Raya deu um passinho para trás quando ouviu aquelas palvras de Ravi. E tudo que pensava sobre o homem desconhecido se tornou em um turbilhão de coisas ao mesmo tempo. E de como sua ideia de que ele poderia ser seu salvador, lhe tirar daquela realidade insuportável, desmoronou. Viu que o que Ravii falou o fazia sorrir, e por um momento achou que ele estava mentindo, que estava jogando novamente com sua cabeça. Mas conhecia o bastante, para ver que ele não estava mentindo, Ravi poderia ser muitas coisas, mas ele sabia de muitas coisas no mesmo nível.
— Como….Como sabe disso? Nem ao menos sabe quem é ele. — Raya entrou em negação, e limpou sua boca.
— Sei que ele é o assassino de seus pais, só peço que confie em mim. E não me pergunte quem me disse, pois se eu contar você estrá em perigo.
— Não posso…Não posso acreditar que isso é verdade, eu — Eu me deitei com ele, ela queria dizer. Mas conhecia Ravi o bastante para perceber que ele iria surtar. — E você quer que eu volte pra você?
Raya percebeu que era realmente aquilo que ele queria. Pois ele sorriu, mas não um sorriso de alegria, era um sorriso de posse, ela era sua posse.
— Farei o possível pra te proteger, Raya.
Raya o olhou e não viu nada que a fizesse acrditar que realmente fosse a melhor solução, e mesmo assim os pensamentos do homem desconhecidos, que Ravi, aponta como o assassino de seus pais. E ela se deitou com o homem, e o homem que ocupou seus pensamentos por dias, e que seus toques foram tão suaves e ao mesmo tempo avassaladores. Ravi a tocou com leveza, mas mesmo assim ela recuou.
— Se não me disser quem lhe revelou esta….Quem lhe disse isso, eu não vou dar um passo adiante. — Raya, era a teimosia em pessoa. E ravi suspirou quando viu que ela estava falando a verdade. — Quem foi?
— Não ouviu a parte que eu disse que era perigoso?
— Posso lidar com isso. Diga!
Ravi, apenas girou em seus calcanhares e saiu. A lua brilhava no céu, Raya a olhou em uma oração silenciosa para a deusa Luna, e sibilou palavras que ela e a deusa podiam ouvir e discernir.
Quando chegou em casa, sentiu a pressão que foi sair da taberna sem avisar ao dono da taberna, com certeza depois ele viria tirar satisfação com ela, isso seria fácil de lidar. O que não seria fácil, era lidar com as lembranças de seus pais, e de como era sua vida com eles, era boa.
Seus pais eram mercadores, sua mãe era famosa por criar os melhores arrnajos de flores, seu pai o melhor lenhador e construtor de casas da região. E logo sua vida, que era apenas estar em casa ajudando sua mãe, virou em algo que ela nunca imaginou, pois teria que se virar para sobreviver, ou morrer como uma indigente. A segunda opção era a pior.
Foi a parte do canto mais obscuro de seu chalé velho, onde a frieza tinha tomado conta, tudo que conseguia ver era uma caixinha. Uma caixinha banhada a ouro, que um da seu pai lhe deu como presente em seu aniversário. Ela a pegou a caixinha, e assim a abriu, encontrando as últimas coisas que a faziam lembrar de seus pais falecidos, um anel de sua mãe e uma adaga de seu pai.
Quando viu os passos se aproximando da casa, pegou a adaga. E assim sentiu a porta sendo aberta, ela se escondeu atrás de uma parede. Se estava lutando contra sua vontade de fugir dali, acabou de decedir que era a melhor opção, sair correndo.
— Ela não tem muita coisa, mas tem uma caixinha banhada a ouro — Era a voz de Ravi, e parecia desesperada. — Dá para pagar.
Com certeza era uma de suas dívidas.
— Se estiver mentindo, Ravi, eu vou te matar. — Ela não conhecia essa voz.
Mas seu medo se intensificou, sentiu que queria seus pais. Eles que foram em uma viagem e nunca mais voltou, muitos diziam que tinha sido o barco que naufrágou, outros que eles foram devorados por feras, e então a que fez Ravi ter uma pontinha de verdade. Dizem que eles foram mortos por um senhor rico por inveja.
Raya desejou estar nessa viagem com eles.
Um puxão a fez sair de onde estava escondida, e a jogaram na frente da casa. As pessoas que passavam ficaram pra ver, e um deles o ancião mais velho da aldeia. Raya, sentiu vergonha e sozinha.
— Raya, preciso que me der aquela caixinha, preciso pagar nossa dívida.
Ravi, era um dissimulado.
— Nossa? Ravi, eu nunca vi esses homens na minha vida — Raya, xingou aquele homem, e tentou levantar mais foi chutada e caiu no chão novamente. — Minha caixinha…Joguei no rio.
Raya viu a fúria dos homens aumentar, seus olhares estavam fumegando, e tudo caia sobre Ravi.
— Mulher, pare com brincadeira, me ajude Raya — Ravi implorava. e Raya achou engraçado aquela cena. — Aonde está?
— Ela escondeu, ela tem dinheiro, senhores a façam dizer onde está!
Ravi a acusou, e aparentemente os homens acreditaram, pois vieram com tudo pra cima de Raya, e a pegou pelo cotovelo, a levantou e lhe deu um tapa em seu rosto. Aquilo doeu, e a mulher sentiu uma dor em sua barriga, e levou a mão direto a região, e seu coração clamava por ajuda, mas os aldeões nada faziam, ela podia jurar que eles estavam gostando.
— Eu não tenho, ele está mentindo v Raya se defendeu, e segurou o braço do homem — Por favor, não façam isso comigo.
— Ravi. Seu marido nos deve muito — Raya negou com acabeça — Queremos nosso dinheiro.
— Ele não é meu….
Raya se calou, pois Ravi que leh bateua fazendo cair novamente, e a dor em sua boca aumentava. E então ela viu, um cajado parar ao seu lado, e o ancião levantar o galho.
— Deixem a moça, vocês não tem escrúpulos seus vermes — O homem tremia enquanto falava — E nem mesmo com a mulher grávida.
Raya, sentiu um frio subir por sua espinha, então era por isso qaue estava vomitando e com dor na barriga. E vindo do ancião, ela acreditou, pois ele era curandeiro e muitas vezes previa o futuro.
— Eu…estou grávida?!
Raya olhou para o céu e a lua já estava aparecendo, quando supostamente diziam que a deusa Luna, estava olhando para seus favoriisto e os protegendo, então ela não era uma das favoritas da deusa? Teve certeza que não. Quando aquele ancião disse sobre sua gravidez, tudo começou a fazer sentindo, as tonturas que estava tendo por esses dias, e os vomitos que lhe assolavam toda hora. Então era por estar carregando um bêbe, e todos os seus sentimentos de fuga, se intensificaram para então proteger aquela criança que se formava em seu ventre. E o pior, os homens não estavam se afastando. — Deixem-na em paz, ou a deusa irá os almaldiçoar com suas quedas para o inferno — O ancião ainda insistia para os homens parassem. — Saia daqui velho ou você estará também envolvido — Um dos homens disse, e então olhou para Ravi. — É seu esse bêbe? — Não! Não é dele, me deixem empaz p-por favor — Raya levantou em um frenessi, tanto que sua cabeça girou — Prometo que vou pagar, mas me deixem em pa
Quando Raya abriu seus olhos, a casa era um borrão de luzes flutuantes e vozes desconhecidas, então os fechou e abriu novamente, tentando se acostumar com a claridade, e assim que percebeu a voz se aproximando os abriu, e se sentou na cama com rapidez. A mulher entrou, mas parou quando a viiu acordada, e parou o rapaz que vinha junto com ela, como se Raya fosse o perigo, e não eles, totais desconhecidos. — Qual é seu nome? — Raya, não respondeu, então a mulher entrou — Não vamos te machucar, queremos saber seu nome. — Morrerei sem que saiba do meu nome — Raya se encostou na cama, e puxou seus joelhos os abraçando — E quem são vocês. — Dizer nossos nomes, revelar quem somos, sem que saiba quem você é, se torna injusto não acha? — Amulher disse e exibiu um sorriso, um sorriso brilhante. E raya concordou mentalmente, e apreciou aquele sorriso, era um sorriso acolhedor, não como o sorriso perturbador como surgiu em sua memória, e nem sabia quem era o dono do sorriso brutal. — Co
Quando Raya saiu da aldeia a ideia pareceu idiota e totalmente perigosa, sair de onde se sentia confortável e então protegida para ir embora com um homem desconhecido e aparetemente que lhe conhecia, possibilidades que ela não ponderou no momento e só depois de vários minutos de caminhada a cavalo, ela veio perceber. Que poderia acontecer qualquer coisa com ela, e ninguém iria se dar conta de seu sumiço. Era como se tudo ali fosse novo, já que não se lembrava do que viveu a um bom tempo, e suas memórias eram referentes à viagem de seus pais, e consequentemente a morte deles. Decidiu que iria com Risgar, por puro instinto. Sentia no intímo de sua alma um puxão para perto do homem, o homem na qual, ela só sabia o nome e que ele lhe conhecia e conhecia seus falecidos pais. — Quando chegaremos? — Raya perguntou depois de um tempinho em silêncio, já que as outras perguntas ele havia ignorado. — Pra onde está me levando? — É sempre tão tagarela? — Risgar falou, e então endireitou
Raya precisou de alguns segundos para então assimilar o que estava acontecendo, ela olhava de Risgar que agora se denominava principe para o outro rapaz no alto da escada. Raya estava assustada e ao mesmo tempo curiosa. Assustada, com toda aquela riqueza e a forma como Risgar era imponente como se apresentou, agora parecia que ele deveria se curvar até seu rosto bater no chão daquela pedra rara. Curiosa, pra saber porque um príncipe a conhecia, e ainda se deu o trabalho de ir lhe buscar sabe se lá onde. Tudo que queria era que sua memória voltasse naquele momento. ㅡ Eu....Sou raya, camponesa ㅡ Sua apresentação foi patética, tanto que o moço atrás do príncipe começou a rir. ㅡ Desculpa, eu não sei o que dizer. Risgar a olhou. ㅡ Não precisa dizer nada, a trouxe pra que eu pudesse dizer. ㅡ Então comece a me dizer do porque estou aqui. O homem atrás do príncipe, ergueu a sobrancelha grossa e preta como carvão, mas seus olhos eram penetrantes como o fogo consumidor. Raya o
O jantar foi servido em uma enorme mesa de madeira, as cadeiras todas feitas em ferro fundido em suas bordas, aquilo parecia mais assustador do que bonito. Nas paredes, quadros de mais pessoas importantes, e algumas obras da natureza, e uma em especial que fazia Raya, não piscar. A obra era assustadora, o vermelho brilhante escorrendo de uma ponta a outra e uma mulher segurando uma bandeira no fim de um monte feito de crânios humanos. Raya, bebeu um pouco do vinho que foi servido, comeu calmamente enquanto esperava algum dos dois homens na mesa falassem algo, mais nada ouviu do que o barulho dos talheres de prata, e os zumbidos de sua mastigação. Era um silêncio absoluto, até que o escudeiro do príncipe falou. ㅡ Não está com fome? ㅡ Ouviu de saraadel. Seu tom era calmo e ao mesmo tempo congelante. ㅡ Mau tocou na comida. ㅡ É difícil comer, quando sequer sabe onde realmente está ㅡ Raya disse e pousou a mão sobre a mesa. ㅡ Está em nantis. Não era a reposta que ela quer
Raya não dormiu naquela noite, a todo instante ela se remexia por causa de algum barulho, olhava pela janela, olhava debaixo de sua cama, e conferia a tranca da porta. Mas tudo isso era ridículo, como uma porta de madeira poderia vencer aquela criatura, como o vidro da Janela iria parar aquelas garras enormes e afiadas. Estava com medo, mas também não poderia pedir que Risgar ficasse ali, lhe protegendo com suas espada mais afiada ainda. Então viu o sol nascer, e ainda assim um pouco do medo a assolava. E quando as Moças de antes entraram, ela pulou da cama. ㅡ Bom dia, sua majestade a aguarda no salão principal. Uma delas falou, o tom, a maneira como se comportava, era diferente de antes. Raya se perguntou o que tinha acontecido. ㅡ Vou em um instante, preciso tomar um banho. Raya indicou, e quando tocou no chão era frio como a noite de inverno, mas quando adentrou no local para se banhar, viu que duas delas já tinha aquecido a água. ㅡ O que ele quer? ㅡ Raya perguntou, mas
Raya ficou sozinha. O príncipe Risgar, pediu perdão de uma forma da doce e democrática, que a moça ficou acanhada em dizer que estava curiosa e que ficaria lisonjeada se fosse convidada pra sair daquele castelo. Tudo que conseguiu foi a permissão para perambular nos arredores, e descobrir o que tinha além de paredes e cortinas esvoaçantes. Quando saiu do salão principal, seguiu o cheiro de flores que pairava no ar do castelo, seus passos eram rápidos e macios, não queria chamar atenção pra si, em tudo era uma estranha ali, não conhecia a ninguém além de, Risgar e saraadel, este último ela ainda tinha um pouco de....receio. Não sabia como se comporta quando ele vinha aquelas palavras afiadas e cheias de sarcasmo. Quando virou mais dois corredores, fora exatamente quem ela não queria encontrar, que viu parado diante de uma sala bem iluminada no fim do corredor, e percebeu que ali tinha uma saída do imenso castelo de pedra. O cheiro vinha de várias carroças, que carregava f
Raya voltou como pedido pelo príncipe, o quarto e o castelo estava calmo, muito mais calmo do que deveria, raya sequer sabia o que estava esperando que fosse acontecer. Mesmo quando a não não novo aquele quarto de parece aconchegante quentinho, não sei arrependeu pois dentro de seu íntimo uma voz cromada parece atendido. Tão pouco sabia quem era, mas ela fazia do seu quarto para atender a sua voz que chamava onde quer que fosse naquele castelo. ㅡ Olá. ㅡ Sussurrou. Falou mais para conferir se alguém a seguia ou a vigiava. Mas apenas um silêncio a respondeu ou alguma coisa se movimentando entre as paredes banqueiros corredores lotados de obras de arte, e reis antigos. Se perguntou se algum dia a sua imagem estaria ali como a rainha de nantis. Uma sonhadora. Em segundos ela chegou a um corredor totalmente vazio eliminado apenas com a chama do lado direito da parede aliás frente existe apenas dois soldados, que Aparentemente dormiam, já que um estava encostado no outro. E roncav