Quando aparecemos na sala de jantar, meus pais e Antonella tinham os rostos divididos ao meio com belos sorrisos – Eu sei, já ouvimos daqui que você é um imbecil – Antonella disse – Mas, para sua informação, todos nós já sabíamos disso.Eu fui até ela e lhe dei um beijo na testa – sei que me perdoou fácil, mas ainda assim merece um pedido de desculpas decente. Aliás, todos vocês. Eu tenho sido um imbecil.- Eu amo você. Seja feliz e faça Giovanna e o meu sobrinho felizes que eu perdoo você totalmente.- Eu vou tentar. – disse e me sentei no meu lugar. Embora eu tenha comido mais cedo com Giovanna, comi novamente apenas para desfrutar da companhia dos meus familiares. E, mesmo ainda não tendo Giovanna aqui comigo, me sentia mais aliviado. Se tudo desse certo, logo essa felicidade estaria completa.Giovanna- Como assim morar com ele?- Pois é, achei uma verdadeira loucura. Eu não o queria por perto.- Eu sei. Mas o filho é dele. Você não pode impedi-lo de ver o filho. Certo, você pode
Matteo Eu estava saindo do carro em frente ao prédio de Giovanna quando encontrei com Penélope – Aí está você. Justamente a pessoa com quem eu queria falar.- Olá, Penélope. Eu também estava que... – Eu demorei um tempo para entender o que havia acontecido, mas o leve queimar na minha face indicava que eu havia levado uma tapa da amiga de Giovanna – Você é louca?- Na verdade esse é o meu estado normal. Louca eu vou ficar se você magoar a minha amiga de novo, seu desgraçado, e que se foda seu irmão e a porra do contrato da minha empresa. Entendeu?- Ok. Eu mereci isso.- Pois eu acho bom não fazer por merecer mais – Ela enfiou a mão na bolsa e me entregou um molho de chaves – Aqui estão as minhas chaves. Ela está dormindo. Não a acorde, pois ela tem tido muito sono ultimamente. Pelo que eu li em um site, são coisas da gravidez. Além disso, ontem, depois da sua visita, ela ficou um pouco angustiada e cheia de coisa em que pensar – Então ela apenas deu as costas e caminhou p
Eu esperei que ela comesse tudo. Ela comeu com vontade e não estou exagerando quando digo que não sobrou anda. Absolutamente nada do que eu havia colocado na mesa. – Eu soube que você teve um desentendimento com a sua família – ela perguntou do nada. Eu não queria falar sobre o assunto agora. Não quando eu tinha tanto para falar com ela. Mas eu não era capaz de dizer não a ela. Então apenas assenti. – E agora? Vocês já se entenderam?- Sim. Ontem nós conversamos. Foi minha culpa então eu tentei consertar.- Você quer falar sobre isso?Eu pensei um pouco a respeito. Era desconcertante falar sobre isso com qualquer pessoa. Mas, por algum motivo que eu desconheço, parecia fácil apenas falar com ela. Não estava em meus planos enchê-la com isso. Ela estava grávida de um filho meu. Eu estaria evitando qualquer assunto que pudesse aborrecê-la – Eu não acho que seja uma boa ideia falar com você sobre esse assunto. É desagradável.- Não há nada nessa história que eu não saiba, Matteo.- Quando
- Oh meu Deus! Estou tão empolgada em ter um sobrinho e igualmente animada em ter você aqui. Essa casa é grande demais. Vai ser bom ter você aqui conosco. – Antonella disse ao me abraçar na entrada da Mansão. Ela parecia sinceramente empolgada com a minha presença, pois sequer me deixou entrar. Aliviava saber que eu era bem vinda.- Obrigada por me receber aqui. Será apenas por um tempo e por insistência de Matteo. Mas eu estou bem.- Antonella, vamos deixar Giovanna entrar.- Oh! Claro, vamos entrar.- Papa e Mamma estão em casa? – Ele perguntou a irmã.- Não. Mas devem estar a caminho. Vejo vocês em breve – ela piscou pra mim e seguiu para a parte de trás da casa.Matteo me guiou para dentro da mansão. Nós subimos as escadas e seguimos pelo corredor. Eu nunca havia estado no pavimento superior do prédio histórico e estava encantada com as obras de arte penduradas na parede e as peças de decoração e aparadeiras antigas distribuídas por toda parte. Não havia tempo para olhar tudo agor
A casa dos meus pais era uma casa antiga, porém não se comparava a mansão, nem no tamanho, nem no preço, nem as obras de artes que havia na mansão. A euforia da minha mãe foi bem evidente quando ela abriu a porta antes mesmo que nós chegássemos a ela. Matteo mantinha sua mão fixa na base das minhas costas e seguia no meu ritmo até alcançarmos a entrada – Minha filha, finalmente veio nos visitar.- Oi Mãe – Abracei-a – Deixe que eu a apresente. Esse é Matteo.Ele deu um passo adiante e segurou gentilmente a mão da minha Mamma e levou aos lábios. Isso a deixou radiante – É um prazer muito grande conhece-la finalmente. Posso ver de onde Giovanna herdou tanta beleza – Quando mamma exalou um suspiro de total contentamento, eu pensei: “que bastardo trapaceiro”.- É um prazer conhecê-lo também. Seja bem vindo. Por favor, entre. Assim que ele passou por ela, ela me brindou com uma cara de puro choque. Deveria ter me ofendido, pois é aquela cara do tipo: ”Como você conseguiu agarrar um homem d
A casa estava silenciosa. Todos já deviam estar dormindo ou nas suas casas. Matteo tinha me explicado que todos eles têm apartamentos ou casas em outros lugares, mas que a mansão, apesar de ter sido passada para o nome de Matteo, é o porto seguro de todos eles. Nós subimos as escadas de mãos dadas e seguimos pelo corredor até pararmos diante da porta do meu quarto. Eu não queria me despedir dele. Ele havia derrubado todos os muros que eu ergui nas semanas anteriores. Eu estava completamente exposta e não me importava com isso – Quero que você entre – Eu disse. Sentindo-me corajosa.- Não – ele disse e eu me senti rejeitada. Eu balancei a cabeça concordando e me virei para abrir a minha porta – quero você na minha cama – ele completou e eu parei. Meu peito já subia e descia em um ritmo ofegante. Eu estava tão ansiosa para tocá-lo. Para senti-lo novamente, mas fazer tudo isso em sua cama tinha um significado ainda maior. Ele não esperou a minha resposta. Apenas me puxou em direção ao se
Eu passei boa parte da noite acordado olhando Giovanna dormir. O subir e descer do seu peito me acalmava. Depois de tanto tempo afundado em medo, dor e culpa, eu me sentia leve. Ela fazia isso comigo. Trazia calma, paz, equilíbrio. Como eu disse antes, eu tinha um propósito na minha vida agora e este era amar e proteger essas duas vidas que estavam aqui nos meus braços e eu iria fazer isso da melhor maneira que eu pudesse.Eu achava que eu amava Anabela, mas a paz que eu sinto agora não pode ser confundida com o que eu sentia por Anabela. Alguém disse que a paixão é euforia, enquanto o amor é calmaria. Pra mim, agora, isso faz todo o sentido. Eu me sinto em paz ao lado de Giovanna, enquanto eu vivia angustiado ao lado de Bela, eufórico por algo que nunca chegava. Era como um desespero. Eu sentia por nós dois, tanto que era eu a cuidar unilateralmente da nossa relação e não me importar tanto se ela não correspondia. Eu sabia, de algum modo, que com Giovanna seria diferente.
Quando nossas respirações se normalizaram e os tremores do nosso clímax deixaram nossos corpos eu me levantei e fui até o banheiro preparar um banho para nós dois. De volta ao quarto eu a peguei nos braços e a levei comigo. Na banheira, lavei cada parte do seu corpo com uma toalhinha e depois nós ficamos apenas abraçados aproveitando o momento. Suas costas na minha frente, minha mão deslizando por sua barriga ainda plana – Não vejo a hora de sua barriga crescer.- Oh! Você diz isso por que não é com você. Além disso, eu vou ficar horrível. Uma bola.- Ei, não diga isso. Você é linda. Perfeita. E vai ficar incrivelmente sexy com o nosso filho aí dentro. Nada vai me dar mais prazer do que desfilar por aí com vocês dois.- Você só está sendo gentil.- Não. Eu estou sendo sincero. Você vai ficar ainda mais bonito com um barrigão. Obrigado por me deixar fazer parte disso.- É o seu direito e é um prazer pra mim. Eu estava realmente determinada a levar isso sozinha, Matteo. Mas confesso que