Capítulo 5

Movendo o corpo devagar, Luana sentiu uma pontada forte na cabeça. Tombando pela cama, ela manteve os olhos fechados ao passo que resmungava algo incompreensivel. Levando as mãos a cabeça ela abriu os olhos devagar.

No primeiro momento o teto branco e um ilustre chamou sua atenção.

Ué, que teto era aquele?

Um som de porta se movendo a despertou. Com impulso ela ergueu o corpo encontrando um corpo masculino de costas frente a um closet. As costas negras expostas sem camisa, trajando apenas uma calça de pijama com imagens de avião estampados.

— AAAAAAH! QUEM É VOCÊ SEU PERVERTIDO ? — Lançando uma almofada direção as costas do desconhecido ela instintivamente puxou um lencol cobrindo todo o seu corpo.

— Mas o quê? — Diego girou nos calcanhares ficando de frente a imagem da mulher debaixo do lençol.

— Quem é você? O que estou fazendo aqui? — Luana questionou enquanto observava seu corpo constatando que estava vestida numa camisa branca masculina.

Como estava vestida numa camisa masculina de um desconhecido? O que estava acontecendo? Sentindo o coração acelerado ela cobriu o corpo com os braços ainda debaixo do lençol.

Meu Deus, o que eu fiz? Ela questionou mentalmente ao passo que apertava os olhos com força.

— Moça, eu sei que sua cabeça pode estar uma bagunça, mas não, não aconteceu nada que deva se preocupar. Pelo menos não comigo, não se preocupe.— Diego explicou.

A voz pareceu conhecida para Luana, ela abriu os olhos rapidamente ao passo que tentava reconhecer a quem pertencia.

— Estou num quarto desconhecido, numa cama desconhecida, vestida numa camisa de um desconhecido, como assim não houve nada? Me explica agora.— Luana usou os braços para proteger-se, e manteve-se debaixo do lençol, sua vergonha não permitia encarar um rosto desconhecido. Não naquela situação.

— Tudo isso tem uma explicação.

A voz parecia mais próxima, o som dos passos dele estava mais próximo, ele estava ao lado da cama. Assustada, Luana moveu-se para o lado contrario. Diego prendeu o riso ao observar a cena da estranha se movendo por baixo do lençol.

— Garota, foi o seguinte, houve uma briga louca na boate, um cara não gostou que eu me aproximei de você e disse que você era a garota dele.

— O quê? Quem foi esse palhaço?— Incredula, Luana levou as mãos a boca.

— Ele brigou por você, no meio do ocorrido eu achei meio estranho, se você conhecia ele, não esqueceria dele só por estar bebada. Quando ele carregou você eu percebi que você disse que não o conhecia. Isso alertou meu instinto.— O homem explicou ao passo que recordava da noite.

— Então vocês brigaram?

— Você não lembra de nada? — Diego franziu os olhos encarando a silhueta fantasmagórica debaixo do lençol.

— Não, eu lembro de chegar à balada, mas depois disso, nada mais.— Luana abriu a boca assustada.

O que aconteceu? Que bebida forte ela tomou? Enquanto raciocinava uma lembrança surgiu como um passe de mágica na sua cabeça.

— Meu Deus, eu tomei um drink, chegou um cara desconhecido, eu quase caí do banco de susto.— Ela soltou enquanto a memória reproduzia em sua cabeça.

— Então nesse meio tempo ele simplesmente batizou o seu drink e você não percebeu. Provavelmente ele ficou a uma certa distância esperando a droga fazer efeito.

— Droga? — Com o susto, Luana jogou o lençol para longe tendo a imagem do homem desconhecido bem na sua frente.

Desconhecido? Ele não tinha nada de desconhecido, era simplesmente o seu ex marido. Diego Albuquerque estava ali, sentado bem na sua frente. Os olhos verdes fixos e também assustado.

Seu rosto com leves cortes na sobrancelha, e nos lábios comprovando a veracidade de suas palavras.

Luana não conseguiu dizer ou fazer nada, Diego muito menos.

Diego imaginava que a imagem que estava vendo na balada era apenas seu cérebro brincando com seus sentimentos, mas não. Ela estava ali, era Luana Fernandes, a sua ex esposa.

Continua…

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