Capítulo 2

Como havia esperado, Luana percebeu que fora uma péssima ideia aceitar reunir a familia. Embora já se faz bastante tempo desde os ultimos acontecimentos relacionados ao seu antigo casamento, Luana ainda nutria um certo rancor.

Diego fora um péssimo marido, e a pressão de sua família e o controle sobre seu casamento acabou afetando ainda mais a relação entre ambos, até resultar no que de fato resultou.

Ao saborearem o prato principal, Ravioli de pupunha recheado com camarão, servido com molho de manteiga e limão-cravo. Luana percebera que talvez tenha feito um prato elaborado demais para seus pais que tão pouco se importavam com ela como deveriam.

— Então quer dizer que é chefe do restaurante Essência?— A mãe dela iniciou a conversa. Enquanto saboreava o prato sem mostrar nenhum agrado. Sua expressão estava marcada por um leve franzir no nariz, como se estivesse com nojo. — Estou achando um pouco ácido demais, talvez tenha pesado no limão.

Luana sentiu seu ombro enrijecer com o tom esnobe da mãe.

— Que interessante, talvez seu paladar não seja tão apurado como antes, mãe.— Luan rebateu logo saboreando um pouco do vinho.— Porque eu já iria elogiar o quanto o prato está perfeitamente no ponto em todos os detalhes.

Forçando um sorriso para a mãe, Luan manteve sua expressão levemente ácida.

— Respondendo a pergunta, sim, sou chefe de cozinha no restaurante Essência.— Luana cortou as farpas trocadas entre Luan e sua mãe. Não deixando de piscar o olho direito para seu irmão que sorriu de lado.

— Bom, não é o que desejávamos, assim como o seu antigo casamento, mas está bem. No fim a decisão será sua.— A mãe respondeu jogando o rosto de lado e cravando seus olhos amendoados na filha.

— Tem razão, a decisão precisa ser minha e estou muito satisfeita.— Esboçando um sorriso largo, Luana rebateu a crítica da mãe.— Quem quer sobremesa?

Seu pai sorriu logo em seguida.

— Eu sei pai, o senhor ama sobremesas não é mesmo? Fiz um suflê de cupuaçu com calda de chocolate 70% cacau.

— Traga pra cá que serei o primeiro a experimentar essa delícia.— Senhor Fábio, o pai respondeu empolgado, recebendo uma careta de sua esposa.

— Não é uma criança, Fabio. Não precisa ser tão desesperado por doce dessa forma.— Mordendo os lábios e forçando um sorriso amarelo, a esposa o repreendeu.

Luana deixou a mesa seguindo a cozinha a procura da tão sonhada sobremesa. Ela sentiu uma mão passear por seu ombro. Movendo o rosto rapidamente ela constatou que era seu irmão, Luan.

— Você está bem?— Ele sorriu a encarando.

— Eu…— Luana pausou enquanto o observava. Sentindo o peito apertado ela concluiu.— Eu acho que sim. Foi uma pessima ideia reuni-los, não foi?

— Tudo bem, você fez a sua parte, não quero que fique se culpando, você sabe que a mamãe só quer desestabiliza-la.

Luana quis jogar pra fora o que estava sentindo. Afinal o que sua mãe tinha ? Porque menospreza-la tanto?

— Mas porque, Luan? O que a nossa mãe ganha com isso?— Luana moveu a cabeça enquanto seus olhos divagava distante.

— Porque ela quer que a sua vida desmorone, ela quer que nós dependamos deles. É apenas isso, por tanto continue vivendo como você realmente se sente feliz, nunca mais deixe que a mamãe controle sua vida.— Luan pousou as mãos lado a lado do rosto de Luana enquanto a aconselhava.

— Já perdi demais por causa deles, jamais deixarei que isso aconteça novamente.— Erguendo o rosto convicta, a ruiva passou depositar a sobremesa sobre a bandeja.

— Vamos lá, quero experimentar sua sobremesa.— Luan sorriu, logo em seguida apoiou um das bandejas seguindo a irmã direção a mesa de jantar.

(…)

Aquela noite Diego adentrou o apartamento temporário que estava residindo devido as gravações da nova novela.

Sentindo-se exausto, o homem alto e negro se jogou na banheira do apartamento logo que adentrou o banheiro luxuoso do ponto mais alto do prédio.

Sentindo todas as frustrações da vida se largarem do seu corpo juntamente a espuma cheirosa da banheira. Diego repousou a cabeça contra a borda da banheira tentando limpar a mente de qualquer pensamento maluco.

Horas mais tarde ele perambulava o apartamento na expectativa de o sono surgir. Ele não estava com ânimo pra sair, no entanto aparentemente seu sono só viria se caso ele fizesse algo para se cansar.

Ligando para seu assessor, Diego aguardou três toques seguidos do telefone, até ser atendido no quarto toque.

— Vou sair pra alguma balada, se caso acontecer alguma merda, limpe minha barra.— O negro se moveu ao hall de entrada do apartamento logo que alcançou as chaves da porta.

— Tá de brincadeira? Você tem cena amanhã bem cedo, você sabe disso. Cara você precisa descansar.

— Acontece que não estou conseguindo.

— Então me diz qual a balada, eu vou logo em seguida.

Diego fez careta quando abriu a porta ao som da voz do assessor.

— Tá legal, quando chegar lá eu aviso, preciso esfriar a cabeça.

Finalizando a ligação, Diego adentrou o elevador na expectativa de ir ao térreo.

Quando lá alcançou, ele se direcionou ao estacionamento, não deixando de pegar sua porsche vermelha e cantar pneus na saída.

A noite o aguardava!

Continua…

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