Capítulo 3

" Júlia, eu sei que trabalho aqui desde que me entendo por gente, mas não sou sua escrava muito menos um robô, estou doente e não vou fazer nada por te."  Ela disse se virando para o lado oposto não querendo ver e muito menos falar com Júlia.

" Sabe, meu pai foi acerta meu casamento e em breve eu serei a senhora Lins e você apenas uma criada que vai trabalhar ara mim." A jovem mulher falou rindo.

" Nunca que eu vou ser sua criada, não sou um objeto Júlia, eu sou sua irmã mais nova." Agora sentada na cama ela olhou para a irmã mais velha e pensou em como poderia ela ser daquele jeito, tão má e sem sentimentos.

" Você ainda se considera minha irmã?" Ela disse em um tom de deboche. " Se ponha no seu lugar Clara, ou você se levante desta cama e venha fazer o que estou pedindo ou então você sabe muito bem o que vou fazer com aquela pasta que você tanto guarda com carinho, até parece que é um tesouro."

Clara pensou um e mesmo se fosse verdade ela não tinha como fazer nada agora ser sua criada por um tempo daria a chance de descobrir onde ela guardou a pasta que pegou.

" Ok, me der apenas dez minutos." - Clara levantou e foi ao banheiro fazer sua higiene e colocar seu uniforme, os curativos não foram retirados e ela não colocou nada, apenas uma blusa por debaixo para não manchar o tecido. Júlia apenas saiu batendo a porta nada contente pois para ela esperar ou outro era algo que não existia em sua vida, mas isso não importava pois ela logo seria uma senhora da família Lins e Clara nao poderia lhe fazer nada, além de ser obediente.

Enquanto Clara fazia o jantar após a febre passar, Julia estava sentada na bancada olhando a irmã mais nova.

" Clara, você pode tirar todas aquelas roupas do meu guarda roupa e ficar para você, o papai irá comprar novas roupas para mim amanhã. " - Júlia tentava fazer Clara se irritar e falar algo desagradável com ela, mas ficou frustrada já que a irmã mais nova apenas agradeceu e voltou a ficar em silêncio ela pensou que talvez estivesse realmente doente e se sentiu ruim, ficando em silêncio.

A campainha começou a tocar e Clara foi atender, quando abriu a porta ela apenas abaixou a cabeça e cumprimentou o homem com uma voz fria e sem emoção e voltou para a cozinha.

" Clara, você está bem? " - Antônio nunca viu sua filha daquele jeito, muito menos falar com ele daquela forma, talvez ele tenha exagerado ao castigar - lá.

" Pai, não esqueça que amanhã vamos ao shopping." - A jovem Júlia estava feliz que seu pai estava em casa, quando o homem começou a falar sobre seus planos para o dia seguinte.

"Julia, sua mãe mandou eu lhe entregar isso. " - Júlia ao ver o que era, ficou muito feliz, pois estava esperando comprar este perfume a alguns meses. Já na mesa de jantar, Antônio e Júlia estavam sentados e Clara estava de pé com a cabeça baixa onde sempre ficava.

" Clara, venha jantar conosco. " - Antônio esperava que a menina aceitasse e reagiria como as outras raras vezes que ele mandou ela jantar com eles, mas dessa vez Clara não queria mais ser como antes, uma menina boba que acredita que enquanto fizer o seu melhor, seu pai biológica irá tratar - lá com um pouco mais de carinho e menos indiferença, mas isso nunca aconteceu e agora ela estava doente e ainda tinha que trabalhar.

" Sou apenas uma empregada, não devo me sentar com os patrões, se me der licença irei para a cozinha e quando terminar eu volto para fazer meu serviço. " - Clara saiu sem ao menos olhar para qualquer um.

" Pai não ligue para ela. " - Júlia sem se importar com a irmã continuou a falar com o pai.

" Bem, ela talvez precise de um pouco de descaso, certo."  - Pensou Antônio.

" Pai, como foi com seu amigo? "- Júlia tinha pesquisado hoje sobre os filhos de Acácio Lin e descobriu que o homem que ela gostava era o filho dele.

" Ele queria falar sobre a união do filho dele com minha filha."  - Ao ouvir Antônio falar sobre casamento, Júlia pensou logo que seria o filho mais velho da família e ele iria se casar com ela, isso seria um sonho tornando- se realidade.

Naquela noite Júlia não conseguiu dormir de tanta felicidade e empolgação ela se casaria com o homem que ela se apaixonou na faculdade. ' Isso é um sonho, só pode. ' Ela pensou mas ao dar um tapinha em seu braço percebeu que não era sonho e sim a realidade.

" Acácio... " - Iolanda gritou ao ver o marido cair no chão assim que atendeu o telefonema do seu secretário, ela pegou o telefone.

" Jhonatan, o que você falou para meu marido?" - Iolanda não estava tão calma ao falar no telefone com o homem, ela podia sentir que algo muito ruim havia acontecido, principalmente por que Marcos não voltou para casa.

" O jovem Marcos sofreu um acidente na ponte Halim e eles ainda estão procurando- o na água. " - Jhonatan falou do outro lado da linha, com o barulho que ela sabia que ele estava no local.

"Encontre ele Jhonatan, faça o possível e impossível para encontra- lo." - Iolanda já estava chorando, Pedro ao descer viu seu pai no chão e sua mãe em lágrima no telefone, presumiu que algo grave tinha acontecido.

" Mãe temos que levar o pai para o hospital, levante. " - Pedro e Gabriel levaram Acácio para o carro e foram para o hospital enquanto Iolanda foi para o local do acidente.

Quando ela chegou no local encontrou o secretário correndo em direção a uma ambulância e ela correu também na mesma direção.

" Meu menino, ele não pode morrer. " - Iolanda viu Marcos todo ferido e pálido, seu coração estava em pedaços ela se sentia responsável por ele e seu marido iria sofrer muito se algo ruim acontecesse ao seu filho biológico.

" Senhora Lin, não se preocupe, ele vai para o melhor hospital e ficará bem. " - Jhonatan tentou acalmar a mulher que estava bastante abalada.

Pedro havia ligado para a mãe assim que chegou ao hospital, seu pai estava bem foi apenas um desmaio e agora tomava soro, mas parecia distante e perguntava sobre Marcos a todo momento, preocupado ele tentou ligar novamente para a mãe, mas não houve resposta por algum tempo.

" Mãe, o que está acontecendo?" - Pedro perguntou a mãe que entrou no quarto e segurou a mão do marido que a vê- lá se apressou a perguntar como estava o filho.

" Meu filho está bem? Já encontraram ele? " Acácio se sentia culpado, se ele não tivesse discutido na noite anterior seu filho estaria bem, ele deveria ao menos tentar fazer o que seu filho falou, e ter investigado mesmo não sendo o caso, talvez isso não tivesse acontecido.

" Ele foi encontrado, mas não tenho notícia desde que entrou na sala de cirurgia. " - Lágrimas voltaram a cair, Pedro correu para a sala de cirurgia ele não acreditava que seu irmão estaria ali, mas ao ver a secretário com os olhos vermelhos sabia que sim era seu irmão.

"Como isso foi acontecer? Ele estava bem ontem a noite." - Pedro ao lembrar- se de seu irmão ele apenas sentia que o mesmo deveria ser forte o suficiente para viver.

" Já mandei investigar, vamos descobrir o que realmente aconteceu com o jovem Marcos." - Jhonatan deu um tapinha no ombro de Pedro e se levantou indo ver seu chefe.

Ao entrar na sala ele olhou para Gabriel que estava com a aparência de culpado, sim talvez ele fosse o culpado pensou Jonathan o secretário mas de qualquer forma ele não tinha provas e o único que podia encontrar era o amigo de Marcos, Paulo que tinha uma agência de detetive nesta área eles eram os melhores.

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