a única nora legítima.Dario lançou um olhar cortante para Diego e Telma, cujas expressões ficaram tensas. Aproveitando o momento, disparou com sar