Matteo “Que merda eu estou fazendo?” Era o que eu me perguntava enquanto assistia Giovanna dormir com a cabeça batendo no vidro lateral do carro. Deus! Como ela é linda. Realmente linda, doce, inteligente, com um toque de inocência encantadora e o mais interessante é que ela não tem a menor ideia disso. Mas quanto mais eu percebia essas qualidades nela, mas culpado eu me sentia. Eu não podia negar que me estava atraído por ela fisicamente e que estava encantado com o seu jeito, mas eu não acho que serei capaz de entregar meu coração a outra mulher. Não. Isso não é uma possibilidade. Eu nem mesmo acredito que poderia entregar meu corpo. Eu não estive com alguém desde muito tempo. Mesmo antes que Anabela se fosse, ela não estava em condições de ter relações sexuais e eu tampouco poderia pensar nisso. Tudo o que eu conseguia pensar naquela época era no quanto eu queria que ela ficasse, no quanto doía o medo, a insegurança. No quanto a vida era injusta e no quanto ela estava s
Giovanna Meus olhos ainda estavam fechados, mas eu estava acordada. Uma mão subia e descia pelo meu braço tão suavemente que me fez questionar se isso estava mesmo acontecendo. Eu podia sentir sua respiração na minha cabeça e meu corpo subia e descia no ritmo do seu peito. Eu sentia o batucar do seu coração e o seu cheiro. Não tinha dúvida de onde eu estava, sabia que estava nos braços de Matteo, apesar de não ter estado aqui tantas vezes assim. Apenas três breves momentos enquanto ele me assaltava com seus beijos, mas eu reconhecia. Seu cheiro, seu toque... Eu tentei controlar a minha ansiedade por alguns instantes, pois não queria que aquele acabasse. Porém, a parte racional em mim me disse que eu deveria terminar isso o quanto antes. Eu ignorei essa parte racional dos infernos, claro. Mesmo sabendo das consequências. Mesmo prevendo o mais distante que um relacionamento com este homem poderia me levar. Eu olhava além e o que eu via não era bom. Ao final dessa história eu
Matteo saiu do veículo e me ajudou a sair do carro. Eu não pude deixar de reparar nos seus modos. É difícil nos deparar com homens com tais maneiras nos dias atuais. Ônus da modernidade. Eu apreciei e agradeci a gentileza. Em seguida, retirei minha mão do seu contato e me afastei dele em alguns passos curtos. Olhando em volta, em seguida para o céu, permaneci muda.- Giovanna?- É perfeito, Matteo. Eu estava olhando o céu durante o percurso através do vidro do carro e estava bastante impressionada. No entanto, isso... – Apontei para o céu – é simplesmente incrível. Acho que as luzes da cidade ou a nossa pressa constante nos impede de admirar o céu com mais frequência. Agora aqui, no meio de toda essa natureza, eu me pergunto como pode alguém duvidar da existência de um Deus diante de tamanha beleza. É a mesma sensação que tenho quando estou de frente para o mar. Uma coisa tão perfeita e grandiosa não pode ser obra do acaso. Não mesmo. Eu me recuso a pensar de outro modo.- Então talve
Tirei a roupa e peguei meu laptop na bolsa. Apesar de exausta, não havia maneira de eu conseguir dormir nesse momento. Não depois de tudo. Talvez trabalhar um pouco trouxesse o sono de volta. Eu subi na cama enorme de madeira trabalhada e me contive de passar a mão em cada parte divinamente esculpida. Nos primeiros quinze minutos eu me distraí respondendo algumas mensagens enviadas para “Gi” até que eu percebi que “Pain” havia ficado on line. Surpreendi-me com isso por que já era muito tarde e logo amanheceria.“Acordada?” Ele começou.“Sim. Mas achei que estaria sozinha por aqui”.“Não. Você não está sozinha. Mais alguém não consegue dormir.”“Quer falar sobre o que te incomoda?”“Não sei” Ele disse simplesmente e eu não falei de novo. Dei-lhe algum tempo para decidir. E deu certo “Alguma vez você quis tanto algo mesmo sabendo que é errado?”“Estamos falando de algo ou de alguém?” perguntei sem lhe responder efetivamente.“Garota esperta. Estamos falando de alguém.”“Por que você não
Eu desci para o café da manhã por volta das oito horas. Fiquei longas horas pensando sobre a possibilidade de Teo e Matteo serem a mesma pessoa antes de adormecer e me sentia extremamente cansada nesta manhã. Apesar de empolgada por conhecer a propriedade, eu estava igualmente apreensiva sobre o Matteo que encontraria esta manhã. Nossa despedida não foi das melhores a noite passada e eu receava tanto quanto almejava por esse encontro. Era incrível como tudo era confuso entre nós. Desde a forma como nos conhecemos até os eventos que me colocaram aqui neste lugar.Ao chegar ao piso inferior parei, indecisa sobre por qual caminho seguir. Eu sabia que, se seguisse para a direita chegaria até a cozinha, onde estive a noite passada. Após titubear um pouco, segui por esse caminho. Estava bem perto do meu destino quando ouvi duas vozes femininas que conversavam animadamente. Eu parei por um instante na entrada, observando a cena. Uma mulher mais jovem, a qual eu supus ser Guilhermina, tendo e
Nós terminamos de comer e Matteo pegou no bolso de trás da sua calça um tubo de protetor solar. Foi um momento íntimo, apesar inocência do gesto, quando ele passou o protetor no meu rosto e nos meus braços. Em seguida, nós descemos as escadas que dava acesso ao terreno onde havia uma picape parada a nossa espera. Um homem se aproximou e nos entregou chapéus, um de palha com aba larga que protegia muito bem do sol o meu rosto e parte dos meus ombros e a Matteo foi dado um boné branco. Nós entramos no veículo e nos dirigimos à parte de trás da mansão e depois seguimos em frente em direção aos vinhedos. A casa ficava em uma parte alta da extensa propriedade e dava pra ver muito à nossa volta. Mesmo assim, eu não podia dizer onde ficavam os limites da vinícola. Tudo que eu via era o verde dos vinhedos e montanhas. Matteo estacionou e nós caminhamos por diversos corredores de videiras enquanto ele me explicava todo o processo de preparo da terra, plantio, colheita, separação das uvas que s
Nós nos despedimos, eu fechei o notebook e coloquei sobre a mesa lateral. De pé, corri para o banheiro e tomei um banho rápido. Eu queria estar pronta para quando Matteo chegasse em casa e, caso ele não viesse, eu iria atrás dele no escritório oi no meio daquelas uvas. Eu estava no quarto, decidindo que roupa vestir, quando uma batida na porta me interrompeu. Eu amarrei firmemente a tira do roupão e caminhei até a porta para abrir. Eu torcia para que fosse ele e não Guilhermina ou qualquer um dos seus funcionários – Oi – Eu saudei quando vi Matteo parado na porta. Ele estava tenso, eu podia ver isso, mas também parecia decidido. Eu não tinha ideia se isso era bom ou ruim. Nem sabia até onde as minhas palavras mexeram com ele – Achei que tivesse voltado para Milão sem mim. – Brinquei.- Oi. Sinto muito. Eu precisava de um tempo para... resolver algumas coisas.- Entendo. – Eu abri a porta até o final. – Entre – Convidei e ele hesitou um pouco. Mas em seguida entrou no quarto. Olhando e
Ele abriu as minhas pernas amplamente e só então eu notei que ele ainda estava vestido da cintura pra baixo. Matteo abriu o fecho e seu membro saltou, era incrivelmente grande e duro. Parecia doloroso. Eu senti um desejo enorme de tocá-lo e de leva-lo em minha boca, mas me contive. Ele posicionou na minha entrada e eu fechei os olhos com força esperando a pior das dores, mas não veio nada. Droga! Droga! Droga! Como eu queria ter falado pra ele sobre meu pequeno problema. Agora, talvez, ele faria isso com cuidado. Um pouco tarde pra isso, agora. Eu esperei um pouco mais, ainda com os olhos fechados, mas diante da demora, eu abri os olhos e me encolhi com a expressão que encontrei no rosto de Matteo. Era um misto de incredulidade e surpresa - Porra! Você nunca fez isso antes. – Não era uma pergunta. Então eu não senti necessidade de responder. Mas seu olhar ficava mais exigente a cada segundo. Ele queria a confirmação.Inevitavelmente eu me lembrei daquele episódio, há muito tempo, quan