Quando Raya abriu seus olhos, a casa era um borrão de luzes flutuantes e vozes desconhecidas, então os fechou e abriu novamente, tentando se acostumar com a claridade, e assim que percebeu a voz se aproximando os abriu, e se sentou na cama com rapidez. A mulher entrou, mas parou quando a viiu acordada, e parou o rapaz que vinha junto com ela, como se Raya fosse o perigo, e não eles, totais desconhecidos.
— Qual é seu nome? — Raya, não respondeu, então a mulher entrou — Não vamos te machucar, queremos saber seu nome.
— Morrerei sem que saiba do meu nome — Raya se encostou na cama, e puxou seus joelhos os abraçando — E quem são vocês.
— Dizer nossos nomes, revelar quem somos, sem que saiba quem você é, se torna injusto não acha? — Amulher disse e exibiu um sorriso, um sorriso brilhante.
E raya concordou mentalmente, e apreciou aquele sorriso, era um sorriso acolhedor, não como o sorriso perturbador como surgiu em sua memória, e nem sabia quem era o dono do sorriso brutal.
— Como cheguei até…aqui? — Raya tinha várias perguntas, mas queria começar com essa. — Como vocês me acharam? E porque eu não consigo me lembrar de nada?
— Vamos explicar o que aconteceu, mas primeiro coma, sim? — A mulher apontou para um garoto que trazia um prato com alguma sopa dentro, estava cheirosa — A encontramos no rio, a alguns passos de nossa casa — Raya pegou o prato, e observou antes de levar a comida a boca. — Não está envenenada.
— No rio?
— Sim, estava desacordada. Previmos que caiu da cachoeira, não se lembra do que houve antes disso?
— Não…lembro de meus pais indo viajar, eles morreram, mas nada depois disso,
— Lembra de onde mora?
— Sim, em uma aldeia depois da montanha.
— Esstá longe de casa, menina, mas não se preocupe, iremos te levar lá, pelo seu bêbe.
Raya arregalou seus olhos, seu bêbe? Mas que bêbe?
— Não sabe que está grávida? Nosso curandeiro, disse que está carregando um bêbe, creio que também não sabe quem é o pai?
Raya demorou um minuto até responder com um aceno, o que tinha acontecido com sua vida para estar dessa forma tão bagunçada?
— Pode me levar hoje?
A mulher negou.
— Não, está muito abalada, mas amanhã iremos levá-la fique tranquila — A mulher levantou, e então deu aquele sorriso novamente — Se quiser, pode vir se esquentar na fogueira conosco.
Raya assentiu. Mas primeiro terminou a sopa. Ao chegar do lado de fora, a noite estava linda, e uma fogueira enorme estava no meio de várias barracas, e as pessoas comiam e festejava enquanto não dava a mínima para sua presença, aquilo era aliviador, e nem sabia porque.
— Ficou três dias dormindo, depois que a encontramos no rio.
A mulher informou, E Raya apenas queria entender onde estava.
— Somos nômades, então não vamos ficar por muito tempo nessas terras, logo partiremos. Mas encontrar você nos fez ficar mais um pouco.
— Se caso, eu não encontre ninguém posso ir com vocês? — Raya sentia que não tinha muita coisa boa lhe esperando em sua casa — Prometo que não vou atrapalhar.
— Claro que não, você nem sabe quem é, como iria atrapalhar.
A mulher contou e após sorriu, Raya dessa vez a acompanhou.
E a noite foi uma mistura de música alta, comidas boas, e sem lembranças para Raya. Ela se sentia como a lua, sozinha em sua grandiosidade, mesmo se sentindo tão pequena. Conseguia se lembrar de seus pais saindo, e logo depois um homem entrou no chále lhe dizendo que eles haviam morridos em um acidente, nada além disso.
Não conseguia se lembrar do motivo que seus pais morreram, não sabia como caiu no rio, não sabia se relamente era uma boa pessoa, não sabai quem realmente era Raya, ao menos sabia seu nome. Mas mesmo assim sentia um pó de areia, enquanto aquela imesindão que era o mundo.
Quando amanheceu, ela ainda estvaa com os olhos abertos, não conseguiu dormir pois tudo naquele mundo não estvaa fazendo sentido algum para ela. E tudo que queria era sair o mais rápido possível dali, e quem sabe, encontrar respostas para tantas perguntas que tinha em sua cabeça. E viu a senhora entrar novamente na tenda, mas dessa vez ela estava um pouco aflita.
— Menina, dormiu bem? — Perguntou ela, Raya apenas assentiu levantando da cama — É melhor sentar-se, tenho uma novidade para você.
— Que novidade? — Raya perguntou simplesmente, e então se aproximou da mulher, mas viram um homem entrar.
— Este senhor, diz que a conhece. Sei que não se lembra de muita coisa, mas o conhece?
— Não.
Mas algo em Raya, se lembrava pois ela sentiu um arrepio subir em sua espinha quando encontrou aqueles olhos felinos em si, o homem alto e músculoso a admirava por completo.
— Sou Risgar, conheci seus pais, Raya tinnitus — Raya paralisou ao ouvir a voz rouca e grossa de Risgar, ele percebeu — Venha comigo, e então posso explicar tudo.
— O senhor não sabe, mas ela está muito ferida…..
— O que sabe sobre mim? — Raya sentia algo primitivo lhe pedindo para ir com o homem, ela se aproximou, era arriscado, mas iria fazer mesmo assim — O que sabe sobre meus pais?
— Sei tudo, sei o que aconteceu com seus pais no acidente, sei o que aconteceu com sua aldeia, e o que a levou ao rio. Sua aldei foi queimada, não sobrou nada para que você volte, vvenha comigo.
Risgar tinha uma voz firme, e em nenhum momento expôs algo relacionado ao medo, Raya olhou para a senhora, etsa que esperava sua resposta. Raya ponderou alguma frase para dizer ao homem, mas foi calada quando ele disse:
— O filho que carrega, é meu, você é minha. Venha comigo.
Raya segurou as mãos da senhora, e tudo que queria era que alguém respondesse por ela, não tinha coragem para dizer sim, mas também não queria dizer não.
— Vá com ele menina, eu não queria lhe assustar antes, mas nosso curandeiro disse que um homem viria lhe procurar, é o seu destino. Ele é seu destino.
Como ela poderia ir com um desconhecido? Como pode estar setindo que era o certo a fazer? E como ele tinha tantas respostas para suas perguntas?
Era a única saída para descobrir o que realmente aconteceu.
— Eu vou com você.
Quando Raya saiu da aldeia a ideia pareceu idiota e totalmente perigosa, sair de onde se sentia confortável e então protegida para ir embora com um homem desconhecido e aparetemente que lhe conhecia, possibilidades que ela não ponderou no momento e só depois de vários minutos de caminhada a cavalo, ela veio perceber. Que poderia acontecer qualquer coisa com ela, e ninguém iria se dar conta de seu sumiço. Era como se tudo ali fosse novo, já que não se lembrava do que viveu a um bom tempo, e suas memórias eram referentes à viagem de seus pais, e consequentemente a morte deles. Decidiu que iria com Risgar, por puro instinto. Sentia no intímo de sua alma um puxão para perto do homem, o homem na qual, ela só sabia o nome e que ele lhe conhecia e conhecia seus falecidos pais. — Quando chegaremos? — Raya perguntou depois de um tempinho em silêncio, já que as outras perguntas ele havia ignorado. — Pra onde está me levando? — É sempre tão tagarela? — Risgar falou, e então endireitou
Raya precisou de alguns segundos para então assimilar o que estava acontecendo, ela olhava de Risgar que agora se denominava principe para o outro rapaz no alto da escada. Raya estava assustada e ao mesmo tempo curiosa. Assustada, com toda aquela riqueza e a forma como Risgar era imponente como se apresentou, agora parecia que ele deveria se curvar até seu rosto bater no chão daquela pedra rara. Curiosa, pra saber porque um príncipe a conhecia, e ainda se deu o trabalho de ir lhe buscar sabe se lá onde. Tudo que queria era que sua memória voltasse naquele momento. ㅡ Eu....Sou raya, camponesa ㅡ Sua apresentação foi patética, tanto que o moço atrás do príncipe começou a rir. ㅡ Desculpa, eu não sei o que dizer. Risgar a olhou. ㅡ Não precisa dizer nada, a trouxe pra que eu pudesse dizer. ㅡ Então comece a me dizer do porque estou aqui. O homem atrás do príncipe, ergueu a sobrancelha grossa e preta como carvão, mas seus olhos eram penetrantes como o fogo consumidor. Raya o
O jantar foi servido em uma enorme mesa de madeira, as cadeiras todas feitas em ferro fundido em suas bordas, aquilo parecia mais assustador do que bonito. Nas paredes, quadros de mais pessoas importantes, e algumas obras da natureza, e uma em especial que fazia Raya, não piscar. A obra era assustadora, o vermelho brilhante escorrendo de uma ponta a outra e uma mulher segurando uma bandeira no fim de um monte feito de crânios humanos. Raya, bebeu um pouco do vinho que foi servido, comeu calmamente enquanto esperava algum dos dois homens na mesa falassem algo, mais nada ouviu do que o barulho dos talheres de prata, e os zumbidos de sua mastigação. Era um silêncio absoluto, até que o escudeiro do príncipe falou. ㅡ Não está com fome? ㅡ Ouviu de saraadel. Seu tom era calmo e ao mesmo tempo congelante. ㅡ Mau tocou na comida. ㅡ É difícil comer, quando sequer sabe onde realmente está ㅡ Raya disse e pousou a mão sobre a mesa. ㅡ Está em nantis. Não era a reposta que ela quer
Raya não dormiu naquela noite, a todo instante ela se remexia por causa de algum barulho, olhava pela janela, olhava debaixo de sua cama, e conferia a tranca da porta. Mas tudo isso era ridículo, como uma porta de madeira poderia vencer aquela criatura, como o vidro da Janela iria parar aquelas garras enormes e afiadas. Estava com medo, mas também não poderia pedir que Risgar ficasse ali, lhe protegendo com suas espada mais afiada ainda. Então viu o sol nascer, e ainda assim um pouco do medo a assolava. E quando as Moças de antes entraram, ela pulou da cama. ㅡ Bom dia, sua majestade a aguarda no salão principal. Uma delas falou, o tom, a maneira como se comportava, era diferente de antes. Raya se perguntou o que tinha acontecido. ㅡ Vou em um instante, preciso tomar um banho. Raya indicou, e quando tocou no chão era frio como a noite de inverno, mas quando adentrou no local para se banhar, viu que duas delas já tinha aquecido a água. ㅡ O que ele quer? ㅡ Raya perguntou, mas
Raya ficou sozinha. O príncipe Risgar, pediu perdão de uma forma da doce e democrática, que a moça ficou acanhada em dizer que estava curiosa e que ficaria lisonjeada se fosse convidada pra sair daquele castelo. Tudo que conseguiu foi a permissão para perambular nos arredores, e descobrir o que tinha além de paredes e cortinas esvoaçantes. Quando saiu do salão principal, seguiu o cheiro de flores que pairava no ar do castelo, seus passos eram rápidos e macios, não queria chamar atenção pra si, em tudo era uma estranha ali, não conhecia a ninguém além de, Risgar e saraadel, este último ela ainda tinha um pouco de....receio. Não sabia como se comporta quando ele vinha aquelas palavras afiadas e cheias de sarcasmo. Quando virou mais dois corredores, fora exatamente quem ela não queria encontrar, que viu parado diante de uma sala bem iluminada no fim do corredor, e percebeu que ali tinha uma saída do imenso castelo de pedra. O cheiro vinha de várias carroças, que carregava f
Raya voltou como pedido pelo príncipe, o quarto e o castelo estava calmo, muito mais calmo do que deveria, raya sequer sabia o que estava esperando que fosse acontecer. Mesmo quando a não não novo aquele quarto de parece aconchegante quentinho, não sei arrependeu pois dentro de seu íntimo uma voz cromada parece atendido. Tão pouco sabia quem era, mas ela fazia do seu quarto para atender a sua voz que chamava onde quer que fosse naquele castelo. ㅡ Olá. ㅡ Sussurrou. Falou mais para conferir se alguém a seguia ou a vigiava. Mas apenas um silêncio a respondeu ou alguma coisa se movimentando entre as paredes banqueiros corredores lotados de obras de arte, e reis antigos. Se perguntou se algum dia a sua imagem estaria ali como a rainha de nantis. Uma sonhadora. Em segundos ela chegou a um corredor totalmente vazio eliminado apenas com a chama do lado direito da parede aliás frente existe apenas dois soldados, que Aparentemente dormiam, já que um estava encostado no outro. E roncav
Raya, não dormiu naquela noite triste. Passou a noite inteira olhando pela janela de seu quarto apenas enxergando são estrelado a lua iluminando brilhando com uma luz incandescente aquela escuridão que terão bulova por seu quarto. E ainda mais a escuridão dentro de seu corpo, de seu coração e de sua mente. Depois que Risgar, que a fez pensar se realmente estar ali, ser a mãe do herdeiro dele. Sua mãos foram a sua barriga, os dedos deslizando sobre sua pele, enquanto imaginava o que estaria acontecendo se ela tivesse dito que não. Será que ele a traria mesmo assim? Quando o alvorecer despertou, Raya se pôs sentada na cabeceira da cama, suas mãos sentiram algo mexer em sua barriga, deveria ser reflexo, já que não estava com muitas semanas de grávida. Quando se pegou imaginando a mãozinha do bebê, sua face coradinha, se era um menino ou menina, se ele iria se parecer com o pai. Ela fez uma careta, Risgar era um cavalheiro, porém tinha suas mentiras, sua voz autoritária e suas
Raya se demorou um tempo para acordar suas pálpebras estavam pesadas e seu corpo todo doía. Ela agregou essa dor em seus corpos A queda que levou quando desmaiou porque sim, ela lembrou da parte em que saiu da loja depois de tomar um chá que aparentemente estava envenenado com alguma coisa que ela fazia dizer a verdade mesmo que não querendo. Pois enquanto estava na loja com a vi tentou o máximo possível não falar seu nome não falar de onde veio mas, isso não foi possível pois alguma coisa em seu sangue a fazia forçadamente falar a verdade. ㅡ Onde estou? ㅡ A mulher perguntou assim que se viu em seu quarto, Risgar estava de pé a sua frente ㅡ Onde estou? O príncipe a olhou com as sobrancelhas arqueadas, seus braços estavam cruzados em frente ao corpo e ao observava de baixo para cima. Por certo estava analisando se ela estava ferida ou se tinha perdido o seu herdeiro seu filho tão amado que ele não deixava de se exibir. ㅡ Está no castelo. Você está bem, meus curandeiros cuidar