Luana estava desesperada e em choque, nada que fizesse poderia trazer sua paz mental de volta. Diego havia sido levado para a emergência, e ela o acompanhou. Não havia nenhum laço que os ligassem, mas era sua obrigação depois do que ocorrera. Ele fizera muito por ela na balada, e lhe devia um favor depois de tudo que ele fez para protegê-la. A cena se repetia diversas vezes em sua cabeça, o corpo de Diego tombando, o impacto no chão. Tudo se repetia e Luana não conseguia evitar a iquietação. Levantando o corpo da poltrona da recepção ela perambulou sem rumo, já era quase noite e não tinha recebido noticia de Diego. Seus olhos baixaram a visão, constatando que estava descalça, suja e com o mesmo vestido da noite anterior, faria 24 horas que estava com aquela roupa. Sentindo um peso sobre seu ombro, Luana massageou devagar, estava faminta, exausta, o dia havia sido uma bagunça, jamais esperou que se encontraria com Diego novamente, principalmente daquela forma. Ela girou o corpo mai
Luana aguardou uma resposta, seu irmão parecia apreensivo. Ela percebeu que ele estava lutando para dizer, mas talvez pudesse ser algo complicado demais, talvez até algo que ela não entenderia. Motivada por preocupação genuína, a ruiva segurou o pulso do irmão, ele parecia pálido. — Catarina está grávida.— Luan disse de uma vez. — Espera o quê? — A ruiva arregalou os olhos.— Luan, não pode deixá-la. — A ruiva disse de uma vez. A descoberta que seria tia a pegou de surpresa. — E não vou, que tipo de homem eu seria se a abandonasse no momento que mais precisa de mim?— O irmão caminhou pela sala de espera, suas mãos se moviam pelo seu rosto. — Eu sei o que está pensando o que está sentindo.— Luana se aproximou dele retribuindo o conforto que recebeu dele minutos antes.— Eu sei que vocês se amam, podem conseguir resistir aos nossos pais se persistirem. — Não é tão simples, não quero que a mulher que amo sofra nas mãos dos nossos pai, você sabe como eles reagem quando fugi
O som da música penetrou os ouvidos de Luana fazendo com que ela movesse o corpo ao som da melodia contagiante. Aproveitando o ambiente tranquilo da cozinha, ela moveu os dedos frente ao rosto enquanto as batidas da música animada liberava uma onda de energia.Sem observar muito bem, ela continou os movimentos, enquanto erguia as pernas para os lados e girava a cabeça. Seu corpo suado, porém repleto de adrenalina se movia a cada movimento que ela fazia. Enquanto se perdia no seu mundo, de olhos fechados, ela não percebeu a presença do homem que a observava na entrada da cozinha. Cruzando os braços e reprimindo o riso, ele observou sua irmã mover o corpo para os lados e manteve a gargalhada. — O que essa largartixa tem hoje? — Ele cobriu a boca. Mas Luana tão pouco reparou na presença do seu irmão. Quando as batidas da música reduziu e a música finalmente terminou, Luana ergueu os braços para cima fazendo uma ultima pose.— Você como dançarina é uma otima cozinheira.— AAAAH QUE S
Como havia esperado, Luana percebeu que fora uma péssima ideia aceitar reunir a familia. Embora já se faz bastante tempo desde os ultimos acontecimentos relacionados ao seu antigo casamento, Luana ainda nutria um certo rancor. Diego fora um péssimo marido, e a pressão de sua família e o controle sobre seu casamento acabou afetando ainda mais a relação entre ambos, até resultar no que de fato resultou. Ao saborearem o prato principal, Ravioli de pupunha recheado com camarão, servido com molho de manteiga e limão-cravo. Luana percebera que talvez tenha feito um prato elaborado demais para seus pais que tão pouco se importavam com ela como deveriam.— Então quer dizer que é chefe do restaurante Essência?— A mãe dela iniciou a conversa. Enquanto saboreava o prato sem mostrar nenhum agrado. Sua expressão estava marcada por um leve franzir no nariz, como se estivesse com nojo. — Estou achando um pouco ácido demais, talvez tenha pesado no limão. Luana sentiu seu ombro enrijecer com o tom
Não se passara muito tempo, desde a entrada de Diego na boate apertada. Os corpos das pessoas se juntavam ao som de músicas eletrônicas esparrosas. Ele estava mais interessado na bancada de bebidas. Empurrando garganta abaixo mais uma dose de bebida, ele acomodou-se no banco enquanto seus olhos se moviam perdidos no meio da multidão. Girando o corpo para frente mais uma vez e sentindo-se zonzo, Diego repetiu o pedido de mais uma dose para o barman que o fitou preocupado. Sua experiência naquele lugar era o suficiente pra saber que pessoas naquele estado podem causar problema em questão de segundos. Não podendo negar a bebida, ele a entregou para o homem bebado a sua frente. Em segundos Diego bateu o copo contra a bancada após ter bebido tudo em segundos. — Senhor, não acha que deveria chamar alguém para busca-lo?— O barman preocupado prontificou-se.— É o quê? Eu consigo dirigir muitooo....— Tombando para trás, Diego pausou a fala tentando equilibrar o corpo. Ao se apoiar no balcã
Diego desistiu de tentar acertar onde a ruiva morava, a cada vez que perguntava ela falava algo sem sentido. Descendo do carro 40 minutos mais tarde após andarem feito loucos a procura dos endereços que ela dizia. — Opa cuidado.— Ele a segurou logo que os pés da ruiva desequilibraram ao descer do carro. — Ah você me segurou de novo ha ha.— Ela gargalhou completamente perdida. — Onde estamos? Diego retirou a nota de cem reais, a única nota que tinha no bolso. Dificilmente andava com dinheiro, visto que seu dinheiro sempre estava em contas. O mais comum era o cartão de créditos, no entanto ele nem recordou de levá-lo a balada. — Pode ficar com o troco, demos trabalho demais ao senhor. Diego voltou segurar a ruiva que perambulava a calçada perdida. Ela não recordava que lugar era aquele, ali não era sua casa. — Aqui não é minha casa.— Ela girou a cabeça, ficando tonta com o movimento, seu corpo tombou para trás resultando numa queda desajeitada.Com o impulso repentino Diego não c
Movendo o corpo devagar, Luana sentiu uma pontada forte na cabeça. Tombando pela cama, ela manteve os olhos fechados ao passo que resmungava algo incompreensivel. Levando as mãos a cabeça ela abriu os olhos devagar. No primeiro momento o teto branco e um ilustre chamou sua atenção.Ué, que teto era aquele?Um som de porta se movendo a despertou. Com impulso ela ergueu o corpo encontrando um corpo masculino de costas frente a um closet. As costas negras expostas sem camisa, trajando apenas uma calça de pijama com imagens de avião estampados. — AAAAAAH! QUEM É VOCÊ SEU PERVERTIDO ? — Lançando uma almofada direção as costas do desconhecido ela instintivamente puxou um lencol cobrindo todo o seu corpo. — Mas o quê? — Diego girou nos calcanhares ficando de frente a imagem da mulher debaixo do lençol. — Quem é você? O que estou fazendo aqui? — Luana questionou enquanto observava seu corpo constatando que estava vestida numa camisa branca masculina. Como estava vestida numa camisa mascu
Os minutos foram demorados, Diego e Luana se encaravam assustados. Os olhos verdes de Diego estava coberto de espanto e admiração pela beleza de Luana. O coração deu sinal no peito, sentindo o sangue fluir com rapidez causando um calor repentino. Enquanto Luana não acreditava no que estava vendo, pensar no que pode ter acontecido aquela noite causava uma vergonha tremenda. Luana percebeu os cortes leves no rosto de Diego, no fim ele acabara brigando por uma estranha na balada para protegê-la, esse era mesmo o Diego que ela conhecia?Era mesmo o Diego que amou desesperadamente e que a traiu no segundo ano de casamento? Era o homem que ela amou na juventude, adolescencia a fazendo casar muito cedo simplesmente porque não suportava viver sem ele? Sentindo o peito pesar, a angustia a consumir, com um salto ela saiu da cama dando passos para trás. Diego observou os movimentos da ruiva que tanto amou. — Jamais imaginei que poderia ser verdade o que estava vendo ontem a noite.— Diego a an