Raya olhou para o céu e a lua já estava aparecendo, quando supostamente diziam que a deusa Luna, estava olhando para seus favoriisto e os protegendo, então ela não era uma das favoritas da deusa? Teve certeza que não.
Quando aquele ancião disse sobre sua gravidez, tudo começou a fazer sentindo, as tonturas que estava tendo por esses dias, e os vomitos que lhe assolavam toda hora. Então era por estar carregando um bêbe, e todos os seus sentimentos de fuga, se intensificaram para então proteger aquela criança que se formava em seu ventre. E o pior, os homens não estavam se afastando.
— Deixem-na em paz, ou a deusa irá os almaldiçoar com suas quedas para o inferno — O ancião ainda insistia para os homens parassem.
— Saia daqui velho ou você estará também envolvido — Um dos homens disse, e então olhou para Ravi. — É seu esse bêbe?
— Não! Não é dele, me deixem empaz p-por favor — Raya levantou em um frenessi, tanto que sua cabeça girou — Prometo que vou pagar, mas me deixem em paz.
— Queremos hoje!
Um deles falou, a raiva brilahava em seu rosto, ele ergueu seu braço mais um vez para bater no rosto de Raya, mas ele parou ao sentir um braço firme ao redor de seu pulso, e então olhou. O homem sorria, mas seu sorriso não chegava aos seus olhos, que o flamejavam como um fogueira.
— Se eu fosse você não faria isso — O homem disse e após, lançou o homem como se ele fosse um pedaço de papel ao vento. — Raya, sim?
— Quem é você? Saia daqui estamos resolvendo négocios — Um dos homens disse com estranheza em seu olhar.
Ravi sabia quem ele era.
— É melhor irmos.
— Ah não, não vão sair daqui sem antes que me ouçam — O homem disse e logo após completou — Raya, ela agora pertence a mim, ela — Ele apontou para a mulher em pé com o rodto assustado. — Ela é minha prometida, e o bêbe que carrega é MEU! Esse bêbe é meu, de Risgar.
— Então pague o que ela me deve.
Um dos cobradores disse, e o desconhecido o olhou.
— Eu não devo nada a eles, Ravi que deve. Eu me separei a pouco tempo.
Raya, tinha um plano, e precisava que os homens estivessem ocupados enquanto ela o executava, iria fugir.
— Como podem fazer isso senhores, com uma mulher grávida? — Risgar ergueu sua sobracelha. — Vou ensinar a vocês como se faz.
E no minuto seguinte, risgar já estava com garras afiadas em sua mãos, ele era um lobisomem, Raya pensou. Quem sabe até o rei deles, pois a força dele era descumunal. Ele agarrou o homem pela garganta e assim conseguiu o lançar fora de seu caminho com facilidade, e Ravi alcançou um pedaço de maddeira para se defender, ele conseguiu quebrar a madeira nas costas de Risgar, que cambaleou.
— Saia daqui, Raya, proteja seu bêbe não o deixe saber do pai — Ravi gritou, e Raya o ouviu por um última vez. — Lembre-se de mim.
Raya queria ficar e explicar a Risgar o que sentiu naqueles dias em que ele não veio, mas alguma coisa primitiva o pedia pra correr, e ao lembrar de seu bêbe não teve outra escolha a não ser obedecer aquele desejo, o homem não iria o fazer como objeto, assim como Ravi.
A mulher saiu disparada para sua casa, alcançou algumas coisas suas. Alguns vestidos e alguma fruta em sua cesta, e não pegou nenhum agasalho, não tinha tempo para pensar em muitas coisas. Ela olhou uma última vez, para Risgar, os músculos marcados na camisa branca, enquanto batia nos homens que vieram lhe cobrar.
Eles mereceram.
Mas por um momento, viu Ravi ensaguentaddo, e sentiu pena, por mais que não fosse ajudar ao homem, mas queria que ele sobrevivesse, pois sentia que ele podia mudar sua visão de mundo, e suas ações.
Mas logo saiu correndo, e não olhou para trás. Não esperou para que a palavra de Risgar se cumprisse, Ela era dele, seu bêbe também. Mas não queria ficar para apreciar o que seria dali em diante, ainda em sua cabeça pairava a lembrança da informação que Ravi lhe deu.
Ele era o assassino de seus pais. Assassino.
Quando Risgar, parou de socar aqueles homens que não respiravam, estavam mortos. A aldeia inteira estava em silêncio, e o que se ouvia era a respiração ofegante de Ravi. Sua perna estava quebrada, ele gemeu quando viu a pele aberta, e osso para fora, lembrou de ver Risgar a pisar num momento qualquer.
— Você nunca mais irá vê-la — Ravi debochou, iria morrer mesmo, — E assim se encerra sua história, Senhor.
— É o que acha, ser miserável? Diga para onde ela foi e penso em lhe deixar em uma situação melhor — Risgar se agachou em frente ao outro. Ele ficou em silencio. — Não vai dizer?
— Nunca irei dizer, me mate, faça logo o que quer fazer.
Ravi suspirou e sentiu dor. Mas Risgar, apenas sorriu.
— Não irá morrer, coisa desprezivel. Não enquanto eu não encontrar Raya, então irá sofrer até lá — O homem disse e então trincou os dentes — Diga, será melhor pra você!
Mas Ravi não sabia, e seu destino estava traçado. Sofreria.
Já Raya, corria pela floresta. Corria como se o amanhã não existisse, corria como se fosse sua única opção, e realmente era. Não deixaria ninguém tocar em seu bêbe, nem o próprio pai, nem Ravi, apenas ela. A floresta começou a ficar mais densa, com ela o som de muitas águas. Percebeu que alguém a perceguia, e não estava andando. Cprria, como ela.
E quando Raya olhou para trás viu Risgar, correndo em uma velocidade absurda. E quando voltou sua atenção para frente, um penhasco se formou, uma grande queda de água, uma cachoeira. E a mulher caiu, seus gritos foram desesperadores, enquanto caía naquele imenso rio de uma correnteza absurda. E viu seu futuro se findar.
Risgar, parou com força sua correria ou então cairia junto naquele penhasco. Se sentiu um covarde, mas não podia viver em uma aventura dessa forma, não poderia jogar sua vida naquela cachoeira, em busca daquela mulher que fugiu em vez de ouvir o que ele tinha a dizer.
E então viu mais nada do rastro da moça.
Quando Raya abriu seus olhos, a casa era um borrão de luzes flutuantes e vozes desconhecidas, então os fechou e abriu novamente, tentando se acostumar com a claridade, e assim que percebeu a voz se aproximando os abriu, e se sentou na cama com rapidez. A mulher entrou, mas parou quando a viiu acordada, e parou o rapaz que vinha junto com ela, como se Raya fosse o perigo, e não eles, totais desconhecidos. — Qual é seu nome? — Raya, não respondeu, então a mulher entrou — Não vamos te machucar, queremos saber seu nome. — Morrerei sem que saiba do meu nome — Raya se encostou na cama, e puxou seus joelhos os abraçando — E quem são vocês. — Dizer nossos nomes, revelar quem somos, sem que saiba quem você é, se torna injusto não acha? — Amulher disse e exibiu um sorriso, um sorriso brilhante. E raya concordou mentalmente, e apreciou aquele sorriso, era um sorriso acolhedor, não como o sorriso perturbador como surgiu em sua memória, e nem sabia quem era o dono do sorriso brutal. — Co
Quando Raya saiu da aldeia a ideia pareceu idiota e totalmente perigosa, sair de onde se sentia confortável e então protegida para ir embora com um homem desconhecido e aparetemente que lhe conhecia, possibilidades que ela não ponderou no momento e só depois de vários minutos de caminhada a cavalo, ela veio perceber. Que poderia acontecer qualquer coisa com ela, e ninguém iria se dar conta de seu sumiço. Era como se tudo ali fosse novo, já que não se lembrava do que viveu a um bom tempo, e suas memórias eram referentes à viagem de seus pais, e consequentemente a morte deles. Decidiu que iria com Risgar, por puro instinto. Sentia no intímo de sua alma um puxão para perto do homem, o homem na qual, ela só sabia o nome e que ele lhe conhecia e conhecia seus falecidos pais. — Quando chegaremos? — Raya perguntou depois de um tempinho em silêncio, já que as outras perguntas ele havia ignorado. — Pra onde está me levando? — É sempre tão tagarela? — Risgar falou, e então endireitou
Raya precisou de alguns segundos para então assimilar o que estava acontecendo, ela olhava de Risgar que agora se denominava principe para o outro rapaz no alto da escada. Raya estava assustada e ao mesmo tempo curiosa. Assustada, com toda aquela riqueza e a forma como Risgar era imponente como se apresentou, agora parecia que ele deveria se curvar até seu rosto bater no chão daquela pedra rara. Curiosa, pra saber porque um príncipe a conhecia, e ainda se deu o trabalho de ir lhe buscar sabe se lá onde. Tudo que queria era que sua memória voltasse naquele momento. ㅡ Eu....Sou raya, camponesa ㅡ Sua apresentação foi patética, tanto que o moço atrás do príncipe começou a rir. ㅡ Desculpa, eu não sei o que dizer. Risgar a olhou. ㅡ Não precisa dizer nada, a trouxe pra que eu pudesse dizer. ㅡ Então comece a me dizer do porque estou aqui. O homem atrás do príncipe, ergueu a sobrancelha grossa e preta como carvão, mas seus olhos eram penetrantes como o fogo consumidor. Raya o
O jantar foi servido em uma enorme mesa de madeira, as cadeiras todas feitas em ferro fundido em suas bordas, aquilo parecia mais assustador do que bonito. Nas paredes, quadros de mais pessoas importantes, e algumas obras da natureza, e uma em especial que fazia Raya, não piscar. A obra era assustadora, o vermelho brilhante escorrendo de uma ponta a outra e uma mulher segurando uma bandeira no fim de um monte feito de crânios humanos. Raya, bebeu um pouco do vinho que foi servido, comeu calmamente enquanto esperava algum dos dois homens na mesa falassem algo, mais nada ouviu do que o barulho dos talheres de prata, e os zumbidos de sua mastigação. Era um silêncio absoluto, até que o escudeiro do príncipe falou. ㅡ Não está com fome? ㅡ Ouviu de saraadel. Seu tom era calmo e ao mesmo tempo congelante. ㅡ Mau tocou na comida. ㅡ É difícil comer, quando sequer sabe onde realmente está ㅡ Raya disse e pousou a mão sobre a mesa. ㅡ Está em nantis. Não era a reposta que ela quer
Raya não dormiu naquela noite, a todo instante ela se remexia por causa de algum barulho, olhava pela janela, olhava debaixo de sua cama, e conferia a tranca da porta. Mas tudo isso era ridículo, como uma porta de madeira poderia vencer aquela criatura, como o vidro da Janela iria parar aquelas garras enormes e afiadas. Estava com medo, mas também não poderia pedir que Risgar ficasse ali, lhe protegendo com suas espada mais afiada ainda. Então viu o sol nascer, e ainda assim um pouco do medo a assolava. E quando as Moças de antes entraram, ela pulou da cama. ㅡ Bom dia, sua majestade a aguarda no salão principal. Uma delas falou, o tom, a maneira como se comportava, era diferente de antes. Raya se perguntou o que tinha acontecido. ㅡ Vou em um instante, preciso tomar um banho. Raya indicou, e quando tocou no chão era frio como a noite de inverno, mas quando adentrou no local para se banhar, viu que duas delas já tinha aquecido a água. ㅡ O que ele quer? ㅡ Raya perguntou, mas
Raya ficou sozinha. O príncipe Risgar, pediu perdão de uma forma da doce e democrática, que a moça ficou acanhada em dizer que estava curiosa e que ficaria lisonjeada se fosse convidada pra sair daquele castelo. Tudo que conseguiu foi a permissão para perambular nos arredores, e descobrir o que tinha além de paredes e cortinas esvoaçantes. Quando saiu do salão principal, seguiu o cheiro de flores que pairava no ar do castelo, seus passos eram rápidos e macios, não queria chamar atenção pra si, em tudo era uma estranha ali, não conhecia a ninguém além de, Risgar e saraadel, este último ela ainda tinha um pouco de....receio. Não sabia como se comporta quando ele vinha aquelas palavras afiadas e cheias de sarcasmo. Quando virou mais dois corredores, fora exatamente quem ela não queria encontrar, que viu parado diante de uma sala bem iluminada no fim do corredor, e percebeu que ali tinha uma saída do imenso castelo de pedra. O cheiro vinha de várias carroças, que carregava f
Raya voltou como pedido pelo príncipe, o quarto e o castelo estava calmo, muito mais calmo do que deveria, raya sequer sabia o que estava esperando que fosse acontecer. Mesmo quando a não não novo aquele quarto de parece aconchegante quentinho, não sei arrependeu pois dentro de seu íntimo uma voz cromada parece atendido. Tão pouco sabia quem era, mas ela fazia do seu quarto para atender a sua voz que chamava onde quer que fosse naquele castelo. ㅡ Olá. ㅡ Sussurrou. Falou mais para conferir se alguém a seguia ou a vigiava. Mas apenas um silêncio a respondeu ou alguma coisa se movimentando entre as paredes banqueiros corredores lotados de obras de arte, e reis antigos. Se perguntou se algum dia a sua imagem estaria ali como a rainha de nantis. Uma sonhadora. Em segundos ela chegou a um corredor totalmente vazio eliminado apenas com a chama do lado direito da parede aliás frente existe apenas dois soldados, que Aparentemente dormiam, já que um estava encostado no outro. E roncav
Raya, não dormiu naquela noite triste. Passou a noite inteira olhando pela janela de seu quarto apenas enxergando são estrelado a lua iluminando brilhando com uma luz incandescente aquela escuridão que terão bulova por seu quarto. E ainda mais a escuridão dentro de seu corpo, de seu coração e de sua mente. Depois que Risgar, que a fez pensar se realmente estar ali, ser a mãe do herdeiro dele. Sua mãos foram a sua barriga, os dedos deslizando sobre sua pele, enquanto imaginava o que estaria acontecendo se ela tivesse dito que não. Será que ele a traria mesmo assim? Quando o alvorecer despertou, Raya se pôs sentada na cabeceira da cama, suas mãos sentiram algo mexer em sua barriga, deveria ser reflexo, já que não estava com muitas semanas de grávida. Quando se pegou imaginando a mãozinha do bebê, sua face coradinha, se era um menino ou menina, se ele iria se parecer com o pai. Ela fez uma careta, Risgar era um cavalheiro, porém tinha suas mentiras, sua voz autoritária e suas