Alana apenas sentiu vontade de rir daquela situação e respondeu com ironia:— Se ele te ama tanto assim, por que você perde tempo falando essas bobagens comigo?Quando Telma ia retrucar, um Cayenne parou na calçada. Murilo desceu do carro e olhou diretamente para Alana.Alana não deu mais atenção a Telma e caminhou até Murilo:— Sr. Murilo, por que me chamou aqui?— Entra no carro, depois conversamos. — Murilo abriu a porta do passageiro para ela.Alana apenas assentiu com a cabeça e entrou no carro sem dizer mais nada.Telma, com os olhos marejados, não se conformou e gritou para Murilo:— Sr. Murilo! Você sabia que a Srta. Alana não para de se envolver com o Diego?Murilo se surpreendeu, virou-se para Telma e respondeu:— Pelo que eu sei, quem sempre procura é o Diego. O nome disso é assédio.Depois disso, ele entrou no carro.Alana comentou com desdém:— Esses dois realmente nasceram um para o outro.— Foi o Diego que te chamou aqui? — Murilo perguntou.Alana confirmou com a cabeça:
Assim que terminou de falar, Alana voltou para o próprio apartamento no andar de baixo. Ela sabia, racionalmente, que não podia se deixar envolver pelo carinho de Murilo e precisava reconhecer o seu lugar. Talvez estivesse na hora de se posicionar de verdade.À noite, Telma voltou para casa completamente abatida. Diego tinha acabado de sair do banho e perguntou:— Por que demorou tanto para voltar?Telma forçou um sorriso:— Minha mãe conversou bastante comigo.— Entendi. Vou para o escritório terminar umas coisas. — Diego passou por ela, sem parar.Telma ficou olhando para as costas dele, os olhos cheios de frustração. Meia hora depois, ela trocou de roupa: vestiu uma camisola de cetim rendada, decote baixo e justa ao corpo, realçando suas curvas. Com os cabelos ainda meio úmidos caindo sobre os ombros, ela borrifou perfume, passou batom e entrou com uma taça de vinho no escritório.Ela se aproximou de Diego e pousou a taça diante dele:— Diego, faz tempo que não conversamos direito.
[Professora Alana, depois daquela nossa conversa, eu me senti muito melhor. Volta logo, preciso te contar mais coisas.][Professora Alana, obrigada por ter mostrado meu artigo para minha ídola. Ela até respondeu meu e-mail!][Professora Alana, todos estão preocupados com você! Volte logo!]Inúmeras mensagens calorosas e cheias de carinho encheram os olhos de Alana de lágrimas. Com os olhos úmidos, ela abriu a porta da sala de atendimento.Tudo continuava como antes. Ela percebeu que o cofre quebrado havia sido recolocado no lugar, mas agora estava consertado.Alana sentou-se em seu lugar, ligou o computador e começou a trabalhar. Os posts maldosos e alarmistas do fórum já tinham sido todos apagados, como se alguém tivesse limpado tudo de propósito. O ambiente virtual voltara a ser dominado por debates acadêmicos, como sempre fora.No departamento de polícia de Huambo.Luana e Telma esperavam diante da sala de detenção. Alguns minutos depois, a porta se abriu e Isadora saiu, escoltada p
Tudo o que aquelas pessoas diziam era mentira! Ela só tinha sido vítima de uma armação da Alana! Mas, sempre que Isadora fechava os olhos, os insultos ecoavam em sua mente, as vozes furiosas martelavam em seus ouvidos.Isadora tapou os ouvidos com força, desesperada:— Eu nunca vou te perdoar, Alana!No dia seguinte, Isadora voltou para a escola. Assim que entrou, percebeu que todos os estudantes olhavam para ela com desprezo.Quando Isadora entrou na sala, os colegas, que conversavam animadamente, se dispersaram rapidamente. Ela foi até Isis e reclamou:— Essas pessoas não sabem distinguir o certo do errado. Eu fui injustiçada!Para sua surpresa, Isis não a apoiou, respondendo com frieza:— Todo mundo viu o que aconteceu naquele dia, saiu até vídeo nas notícias. Você ainda quer dizer que foi injustiçada?Isadora lançou um olhar furioso para Isis:— Então agora você também vai defender a Alana? Não esqueça de quem você é! Sempre te tratei bem, e agora você não me ajuda!— Isadora, agor
— Assine.A voz fria e grave soou acima de sua cabeça, enquanto uma folha de papel era colocada diante dela. Era um contrato de divórcio. Alana Alves ficou levemente atônita, levantando os olhos para encarar Diego Arruda. Um sorriso amargo surgiu em seus lábios.Então era isso... Não era à toa que, mais cedo, ele havia feito algo completamente inusitado: ligou para ela pela manhã, dizendo que voltaria para casa à noite porque precisava conversar.Ela passou o dia inteiro ansiosa, cheia de expectativas. Pensou que, talvez, depois de três anos de casamento, ele finalmente estivesse disposto a abrir seu coração para ela. Mas, no fim, o que ele tinha a dizer era isso. O ponto final em um casamento que, para ela, já durava uma eternidade, mas, para ele, nunca havia começado de verdade.Alana pegou os papéis sem dizer nada. Seus dedos apertaram levemente as folhas, enquanto ela permanecia em silêncio. Depois de um momento, sua voz saiu rouca:— Tem mesmo que ser assim?Diego franziu as sobra
Alana ouviu a conversa do lado de fora do escritório e abaixou os olhos. Durante todos esses anos como parte da família Arruda, ela sempre se esforçou ao máximo para cuidar de Luana, sua sogra, e de Isadora, a irmã caçula de Diego.Quando Isadora sofreu aquele acidente de carro e precisou passar por uma cirurgia delicada, foi Alana quem ficou noites inteiras no hospital, cuidando dela. Para Luana, ela sempre teve paciência e respeito, tratando-a com o máximo de atenção. Mas, no fim das contas, tudo isso não fez a menor diferença. Não importava o quanto se dedicasse, o desprezo dos Arruda por ela nunca mudou.Pouco depois, o celular tocou. Era Luiza Duarte, a voz dela soava um pouco cansada:— Alana, você realmente não vai? Eu me lembro que você adorava caçar ao ar livre. Sem falar que é sempre uma boa desculpa para dirigir como louca.Alana ficou um instante em silêncio, surpresa. Algumas lembranças vieram à tona, como se alguém tivesse puxado uma corda esquecida em sua mente.Antes de
Sob o olhar atônito de Isadora, Alana segurou a mala com firmeza e saiu sem olhar para trás.Assim que deixou os Arruda, avistou Luiza abaixando o vidro do carro. Ela inclinou a cabeça para fora e, com um sorriso radiante, mandou-lhe um beijo no ar:— Amor, entra logo no carro! Hoje você vai comemorar comigo.Embora tivesse falado em comemoração, Luiza sabia bem que o coração de Alana ainda estava pesado por causa do divórcio. Por isso, resolveu levá-la a um restaurante com temática musical, onde pudessem conversar e descontrair. Ao descobrir o motivo da separação, Luiza não conseguiu conter a indignação:— Foi por causa da Telma de novo? Mas que coisa absurda! O que o Diego viu nela, afinal?Alana mexia lentamente o café com a colher, a voz saindo preguiçosa:— Não sei…Alana nunca chegou a conhecer Telma, a mulher que parecia ser a eterna "primeira-amor" no coração de Diego. Quando Telma foi para o exterior, Alana ainda não fazia parte da vida dele. Tudo o que sabia vinha de rumores:
Alana parou os passos. Sua expressão permanecia tranquila, mas ela não estendeu a mão para retribuir o cumprimento. O rosto de Telma ficou levemente rígido.Ao lado, Diego abriu a boca para quebrar o silêncio, com a voz baixa e grave:— O vovô ficou sabendo da gente. Ele pediu para você ir jantar hoje à noite. Seu celular estava desligado, então vim te buscar.— Entendi. — Alana olhou para o celular e confirmou que estava desligado. Assentiu com a cabeça. — Vou carregar a bateria. Daqui a pouco eu vou.O subtexto era claro: ela não planejava ir junto com eles.Diego franziu as sobrancelhas:— Que tal eu esperar você aqui em baixo?Alana interrompeu-o com um sorriso leve:— Não precisa. Eu vou sozinha.Diante do silêncio dele, Alana desviou o olhar para Telma e lançou calmamente:— E amanhã, às nove da manhã, se você estiver livre, podemos ir buscar o certificado de divórcio.Por algum motivo, Diego sentiu uma inquietação crescer em seu peito:— Está com tanta pressa assim?Alana assen