Matteo saiu do veículo e me ajudou a sair do carro. Eu não pude deixar de reparar nos seus modos. É difícil nos deparar com homens com tais maneiras nos dias atuais. Ônus da modernidade. Eu apreciei e agradeci a gentileza. Em seguida, retirei minha mão do seu contato e me afastei dele em alguns passos curtos. Olhando em volta, em seguida para o céu, permaneci muda.- Giovanna?- É perfeito, Matteo. Eu estava olhando o céu durante o percurso através do vidro do carro e estava bastante impressionada. No entanto, isso... – Apontei para o céu – é simplesmente incrível. Acho que as luzes da cidade ou a nossa pressa constante nos impede de admirar o céu com mais frequência. Agora aqui, no meio de toda essa natureza, eu me pergunto como pode alguém duvidar da existência de um Deus diante de tamanha beleza. É a mesma sensação que tenho quando estou de frente para o mar. Uma coisa tão perfeita e grandiosa não pode ser obra do acaso. Não mesmo. Eu me recuso a pensar de outro modo.- Então talve
Tirei a roupa e peguei meu laptop na bolsa. Apesar de exausta, não havia maneira de eu conseguir dormir nesse momento. Não depois de tudo. Talvez trabalhar um pouco trouxesse o sono de volta. Eu subi na cama enorme de madeira trabalhada e me contive de passar a mão em cada parte divinamente esculpida. Nos primeiros quinze minutos eu me distraí respondendo algumas mensagens enviadas para “Gi” até que eu percebi que “Pain” havia ficado on line. Surpreendi-me com isso por que já era muito tarde e logo amanheceria.“Acordada?” Ele começou.“Sim. Mas achei que estaria sozinha por aqui”.“Não. Você não está sozinha. Mais alguém não consegue dormir.”“Quer falar sobre o que te incomoda?”“Não sei” Ele disse simplesmente e eu não falei de novo. Dei-lhe algum tempo para decidir. E deu certo “Alguma vez você quis tanto algo mesmo sabendo que é errado?”“Estamos falando de algo ou de alguém?” perguntei sem lhe responder efetivamente.“Garota esperta. Estamos falando de alguém.”“Por que você não
Eu desci para o café da manhã por volta das oito horas. Fiquei longas horas pensando sobre a possibilidade de Teo e Matteo serem a mesma pessoa antes de adormecer e me sentia extremamente cansada nesta manhã. Apesar de empolgada por conhecer a propriedade, eu estava igualmente apreensiva sobre o Matteo que encontraria esta manhã. Nossa despedida não foi das melhores a noite passada e eu receava tanto quanto almejava por esse encontro. Era incrível como tudo era confuso entre nós. Desde a forma como nos conhecemos até os eventos que me colocaram aqui neste lugar.Ao chegar ao piso inferior parei, indecisa sobre por qual caminho seguir. Eu sabia que, se seguisse para a direita chegaria até a cozinha, onde estive a noite passada. Após titubear um pouco, segui por esse caminho. Estava bem perto do meu destino quando ouvi duas vozes femininas que conversavam animadamente. Eu parei por um instante na entrada, observando a cena. Uma mulher mais jovem, a qual eu supus ser Guilhermina, tendo e
Nós terminamos de comer e Matteo pegou no bolso de trás da sua calça um tubo de protetor solar. Foi um momento íntimo, apesar inocência do gesto, quando ele passou o protetor no meu rosto e nos meus braços. Em seguida, nós descemos as escadas que dava acesso ao terreno onde havia uma picape parada a nossa espera. Um homem se aproximou e nos entregou chapéus, um de palha com aba larga que protegia muito bem do sol o meu rosto e parte dos meus ombros e a Matteo foi dado um boné branco. Nós entramos no veículo e nos dirigimos à parte de trás da mansão e depois seguimos em frente em direção aos vinhedos. A casa ficava em uma parte alta da extensa propriedade e dava pra ver muito à nossa volta. Mesmo assim, eu não podia dizer onde ficavam os limites da vinícola. Tudo que eu via era o verde dos vinhedos e montanhas. Matteo estacionou e nós caminhamos por diversos corredores de videiras enquanto ele me explicava todo o processo de preparo da terra, plantio, colheita, separação das uvas que s
Nós nos despedimos, eu fechei o notebook e coloquei sobre a mesa lateral. De pé, corri para o banheiro e tomei um banho rápido. Eu queria estar pronta para quando Matteo chegasse em casa e, caso ele não viesse, eu iria atrás dele no escritório oi no meio daquelas uvas. Eu estava no quarto, decidindo que roupa vestir, quando uma batida na porta me interrompeu. Eu amarrei firmemente a tira do roupão e caminhei até a porta para abrir. Eu torcia para que fosse ele e não Guilhermina ou qualquer um dos seus funcionários – Oi – Eu saudei quando vi Matteo parado na porta. Ele estava tenso, eu podia ver isso, mas também parecia decidido. Eu não tinha ideia se isso era bom ou ruim. Nem sabia até onde as minhas palavras mexeram com ele – Achei que tivesse voltado para Milão sem mim. – Brinquei.- Oi. Sinto muito. Eu precisava de um tempo para... resolver algumas coisas.- Entendo. – Eu abri a porta até o final. – Entre – Convidei e ele hesitou um pouco. Mas em seguida entrou no quarto. Olhando e
Ele abriu as minhas pernas amplamente e só então eu notei que ele ainda estava vestido da cintura pra baixo. Matteo abriu o fecho e seu membro saltou, era incrivelmente grande e duro. Parecia doloroso. Eu senti um desejo enorme de tocá-lo e de leva-lo em minha boca, mas me contive. Ele posicionou na minha entrada e eu fechei os olhos com força esperando a pior das dores, mas não veio nada. Droga! Droga! Droga! Como eu queria ter falado pra ele sobre meu pequeno problema. Agora, talvez, ele faria isso com cuidado. Um pouco tarde pra isso, agora. Eu esperei um pouco mais, ainda com os olhos fechados, mas diante da demora, eu abri os olhos e me encolhi com a expressão que encontrei no rosto de Matteo. Era um misto de incredulidade e surpresa - Porra! Você nunca fez isso antes. – Não era uma pergunta. Então eu não senti necessidade de responder. Mas seu olhar ficava mais exigente a cada segundo. Ele queria a confirmação.Inevitavelmente eu me lembrei daquele episódio, há muito tempo, quan
MatteoDroga! Droga! Droga! O que eu estava pensando? Levá-la pra cama depois de dizer abertamente que não a amava e nunca poderia fazê-lo? Pior, não pensar na porra da camisinha. Não que eu tivesse uma nesta casa de qualquer maneira. Mas eu deveria ter sido mais cuidadoso.Deus! Como ela é doce. Porra! Virgem? Como eu poderia imaginar que nos dias de hoje eu encontraria uma mulher com a sua idade e virgem. Parecia mais como uma chance em mil ou um milhão. Merda fodam-se as probabilidades. Ela é bem mais jovem do que eu, eu posso dizer. Ela parece ter no máximo uns 24, as mulheres estavam iniciando a sua vida sexual cada dia mais cedo e, no entanto, eu tinha uma inteligente, linda, graciosa e doce na porta ao lado e, até poucos minutos, intocada. Eu tentei reprimir o sentimento de posse que se formou no meu peito. Ela não era minha e eu não era dela. Simples assim. Mas, então, por que esse sentimento não ia embora?Anos sem saber o que era ter alguém em seus braços podia fazer isso co
- Satisfeita? – Eu perguntei a Alícia quando ficamos sozinhos.- Do que você está falando?- Estou falando da sua tentativa de deixar Giovanna desconfortável.- Eu não tive a intenção – eu arqueei as sobrancelhas, incrédulo – Você poderia me dizer o que eu disse que poderia incomodá-la? Eu só espero que não tenha nada a ver com a menção do nome da minha irmã. Seria o cúmulo se nós agora não pudéssemos falar sobre ela, em sua própria casa. Eu também espero que você não esteja traindo a minha irmã.- Eu não estou traindo ninguém Alícia. Anabela não vai voltar. Eu sei que é difícil aceitar isso, confie em mim quando digo isso, mas a vida continua.- Eu não acredito nisso – ela bradou acusatoriamente – Você dormiu com ela? É isso, não é? Você colocou uma prostituta na cama da minha irmã.- Não se refira a ela dessa maneira. Giovanna é uma mulher honrada. Digna de respeito. Não a ofenda, Alícia. Eu a proíbo.Ela ficou de pé abruptamente – Você está defendendo ela agora? Deus, como você pod