Diego lançou seu corpo sobre o de Luana na tentativa de detê-la, mas a mesma acertou o tecido do vestido contra seu rosto, que no primeiro momento ardeu sobre seus cortes.— SOCORRO, MAS O QUE É ISSO? — Cristian gritava ao passo que tentava fugir e desvencilhar dos tapas da garota.— SEU DESGRAÇADO, ISSO É PRA NUNCA MAIS ME CHAMAR DE BISCATE.— Luana repetia enquanto serrava os dentes e desferia tapas no loiro.— Calma aí nervosinha.— Diego a prendeu nos seus braços, a ruiva não parou por aí.— Nervosinha uma ova, como ele pode dizer qualquer coisa sem nem mesmo saber quem é a pessoa?— A ruiva manteve o esperneado ao passo que Cristian cobria o rosto.— Ai meu rosto, ESTOU UM DESASTRE! — O loiro saiu do sofá enquanto massageava o rosto avermelhado.— Volta aqui seu desgraçado! — Luana voltou a tentativa de sair do aperto de Diego.Devido o sangue quente e o estresse, ela tão pouco observou a posição que estava nos braços de Diego, muito menos que estava apenas na camisa dele. — Tira e
Quando Luana vestiu o vestido, ela observou seu rosto no espelho. Um tom avermelhado destacando que a noite fora de fato uma bagunça. O que havia acontecido para estar com aquele hematoma? Seria melhor nem pensar o que aconteceu. Ela fechou a porta do quarto, enquanto observava o corredor percebeu a decoração neutra. Não parecia muito o gosto de Diego. Se bem que tanta coisa mudou, não seria surpresa se o gosto dele tivesse mudado também. Ela recordava da alegria dele de decorar o quarto do vídeo game. Na época ele era terrivelmente apaixonado por vídeo game. Sua bancada era repleta de jogos, e ambos divertiam juntos jogando alguma bobagem no Xbox. Luana era péssima com jogos, jogar com Diego era simplesmente pedir pra perder. Ambos passavam o tempo simplesmente sorrindo pela péssima capacidade de Luana jogar. Ela sorriu ao recordar das memórias. Haviam compartilhados momentos divertidos juntos. Mesmo com o trágico final, ainda assim, ela ainda lembrava de situações divertidas que
O trajeto até a boate da noite anterior foi completamente silencioso, Luana parecia emburrada, Diego imaginou. Dava pra perceber pelo bico que ela fazia. Os cabelos estavam bagunçados, o vestido amarrotado, os braços cruzados, mas incrivelmente fofa. Diego prendeu um sorriso, mais uma vez ele estava prendendo seu riso. Sua vida estava tão sem graça e monótona ultimamente, mas desde a balada na noite anterior, e tudo que passou com a ruiva, ele sentia um conforto no peito. Sempre que pensavam que iam se deixar, um novo problema surgia e tudo isso estava causando uma sensação aquecedora no seu peito. Ele queria passar mais tempo com ela, mesmo que ela não saiba disso, ele queria aproveitar o pouco de tempo que tinham juntos. Talvez jamais a veria de novo, não dava pra saber de certeza se a veria. Sem contar na sua familia, ele jamais conseguiria se aproximar dela de novo. O carro parou bruscamente, o condutor buzinou desesperadamente. Luana foi arremessada o tronco para frente a
Luana estava desesperada e em choque, nada que fizesse poderia trazer sua paz mental de volta. Diego havia sido levado para a emergência, e ela o acompanhou. Não havia nenhum laço que os ligassem, mas era sua obrigação depois do que ocorrera. Ele fizera muito por ela na balada, e lhe devia um favor depois de tudo que ele fez para protegê-la. A cena se repetia diversas vezes em sua cabeça, o corpo de Diego tombando, o impacto no chão. Tudo se repetia e Luana não conseguia evitar a iquietação. Levantando o corpo da poltrona da recepção ela perambulou sem rumo, já era quase noite e não tinha recebido noticia de Diego. Seus olhos baixaram a visão, constatando que estava descalça, suja e com o mesmo vestido da noite anterior, faria 24 horas que estava com aquela roupa. Sentindo um peso sobre seu ombro, Luana massageou devagar, estava faminta, exausta, o dia havia sido uma bagunça, jamais esperou que se encontraria com Diego novamente, principalmente daquela forma. Ela girou o corpo mai
Luana aguardou uma resposta, seu irmão parecia apreensivo. Ela percebeu que ele estava lutando para dizer, mas talvez pudesse ser algo complicado demais, talvez até algo que ela não entenderia. Motivada por preocupação genuína, a ruiva segurou o pulso do irmão, ele parecia pálido. — Catarina está grávida.— Luan disse de uma vez. — Espera o quê? — A ruiva arregalou os olhos.— Luan, não pode deixá-la. — A ruiva disse de uma vez. A descoberta que seria tia a pegou de surpresa. — E não vou, que tipo de homem eu seria se a abandonasse no momento que mais precisa de mim?— O irmão caminhou pela sala de espera, suas mãos se moviam pelo seu rosto. — Eu sei o que está pensando o que está sentindo.— Luana se aproximou dele retribuindo o conforto que recebeu dele minutos antes.— Eu sei que vocês se amam, podem conseguir resistir aos nossos pais se persistirem. — Não é tão simples, não quero que a mulher que amo sofra nas mãos dos nossos pai, você sabe como eles reagem quando fugi
O som da música penetrou os ouvidos de Luana fazendo com que ela movesse o corpo ao som da melodia contagiante. Aproveitando o ambiente tranquilo da cozinha, ela moveu os dedos frente ao rosto enquanto as batidas da música animada liberava uma onda de energia.Sem observar muito bem, ela continou os movimentos, enquanto erguia as pernas para os lados e girava a cabeça. Seu corpo suado, porém repleto de adrenalina se movia a cada movimento que ela fazia. Enquanto se perdia no seu mundo, de olhos fechados, ela não percebeu a presença do homem que a observava na entrada da cozinha. Cruzando os braços e reprimindo o riso, ele observou sua irmã mover o corpo para os lados e manteve a gargalhada. — O que essa largartixa tem hoje? — Ele cobriu a boca. Mas Luana tão pouco reparou na presença do seu irmão. Quando as batidas da música reduziu e a música finalmente terminou, Luana ergueu os braços para cima fazendo uma ultima pose.— Você como dançarina é uma otima cozinheira.— AAAAH QUE S
Como havia esperado, Luana percebeu que fora uma péssima ideia aceitar reunir a familia. Embora já se faz bastante tempo desde os ultimos acontecimentos relacionados ao seu antigo casamento, Luana ainda nutria um certo rancor. Diego fora um péssimo marido, e a pressão de sua família e o controle sobre seu casamento acabou afetando ainda mais a relação entre ambos, até resultar no que de fato resultou. Ao saborearem o prato principal, Ravioli de pupunha recheado com camarão, servido com molho de manteiga e limão-cravo. Luana percebera que talvez tenha feito um prato elaborado demais para seus pais que tão pouco se importavam com ela como deveriam.— Então quer dizer que é chefe do restaurante Essência?— A mãe dela iniciou a conversa. Enquanto saboreava o prato sem mostrar nenhum agrado. Sua expressão estava marcada por um leve franzir no nariz, como se estivesse com nojo. — Estou achando um pouco ácido demais, talvez tenha pesado no limão. Luana sentiu seu ombro enrijecer com o tom
Não se passara muito tempo, desde a entrada de Diego na boate apertada. Os corpos das pessoas se juntavam ao som de músicas eletrônicas esparrosas. Ele estava mais interessado na bancada de bebidas. Empurrando garganta abaixo mais uma dose de bebida, ele acomodou-se no banco enquanto seus olhos se moviam perdidos no meio da multidão. Girando o corpo para frente mais uma vez e sentindo-se zonzo, Diego repetiu o pedido de mais uma dose para o barman que o fitou preocupado. Sua experiência naquele lugar era o suficiente pra saber que pessoas naquele estado podem causar problema em questão de segundos. Não podendo negar a bebida, ele a entregou para o homem bebado a sua frente. Em segundos Diego bateu o copo contra a bancada após ter bebido tudo em segundos. — Senhor, não acha que deveria chamar alguém para busca-lo?— O barman preocupado prontificou-se.— É o quê? Eu consigo dirigir muitooo....— Tombando para trás, Diego pausou a fala tentando equilibrar o corpo. Ao se apoiar no balcã