Nós nos despedimos, eu fechei o notebook e coloquei sobre a mesa lateral. De pé, corri para o banheiro e tomei um banho rápido. Eu queria estar pronta para quando Matteo chegasse em casa e, caso ele não viesse, eu iria atrás dele no escritório oi no meio daquelas uvas. Eu estava no quarto, decidindo que roupa vestir, quando uma batida na porta me interrompeu. Eu amarrei firmemente a tira do roupão e caminhei até a porta para abrir. Eu torcia para que fosse ele e não Guilhermina ou qualquer um dos seus funcionários – Oi – Eu saudei quando vi Matteo parado na porta. Ele estava tenso, eu podia ver isso, mas também parecia decidido. Eu não tinha ideia se isso era bom ou ruim. Nem sabia até onde as minhas palavras mexeram com ele – Achei que tivesse voltado para Milão sem mim. – Brinquei.- Oi. Sinto muito. Eu precisava de um tempo para... resolver algumas coisas.- Entendo. – Eu abri a porta até o final. – Entre – Convidei e ele hesitou um pouco. Mas em seguida entrou no quarto. Olhando e
Ele abriu as minhas pernas amplamente e só então eu notei que ele ainda estava vestido da cintura pra baixo. Matteo abriu o fecho e seu membro saltou, era incrivelmente grande e duro. Parecia doloroso. Eu senti um desejo enorme de tocá-lo e de leva-lo em minha boca, mas me contive. Ele posicionou na minha entrada e eu fechei os olhos com força esperando a pior das dores, mas não veio nada. Droga! Droga! Droga! Como eu queria ter falado pra ele sobre meu pequeno problema. Agora, talvez, ele faria isso com cuidado. Um pouco tarde pra isso, agora. Eu esperei um pouco mais, ainda com os olhos fechados, mas diante da demora, eu abri os olhos e me encolhi com a expressão que encontrei no rosto de Matteo. Era um misto de incredulidade e surpresa - Porra! Você nunca fez isso antes. – Não era uma pergunta. Então eu não senti necessidade de responder. Mas seu olhar ficava mais exigente a cada segundo. Ele queria a confirmação.Inevitavelmente eu me lembrei daquele episódio, há muito tempo, quan
MatteoDroga! Droga! Droga! O que eu estava pensando? Levá-la pra cama depois de dizer abertamente que não a amava e nunca poderia fazê-lo? Pior, não pensar na porra da camisinha. Não que eu tivesse uma nesta casa de qualquer maneira. Mas eu deveria ter sido mais cuidadoso.Deus! Como ela é doce. Porra! Virgem? Como eu poderia imaginar que nos dias de hoje eu encontraria uma mulher com a sua idade e virgem. Parecia mais como uma chance em mil ou um milhão. Merda fodam-se as probabilidades. Ela é bem mais jovem do que eu, eu posso dizer. Ela parece ter no máximo uns 24, as mulheres estavam iniciando a sua vida sexual cada dia mais cedo e, no entanto, eu tinha uma inteligente, linda, graciosa e doce na porta ao lado e, até poucos minutos, intocada. Eu tentei reprimir o sentimento de posse que se formou no meu peito. Ela não era minha e eu não era dela. Simples assim. Mas, então, por que esse sentimento não ia embora?Anos sem saber o que era ter alguém em seus braços podia fazer isso co
- Satisfeita? – Eu perguntei a Alícia quando ficamos sozinhos.- Do que você está falando?- Estou falando da sua tentativa de deixar Giovanna desconfortável.- Eu não tive a intenção – eu arqueei as sobrancelhas, incrédulo – Você poderia me dizer o que eu disse que poderia incomodá-la? Eu só espero que não tenha nada a ver com a menção do nome da minha irmã. Seria o cúmulo se nós agora não pudéssemos falar sobre ela, em sua própria casa. Eu também espero que você não esteja traindo a minha irmã.- Eu não estou traindo ninguém Alícia. Anabela não vai voltar. Eu sei que é difícil aceitar isso, confie em mim quando digo isso, mas a vida continua.- Eu não acredito nisso – ela bradou acusatoriamente – Você dormiu com ela? É isso, não é? Você colocou uma prostituta na cama da minha irmã.- Não se refira a ela dessa maneira. Giovanna é uma mulher honrada. Digna de respeito. Não a ofenda, Alícia. Eu a proíbo.Ela ficou de pé abruptamente – Você está defendendo ela agora? Deus, como você pod
GiovannaOk. No fundo eu sabia o que me esperava quando decidi me envolver com Matteo. Nós nos conhecemos há apenas uma semana. Isso é muito pouco tempo, certo? Mesmo assim eu estava atraída por ele. Ele foi honesto comigo desde o princípio. Seu coração não estava disponível, mas eu concordei em ter apenas aquilo que ele tivesse disposto a dar. Embora, aguentar uma ex-ainda-atual-cunhada determinada a fazer da minha vida um inferno... Ahhhh não. Isso eu não aguentaria.O que mais me incomodou nisso tudo foi a atitude passiva dele. É evidente que ele estava incomodado com a postura dela em alguns momentos. Mas ele não fez nada sobre isso. E a razão pela qual ele não fez nada é que é o grande problema: Culpa.Matteo vive em um estado constante de culpa. Mas, finalmente, depois de anos vivendo em função da perda da sua esposa, ele quis seguir em frente eu sou a maneira que ele encontrou de fazer isso. Porém ainda está preso demais ao passado para conseguir fazer algo a respeito.Bem, pen
Ele se afastou e estudou meu rosto. Sua expressão não era mais de dor, mas de puro desejo. Ele acariciou meu rosto com os dedos, de maneira suave, quase cuidadosa demais. Em seguida deslizou a mão pelos meus cachos – Eu quero você – ele sussurrou. Eu não respondi verbalmente. Apenas me deixei guiar pelos corredores até o meu quarto (notei que ele não havia me levado para o seu próprio quarto). Assim que entramos, vi seu olhar se dirigir para a pequena mancha de sangue no lençol. Eu senti meu rosto queimar, ao mesmo tempo em que vi a sua expressão mudar. Ele me puxou contra o seu peito e sussurrou no meu ouvido – Não fique tímida sobre isso. Eu adoro que eu tenha sido o único a toma-la.Fiquei impressionada em saber que alguém poderia ter tanto controle sobre o meu corpo. Eu mesma não me conhecia o bastante. Eu não havia feito a lição de casa. Não sabia como dar prazer a mim mesmo. Não sabia que um simples toque ou um beijo, uma palavra sussurrada ou ainda um ol
Quando eu abri os olhos, na manhã seguinte, Matteo não estava na cama, o que não me surpreendeu. Mas eu também não pude deixar de me sentir um pouco decepcionada. Eu não sabia o que me aguardava esta manhã. Mas eu não estava disposta a lidar com aquela megera da Alícia, tampouco com os humores de arrependimento desse homem. Eu queria preservar na minha memória aquele amante carinhoso, sexy e cuidadoso ao lado do qual eu adormeci a noite passada.A porta foi aberta e Matteo entrou empurrando um carrinho abarrotado de comida. Ele ainda vestia sua calça de pijama xadrez e eu não consegui conter um sorriso – Bom dia, dorminhoca – o carrinho foi estacionado ao lado da cama.- Bom dia – eu disse ainda me espreguiçando sob as cobertas – eu dormi muito?- São quase onze horas da manhã. Mas eu também acordei há pouco tempo. Imaginei que acordaria faminta. Eu trouxe um pouco de tudo que Guilhermina preparou. – ele se sentou à beira da cama e se inclinou até que nossos lábios estivessem colados
- Preciso ir ao meu quarto vestir algo – Ele disse em tom casual enquanto me assistia pentear os cabelos. Eles estavam muito compridos e eu precisava reuni-los na frente para conseguir alcançar as pontas. Eu apenas balancei a cabeça concordando. Eu já tinha percebido que o seu quarto era um limite pra mim. Era provavelmente o santuário da falecida e ele não me queria lá. Eu era uma pessoa transparente. Você sempre sabia o que eu pensava apenas estudando meu rosto. Acho que ele percebeu sobre o que eu pensava por que acrescentou: - Vamos? – Eu arqueei as sobrancelhas com incredulidade e, como ele não titubeou, eu deixei minha escova de cabelo sobre a cama e o segui pra fora do quarto.Quando Matteo abriu a porta do seu santuário, eu era pura atenção. O toque de Anabela estava tão evidente em toda parte. O quarto era bege com toques de rosa antigo e azul claro nos objetos que o ornamentavam – Giovanna? – A voz grave e agora estranha de Matteo me tirou do meu transe e aí eu notei que est