O abuso sexual é uma situação em que uma criança ou adolescente é usado para gratificação sexual de um adulto ou mesmo de um adolescente mais velho, baseado em uma relação de poder que pode incluir desde carícias, manipulação da genitália, mama ou ânus, exploração sexual “voyeurismo”, pornográfia e exibicionismo, até o ato sexual com ou sem penetração, com ou sem violência física. A etiologia e os fatores determinantes do abuso sexual contra a crianças e os adolescentes tem implicações diversas. Envolvem questões culturais (como é o caso do incesto) e de relacionamento (dependência social e afetiva entre os membros da família), o que dificulta a notificação e perpétua o “muro do silêncio”. Envolvem questões da sexualidade, seja da criança, do adolescente ou dos pais, e da complexa dinâmica familiar.
Na maioria dos casos, o abusador é uma pessoa que a criança conhece, confia e, frequentemente ama. Pode ocorrer com uso de força e da violência, mas na maioria das vezes estas não estão presentes. O agressor é quase sempre um membro da família ou responsável pela criança, que abusa de uma situação de dependência efetiva e/ou econômica da criança ou adolescente. É importante destacar que, por vezes, o abusador é um adolescente.
O uso do poder pela assimetria entre abusador e abusado é ingrediente por excelência de toda situação de abuso. O abusador se aproveita do fato da criança ter sua sexualidade despertada para consolidar a situação de acobertamento. A criança se sente culpada por sentir prazer e isso é usado pelo abusador para conseguir seu consentimento.
O abuso sexual compreende uma série de situações como o "voyeurismo", a manipulação da genitália, a pornográfia, o exibicionismo, o assédio sexual, o estupro, o incesto e a prostituição infantil, dividindo-se em dois tipos básicos: abuso sexual sem contato físico e o abuso sexual com contato físico.
Existe diferença no abuso sexual e no estrupo e nunca sequer pensamos sobre, o abuso é onde o abusador tem todo esquema na mente de como ocorrerá? Qual será o seu procedimento até chegar na criança... até conseguir realizar o ato... já o estrupo é onde não tem sequer essa opção onde é tudo feito no prazer do estrupador sendo forçado, sendo na marra, querendo ou não com ou sem consentimento vítima... isso para eles não significa absolutamente nada.
O abuso é analisado, é calculado... tudo nos seus princípios de psicopata, possessivo, analista... ele calcula todos os bons e os contra e por fim toda sua rota de fuga para se colocar como vítima e não como o abusador.
Já o estrupador ele não tem dó, não tem pena, ele apenas age pelo seu extinto e o que daria para satisfazer o seu prazer.. se para ele está sendo agradável então em sua mente está ótimo.... numa mente de um psicopata sua vítima que se dane... está nem aí com a acusação porque nem todas suas vítimas ficam vivas para contar a sua história... machucando-as ou não para ele é e sempre será satisfatório e prazeroso.
Muitas vítimas alegam que no banho faz em elas se sentirm mais aliviadas, onde elas alegam dizer que tem um novo dia toda vez que se lembra ou se recorda do que realmente aconteceu.
Sempre se perguntam o por que foi consigo o porquê que aconteceu isso? Minha mãe sabia e não fez nada para me proteger, chegou até a me bater quando eu disse o que ele fez comigo. Me sinto muito sozinha... (Depoimento de uma adolescente aos 17 anos).
Mamãe eu tenho uma coisa nojenta para te falar o papai mandou eu pegar no piru dele. (Depoimento de uma criança de 4 anos).
As dimensões do fenômeno da violência sexual
Nos últimos anos, as várias iniciativas de estudos, pesquisas, criação de leis e desenvolvimento de políticas, programas e serviços destinados ao enfrentamento da violência sexual, tanto em âmbito nacional quanto internacional, proporcionaram avanços substanciais no que se refere à sua caracterização.
Embora, atualmente, o conhecimento e a consciência acerca do fenômeno sejam maiores, suas complexidade e dimensão ainda não permitiram a geração de dados nacionais ou internacionais capazes de dimensioná-lo com precisão.
Um fator complicador é que, de modo geral, os crimes sexuais cometidos contra crianças e adolescentes estão cercados de preconceitos, tabus e silêncios, o que dificulta sua denúncia às autoridades, contribuindo para o sub dimensionamento do problema e o alto índice de impunidade dos autores desse tipo de violência.
Neste guia fazemos claras distinção entre abuso e exploração sexual comercial.Enquanto o abuso sexual é uma violação à dignidade sexual de crianças e adolescentes, que ocorre de forma mais recorrente nos contextos intra e extrafamiliar, a exploração sexual comercial está relacionada ao que se denomina prostituição de crianças e adolescentes.Embora os dois problemas façam parte do fenômeno mais amplo da violência sexual, os números de casos de abuso são substancialmente maiores do que os de exploração sexual comercial.
De acordo com estudos e pesquisas sobre o assunto, em 90% das ocorrências de abuso
sexual, o autor é alguém com quem a vítima convive – o pai biológico, o padrasto, o tio, o avô, o irmão ou o vizinho –, o que muitas vezes, impede que o crime venha ser denunciado.Dados da violência sexual no Brasil
O Disque-Denúncia 100 registrou, no período de 2003 a 2010, um crescimento de 683% no número de denúncias.
De acordo com as estatísticas, desse serviço, de janeiro a julho de 2010, nas porcentagens de registros por macrocategorias de violência nas denúncias categorizadas, a violência sexual encontrava-se em primeiro lugar, empatada com as violências física e psicológica (36%), seguidas de negligência (28%). Dos 36% de casos de violência sexual registrados, 65,08% referiram-se a casos de abuso sexual, 34,02% a exploração sexual, 0,60% a pornografia e 0,30% a tráfico de crianças e adolescentes.
Entre os casos de abuso sexual, o incesto foi a manifestação mais recorrente.Em estudo realizado no ABCD Paulista, registrou-se que 90% das gestações de adolescentes com até 14 anos foram fruto de incesto, sendo o autor, na maior parte dos casos, o pai, um tio ou o padrasto (FACULDADE DE MEDI CINA ABC, 2001).Analisando o perfil de crianças e adolescentes vitimizados pelos vários tipos deviolência notificados ao Disque-Denúncia 100, verifica-se que a maioria é composta pormeninas com idades entre 7 e 14 anos.Contudo, o fato de a maioria dos casos notificados ser de crianças e adolescentes do sexo feminino não deve minimizar a importância dos casos de violência sexual contra crianças e adolescentes do sexo masculino, para os quais vêm sendo computados números crescentes de denúncia à medida que as campanhas pró-notificação contribuem para superar os tabus de gênero.
O fenômeno nos Estados Unidos
As estatísticas norte-americanas registram mais de 1,5 milhão de casos de maus-tratos
contra crianças e adolescentes, com 1.000 óbitos anuais. Desse total de notificações, 300 mil referem-se a casos de abuso sexual contra crianças e adolescentes e, entre esses, 4 mil de incestos pai e filha.Acredita-se que, de cada 20 situações de violência, somente uma é registrada naquele País.
As pesquisas demonstram, ainda, que a cada 4 segundos uma criança é vítima de abusosexual nos Estados Unidos, e que uma em cada três garotas e um em cada quatro garotos sãosexualmente abusados antes dos 18 anos. Além disso, esses estudos também informam que90% das crianças e adolescentes são vítimas de pessoas que conhecem, amam e nas quaisconfiam, e que somente uma em cada quatro garotas e um em cada 100 garotos denunciam o abuso sexual sofrido.Se, por um lado, os números colocam os Estados Unidos como um dos países que maisdenunciam casos de abuso sexual, por outro, registram uma queda de 40% nos índices denotificação mais recentes, em decorrência do conjunto de intervenções sociais realizadas nasúltimas décadas (SEDLAK et al., 2010). Essa diminuição nos índices de notificação demonstra que as ações coletivas de enfrentamento podem fazer a diferença.Abuso sexual sem contato físicoAbuso sexual verbal: conversas abertas sobre atividades sexuais destinadas a despertar o interesse da criança ou do adolescente ou a choca-los.Telefonemas obscenos: a maioria é feita por adultos, especialmente do sexo masculino, podendo gerar ansiedade na criança, no adolescente e na família.Exibicionismo: a intenção, neste caso, é chocar a vítima, o exibicionista é, em parte, motivado por está reação, a experiência pode ser assustadora para as vítimas.Voyeurismo: obtém sua gratificação através da observação de atos ou órgãos sexuais de outras pessoas, estando normalmente em local onde não seja percebido pelos demais. A experiência pode perturbar e assustar a criança ou adolescente. A internet é hoje a grande vitrine para o "voyeur".Outros: mostrar para crianças fot
O abuso sexual pode ser identificado por lesões físicas hematomas, ruptura do hímen, equimoses, m arcas de mordidas, lacerações anais e outras. A magnitude das lesões está associada a gravidade do ato sexual e, geralmente estão presentes em pequeno número, pois a maioria dos casos de abuso sexual não deixa vestígios físicos. Doenças sexualmente transmissíveis e AIDS, hepatite B, corrimento vaginal, relaxamento do esfíncter anal, dores abdominais, sangramento vaginal e gravidez podem ser consequência do abuso sexual. Em crianças menores, podem ocorrer enurese noturna, encoprese, distúrbios do sono e de alimentação. O uso de técnicas bem elaboradas e até sofisticadas, por parte de profissionais da ABRAPIA (capacitados para a utilização de bonecos anatomicamente corretos durante as entrevistas com crianças), associadas a muita sensibilidade e tato, faz parte da abordagem para a identificação do abuso sexual.
O abuso sexual de crianças não é um fenômeno do século XX, relatos bíblicos apontam que a exploração sexual e o incesto, praticados pelos próprios pais ou parentes, estavam presentes desde épocas remotas. Os príncipes Incas, por exemplo, mantiveram sua linhagem pura por 14 gerações com casamentos entre irmãos. O que é novo desde o início dos anos 60 é o fato de este fenômeno ter sido formalmente identificado e de suas formas patológicas mais complexas terem sido objeto de estudo. Por volta dos anos 70, por exemplo a pornografia infantil nos Estados Unidos aumentou em virtude do número crescente de pessoas que praticavam a pedofilia (perversão sexual onde crianças são objeto sexual preferido). Este grupo organizou-se a ponto de produzir farto material informativo com o intuito de alterar a legislação vigente dos Estados Unidos, com base na afirmação de que suas atividades calcavam-se em sentimentos naturais e inofensivos. Com o advento da internet, esses grupos internacionais de pedó
A pedofilia é uma psicopatologia, uma perversão sexual com caráter compulsivo e obsessivo, em que adultos apresentam uma atração sexual, exclusiva ou não, por crianças e adolescentes impúberes.Alguns consideram a pedofilia uma síndrome (conjunto de sinais e sintomas) que ocorre em diversas psicopatologias. O pedófilo é um individuo aparentemente normal, inserido na sociedade. Costumam ser “pessoas acima de qualquer suspeita” aos olhos da sociedade, o que facilita a sua atuação. Geralmente ele não prática atos de violência física contra a criança. Age de forma sedutora, conquistando a confiança da criança, mas pode se tornar violento e até chegar a matar as suas vítimas.Recentemente nos anos de 2001 e 2002. Algumas situações divulgadas na mídia nacional e internacional envolveram padres nos EUA, Reino Unido, França, Polônia, Alemanha, Áustria, Australia, educadores no Reino Unido e Franca e indivíduos de classe média de 10 países denunciados e punidos por pornografia in
Mitos• O abusador sexual é um psicopata um tarado que todos reconhecem na rua;• O estranho representa e perigo maior as crianças e adolescentes;• O abuso sexual está associado a lesões corporais;• A criança mente e inventa que é abusada sexualmente;• É fácil identificar o abuso sexual em razão das evidências físicas encontradas nas vítimas;• A maioria dos paus e professores estão informados sobre o abuso sexual de crianças sua frequência e como lidar;• A divulgação de textos sobre pedofilia e fotos de crianças e adolescentes em posições sedutoras ou praticando sexo com outras crianças, adultos e até animais não causam malefícios uma vez que não contato e tudo ocorre virtualmente na tela do computad
Do ponto de vista legalMuitas pessoas tem dificuldades em comunicar possíveis casos de abuso sexual as autoridades. No entanto as consequências de não notificar o abuso sexual podem ser fatais. Um outro fator que atrapalha a denúncia é a descrença nas possíveis soluções, pois na pratica nem todos os casos são legalmente compráveis em razão de não existir uma estrutura judicial e policial satisfatórias, sob o ponto de vista da investigação. O estatuto da criança e do adolescente (lei 8069 de 13/07/1990), a constituição Federal e o código penal dispõem sobre a proteção da criança e do adolescente contra qualquer forma de abuso sexual e determinam penalidade, não apenas para os que praticam o ato, mas também para aqueles que se omitem.Nas páginas seguintes est
Na emergência Anamnese detalhada do caso; Exame físico COMPLETO, com descrição detalhada das lesões, inclusive da genitália e ânus; Avaliação da necessidade de exames complementares; RX de crânio, tórax e ossos longos; Tomografia computadorizada do crânio (nos casos de comprometimento neurológicos); Ultrassonografia e ressonância magnética (se necessário); Exame de área especifica por especialista; Notificação obrigatória de todos os casos suspeitos ou confirmados ao policial de plantão, delegacias, conselhos tutelares ou ao juizado da infância e da juventude, de acordo com os artigos 12 e 245 do estatuto da criança e do adolescente. Acionamento do Comitê de defesa da criança e do adolescente do seu hospital, para dar continuidade ao caso; Internação obrigatória de todos os casos suspeitos ou confirmados de abuso sexual, este procedimento visa
Em termos GeraisProvidencias poderão ser tomadas junto aos conselhos tutelares, autoridades judicias, autoridades policiais, promotorias de justiça, centro de defesa da criança e do adolescente e programas SOS crianças. Para que se garante que o abuso sexual e que a criança e o adolescente estejam realmente protegidos de novas agressões algumas medidas devem ser tomadas. Através da via judicial ou através dos conselhos tutelares, uma equipe interdisciplinar ou juizado composta por psicológico, assistentes sociais e médicos legistas, fará um estudo do caso apontando soluções para que o juiz tome as medidas legais cabíveis.Nos centros de defesa ou programa SOS criança uma equipe interdisciplinar atuará no recebimento da notificação que pode ser de forma anônima, desde que sejam dadas informações da n