Capítulo 2

" Meu Deus do céu, você não está bem, como pode um pai ser tão cruel com um filho desta forma."  - Rosa estava pasma, isso nunca tinha acontecido antes.

" Vamos tomar um banho e fazer um curativo em suas feridas." - Rosa ajudou a jovem a ir se banhar, passou remédio em suas costas e foi terminar de preparar o jantar da família Sue.

***

Do outro lado da cidade um homem de bela aparência e muito famoso no mundo dos negócios estava em uma sala vip com amigos e sua namorada conversando e bebendo. Quem o conhecia sabia que isso era típico dele fazer regularmente.

" Então quando vocês vão se casar?" - Paulo amigo de Marcos perguntou ao casal.

" Em breve." - Marcos respondeu pois se dependesse dele já estaria casado a mais de dois anos, no entanto sua amada noiva não estava tão ansiosa assim.

"Daqui mais dois anos, quando minha carreira estiver mais estável nós nos casaremos, certo amor?" - Alana se inclinou e deu um selinho rápido e voltou a beber sua bebida.

" Alana, não seja tão malvada com Marcos, ele te ama, se ele encontrar outra e lhe trocar você vai se arrepender." - A amiga de Alana falou enquanto bebia um drink.

" Ela está certa Alana. " - Paulo falou, mas foi repreendido pelo olhar de Marcos.

" Amor, você não vai me trocar por outra, não é mesmo?" - Alana tinha um voz era calma e doce que faria qualquer um gostar dela, Marcos não tinha como dizer não, a sua amada noiva.

" Não se preocupe, eu irei te esperar o tempo necessário para nos casarmos." - Casar ou não ele já estava conformado caso isso nunca acontecesse, Alana não era uma mulher que nasceu ou foi criada para cuidar da casa e do marido como as outras jovens mulheres de sua idade.

A noite foi especialmente boa como as outras, ao receber um telefonema Marcos saiu às pressas da boate deixando todos, ele havia bebido muito, mas ainda estava sóbrio o suficiente pra dirigir, correu para a empresa e ao chegar viu seu pai com uma cara muito preocupada e já sabia que algo sério tinha acontecido.

" Pai, o que aconteceu?" -  Marcos perguntou ao se aproximar do homem.

" Os papéis do projeto Verde Sustentável desapareceram." - Acácio não sabia o que havia acontecido, se esse projeto vazasse eles iriam perder muito dinheiro.

" Não se preocupe, vamos dar um jeito. O senhor já conferiu as câmeras de segurança? " - Marcos perguntou enquanto caminhava com seu pai indo para o elevador.

" Não, já avisei seus irmãos logo eles chegaram." - Marcos entrou com seu pai no elevador e foi para a sala de segurança, assistiu os vídeos de gravação do dia, o que ele viu foi apenas Gabriel sendo o último a sair da sala, mas isso não provava que ele era a pessoa que roubou os documentos até por que ele era da família.

" A última pessoa a sair da sala foi Gabriel e depois... " - Marcos era um homem de negócios e mesmo que sua família estivesse envolvida ele iria descobrir e punir sem sentir nenhuma culpa.

" Não, seu irmão nunca iria fazer isso, então esqueça." - Acácio confiava em Gabriel e mesmo que seu filho Marcos dissesse o contrário, ele não acreditaria facilmente.

" Esquecer? O senhor confia demais nele, então porque não deu a empresa a ele, um filho apenas no nome não é um filho de sangue, lembre que ele nunca o tratou como o pai verdadeiro. " - Marcos falou sem paciência, talvez era a bebida fazendo efeito agora.

" Pelo menos ele não é igual você que vive em festas a noite e mal vem trabalhar no dia seguinte. " - O homem falou em defesa de Gabriel e Marcos riu, fazendo o pai ficar com mais raiva.

" Não esqueça que a empresa só saiu do vermelho por causa do seu filho que vive em festa e mal vem a empresa, mas já que confia tanto em Gabriel deixe- o ser o CEO, pois eu não pretendo trabalhar neste lugar."

" Você..."  Ele não terminou de falar pois os homens entraram pela porta.

" Como aconteceu isso? Quem foi o último a entrar na sala do nosso pai?" - Pedro o irmão mais novo perguntou a Marcos, vendo que o homem estava com uma cara de raiva enquanto olhava para o outro.

" Pergunte ao velho." - Marcos pegou o casaco e passou por Gabriel, ao qual ele lançou um olhar frio o suficiente para fazer o homem sentir medo. Gabriel sabia que Marcos era uma pessoa difícil na qual ele não deveria cruzar o caminho, mas ele não tinha opção então tinha que fazer isso.

" Pai, eu vou atrás dele."  - Gabriel se ofereceu a ir atrás de Marcos e Acácio concordou.

" Pai, o que está acontecendo aqui, vocês brigaram novamente?" - O irmão mais novo não sabia o motivo da briga mas sabia que se não fosse por uma boa razão Marcos não agiria desta maneira com o pai, ele queria entender e tentar ajudar.

" Vamos para casa , não há nada a fazer aqui por hoje ? " Pai e filho caminhou para fora da sala então os dois desceram juntos em silêncio .

" Gabriel , você conseguiu falar com Marcos ?" - O irmão mais novo perguntou.

" Não, quando cheguei ele já havia saído, vocês já estão indo para casa ?"

" Sim, vamos. - Os três homens foram para casa juntos.

" Cadê Marcos? " - A mãe biológica de Gabriel e Pedro era uma mulher muito boa, ela sempre fazia o seu melhor para os filho e para Marcos que ela considerava seu próprio filho.

" Não se preocupe com ele, deve estar em alguma festa enchendo a cara." - O homem falou e subiu para seu quarto.

" Eles brigaram novamente? - Iolanda perguntou aos filhos que não disseram nada, ela subiu para conversar com seu marido.

" Vocês brigaram novamente? " - Abriu a porta já perguntando ao marido que vestia a blusa do pijama.

" Iolanda, ele não é mais uma criança, você não deve se preocupar tanto com ele."  - O homem deitou na cama em silêncio.

" Ultimamente sinto que a relação de vocês dois está ficando distante, um de vocês deve tentar se aproximar novamente."

" Ele não quer mais ser o CEO da empresa. "- Acácio tinha um tom decepcionado.

" Porque?" - A mulher perguntou sentindo que o marido não estava lhe falando a verdade toda.

" Não pergunte sobre isso, vamos apenas dormir."

***

" Clara... Clara, o que é isso? Levante agora e vá limpar meu quarto." - Júlia entrou no quarto e jogou água em Clara que estava com febre na cama por causa de suas feridas.

" Você ficou doida Júlia, não percebe que estou doente, a sua mae me deu um dia de folga, então vá fazer suas coisas de alguma maneira. " -  A cabeça de Clara doía muito e seu corpo estava dolorido.

" Ela não está em casa e nem sua querida Rosa, então trate de levantar e fazer seu trabalho antes que eu ligue para o pai e diga que você está me intimidando. " - Júlia a irmã mais velha ameaçou Clara sabendo que se ela apanhasse novamente iria prejudicar ainda mais sua saúde.

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