" Júlia, eu sei que trabalho aqui desde que me entendo por gente, mas não sou sua escrava muito menos um robô, estou doente e não vou fazer nada por te." Ela disse se virando para o lado oposto não querendo ver e muito menos falar com Júlia.
" Sabe, meu pai foi acerta meu casamento e em breve eu serei a senhora Lins e você apenas uma criada que vai trabalhar para mim." A jovem mulher falou rindo. " Nunca vou ser sua criada, não sou um objeto Júlia, eu sou sua irmã mais nova." Agora sentada na cama ela olhou para a irmã mais velha e pensou em como poderia ser daquele jeito, tão má e sem sentimentos. " Você ainda se considera minha irmã?" Ela disse em um tom de deboche. " Se ponha no seu lugar Clara, ou você se levante desta cama e venha fazer o que estou pedindo ou então você sabe muito bem o que vou fazer com aquela pasta que você tanto guarda com carinho, até parece que é um tesouro." Clara pensou um pouco e mesmo se fosse verdade ela não tinha como fazer nada agora ser sua criada por um tempo daria a chance de descobrir onde ela guardou a pasta que pegou. " Ok, me der apenas dez minutos." - Clara levantou e foi ao banheiro fazer sua higiene e colocar seu uniforme, os curativos não foram retirados e ela não colocou nada, apenas uma blusa por debaixo para não manchar o tecido. Júlia apenas saiu batendo a porta nada contente pois para ela esperar ou outro era algo que não existia em sua vida, mas isso não importava pois ela logo seria uma senhora da família Lins e Clara nao poderia lhe fazer nada, além de ser obediente. Enquanto Clara fazia o jantar após a febre passar, Julia estava sentada na bancada olhando a irmã mais nova. " Clara, você pode tirar todas aquelas roupas do meu guarda roupa e ficar para você, o papai irá comprar novas roupas para mim amanhã. " - Júlia tentava fazer Clara se irritar e falar algo desagradável com ela, mas ficou frustrada já que a irmã mais nova apenas agradeceu e voltou a ficar em silêncio ela pensou que talvez estivesse realmente doente e se sentiu ruim, ficando em silêncio. A campainha começou a tocar e Clara foi atender, quando abriu a porta ela apenas abaixou a cabeça e cumprimentou o homem com uma voz fria e sem emoção e voltou para a cozinha. " Clara, você está bem? " - Antônio nunca viu sua filha daquele jeito, muito menos falar com ele daquela forma, talvez ele tenha exagerado ao castigar - lá. " Pai, não esqueça que amanhã vamos ao shopping." - A jovem Júlia estava feliz que seu pai estava em casa, quando o homem começou a falar sobre seus planos para o dia seguinte. "Julia, sua mãe mandou eu lhe entregar isso. " - Júlia ao ver o que era, ficou muito feliz, pois estava esperando comprar este perfume a alguns meses. Já na mesa de jantar, Antônio e Júlia estavam sentados e Clara estava de pé com a cabeça baixa onde sempre ficava. " Clara, venha jantar conosco. " - Antônio esperava que a menina aceitasse e reagiria como as outras raras vezes que ele mandou ela jantar com eles, mas dessa vez Clara não queria mais ser como antes, uma menina boba que acredita que enquanto fizer o seu melhor, seu pai biológica irá tratar - lá com um pouco mais de carinho e menos indiferença, mas isso nunca aconteceu e agora ela estava doente e ainda tinha que trabalhar. " Sou apenas uma empregada, não devo me sentar com os patrões, se me der licença irei para a cozinha e quando terminar eu volto para fazer meu serviço. " - Clara saiu sem ao menos olhar para qualquer um. " Pai não ligue para ela. " - Júlia sem se importar com a irmã continuou a falar com o pai. " Bem, ela talvez precise de um pouco de descaso, certo." - Pensou Antônio. " Pai, como foi com seu amigo? "- Júlia tinha pesquisado hoje sobre os filhos de Acácio Lin e descobriu que o homem que ela gostava era o filho dele. " Ele queria falar sobre a união do filho dele com minha filha." - Ao ouvir Antônio falar sobre casamento, Júlia pensou logo que seria o filho mais velho da família e ele iria se casar com ela, isso seria um sonho tornando- se realidade. Naquela noite Júlia não conseguiu dormir de tanta felicidade e empolgação ela se casaria com o homem que ela se apaixonou na faculdade. ' Isso é um sonho, só pode. ' Ela pensou mas ao dar um tapinha em seu braço percebeu que não era sonho e sim a realidade. " Acácio... " - Iolanda gritou ao ver o marido cair no chão assim que atendeu o telefonema do seu secretário, ela pegou o telefone. " Jhonatan, o que você falou para meu marido?" - Iolanda não estava tão calma ao falar no telefone com o homem, ela podia sentir que algo muito ruim havia acontecido, principalmente por que Marcos não voltou para casa. " O jovem Marcos sofreu um acidente na ponte Halim e eles ainda estão procurando- o na água. " - Jhonatan falou do outro lado da linha, com o barulho que ela sabia que ele estava no local. "Encontre ele Jhonatan, faça o possível e impossível para encontra- lo." - Iolanda já estava chorando, Pedro ao descer viu seu pai no chão e sua mãe em lágrima no telefone, presumiu que algo grave tinha acontecido. " Mãe temos que levar o pai para o hospital, levante. " - Pedro e Gabriel levaram Acácio para o carro e foram para o hospital enquanto Iolanda foi para o local do acidente. Quando ela chegou no local encontrou o secretário correndo em direção a uma ambulância e ela correu também na mesma direção. " Meu menino, ele não pode morrer. " - Iolanda viu Marcos todo ferido e pálido, seu coração estava em pedaços ela se sentia responsável por ele e seu marido iria sofrer muito se algo ruim acontecesse ao seu filho biológico. " Senhora Lin, não se preocupe, ele vai para o melhor hospital e ficará bem. " - Jhonatan tentou acalmar a mulher que estava bastante abalada. Pedro havia ligado para a mãe assim que chegou ao hospital, seu pai estava bem foi apenas um desmaio e agora tomava soro, mas parecia distante e perguntava sobre Marcos a todo momento, preocupado ele tentou ligar novamente para a mãe, mas não houve resposta por algum tempo. " Mãe, o que está acontecendo?" - Pedro perguntou a mãe que entrou no quarto e segurou a mão do marido que a vê- lá se apressou a perguntar como estava o filho. " Meu filho está bem? Já encontraram ele? " Acácio se sentia culpado, se ele não tivesse discutido na noite anterior seu filho estaria bem, ele deveria ao menos tentar fazer o que seu filho falou, e ter investigado mesmo não sendo o caso, talvez isso não tivesse acontecido. " Ele foi encontrado, mas não tenho notícia desde que entrou na sala de cirurgia. " - Lágrimas voltaram a cair, Pedro correu para a sala de cirurgia ele não acreditava que seu irmão estaria ali, mas ao ver a secretário com os olhos vermelhos sabia que sim era seu irmão. "Como isso foi acontecer? Ele estava bem ontem a noite." - Pedro ao lembrar- se de seu irmão ele apenas sentia que o mesmo deveria ser forte o suficiente para viver. " Já mandei investigar, vamos descobrir o que realmente aconteceu com o jovem Marcos." - Jhonatan deu um tapinha no ombro de Pedro e se levantou indo ver seu chefe. Ao entrar na sala ele olhou para Gabriel que estava com a aparência de culpado, sim talvez ele fosse o culpado pensou Jonathan o secretário mas de qualquer forma ele não tinha provas e o único que podia encontrar era o amigo de Marcos, Paulo que tinha uma agência de detetive nesta área eles eram os melhores." Secretário Jhonatan descubra quem fez isso com meu filho. " - Acácio ordenou o secretário, o homem arrancou a agulha do soro do braço e foi para a sala de espera ficar esperando alguma notícia de seu filho.Enquanto andava pelos corredores silenciosos que levavam para a ala cirugia, o coração doshomem se sentia mais apertado, aquele sentimento era sufocante.Lágrimas que insistia em surgir era quase impossível controlar- las, e a voz que veio após segurar em suas mãos lhe dava um pouco de conforto." Tudo ficará bem, Marido!" Iolanda estava triste mas não tanto quanto seu marido."Pai." Pedro foi de encontro aí pai e o abraçou." Já obteve alguma notícia do seu irmão? " Acácio perguntou ao filhos após desfazer o breve abraço." Ele ainda está lá dentro as enfermeiras que saem não dar nenhuma notícia, e isso já está me deixando aflito." Pedro explicou ao pai." Mãe, Alana já sabe do ocorrido?" Dado um certo tempo Gabriel perguntou a mãe, mas era óbvio que ela nem se lembrou de avisa
" Não, o senhor é um homem que dá o melhor para sua filha e sua esposa, então acho que não seja de todo ruim. " - Clara falou voltando a olha para o copo com água." Sim, mas acho que ninguém verá o quão difícil é, eu preciso de investidores para manter a empresa em funcionamento, sabe como eles são tão arrogantes e se acham superiores é realmente difícil agradar cada um deles." - Clara olhou para Antônio pensou que ele estava muito bêbado por está falando com ela ainda mais sobre sua vida, acabou rindo e afastando isso de sua mente." Desculpa por ter lhe batido tão forte eu não sei o que deu em mim." - Com grande surpresa Clara olhou para o homem e ficou em silêncio, já que ele estava bêbado não valia a pena dizer muito, principalmente coisas que ele não se lembraria na manhã seguinte." O que você faz aqui a essa hora Antônio? E você Clara amanhã iremos lhe levar em um lugar então vá dormir pois iremos sair às sete horas em ponto. - Clara apenas terminou sua água e deu boa noite a
A cada degrau que subia Clara olhava atentamente ela sabia que isso não era algo simples, ainda mais porque seu pai lhe trouxe escondido de sua madastra.Toc toc" Entre." Uma voz grave veio de dentro da sala, antes de entra a jovem mulher viu seu pai respirando como se estivesse criando coragem e pensei em como seu pai estava diferente hoje em relação aos outros dias." Bom dia senhor Acácio Lins." Antônio falou com o homem que estava sentado no sofá com um livro e estendeu a mão para comprimentar- lo." Bom dia Antônio! Espero que não tenha vindo aqui para cancelar o casamento dos nossos filhos." O homem olhou para Antônio e seus olhos notaram que havia mais alguém na sala além deles." Quem é essa? Não acho que essa seja Júlia?" Acácio falou com o homem que se apressou a explicar." Essa é Clara uma empregada da minha mansão,eu a trouxe hoje para ajudar aqui na mansão ela é boa em trabalhos domesticos." Clara olhou desacreditada para o homem a sua frente, nem mesmo era capaz de diz
" Atrapalho?" A mulher falou dando um olhar nada agradável a empregada que falava com entusiasmos dos patrões." Madame Iolanda, desculpe estávamos falando com a nova empregada para a casa do jovem mestre Marcos." Carla não entendia muito bem o motivo daquela conversa, o que ela realmente faria nesta casa lavar as roupas ou ser uma empregada, isso estava muito confuso." Desculpe mas eu ainda não entendi qual é a minha função, o senhor Acácio disse que eu iria ser uma lavadeira mas agora sou a empregada, por favor alguém me diga o que eu vou ser realmente." Ela falou fazendo todos que estavam ali ficar em silêncio." Venha comigo minha querida. " Iolanda a chamou. " Meu marido não sabe de nada eu apenas disse que queria uma lavadeira mas como o jovem Marcos sofreu um acidente muita coisa mudou e eu preciso de alguém para cuidar da vila dele." Clara escutou com atenção." Então serei sua empregada? Porque estou aqui ao invés de está na mansão dele? " A jovem perguntou. Vendo que não r
Nos duas seguintes Clara apenas fez seu trabalho ela também descobriu um teste de gravidez no lixo do banheiro, mas ela não deu importância poderia ser de qualquer um, resolveu apenas juntar tudo e jogar fora deixou apenas o que estava em bom estado, pois a maiorias dos objetos de decoração foram destruídos." Ufa, terminei este último andar." Ela se espreguiçou e mexeu o pescoço tentando aliviar a dor que sentiu de ter ficado muito tempo em uma única posição.Olhando para a casa limpa ela se sentiu satisfeita agora só restava a coxinha e seu quarto, além da biblioteca que ela havia deixado para depois.Ding DongDoou a campainha da casa, a jovem correu para a porta logo abrindo e vendo um mulher nada agradável, ela parecia zangada." Você deve ser a nova empregada, certo? Pegue minhas malas e leve para o meu quarto ao lado do de Marcos Lins." Vendo que aquela mulher apenas ordenava, Clara olhou para ela e falou." Desculpe senhora mas não sei onde fica o quarto de cada um dos senhor
Alana chegou até o homem e o acompanhou andando de lado elegantemente, apesar do homem está em uma cadeira ele tinha uma perfil elegante e a mulher ao seu lado estava ao seu nível. " Eles são um belo casal." Clara falou olhando para o casal que acabará de entrar no elevador, ela se virou e olhou para os degraus a sua frente, suspirando. Ao chegar em seu destino, Clara já estava um pouco ofegante, a subida demorou mais que o previsto pois ela ajudou uma senhora a carregar uma caixa para o quarto andar, mas agora no quinto andar ela pode ver que tinha várias fotos espalhadas de Júlia e Gabriel, um pensamento passou brevemente, será que ela deveria falar com os noivos antes ou apenas ficar no final e na primeira oportunidade ir embora? Antes mesmo que ela podesse se decidi Gabriel apareceu a sua frente e deu- lhe um sorriso. " Clara, o que faz aqui?" Ele perguntou, já que não sabia que sua noiva era irmã de Clara. " O que eu faço aqui? Eu... eu...bem... eu sou fui convidada por ter
" Quem é você e o que faz aqui escutando a conversa alheia?" Marcos perguntou a mulher que havia acabado de se espriguiça após ter ficado muito tempo sentada." Quem é você? " A mulher perguntou confusa por te alguém sentado em sua mesa, pelo que ela sabia apenas ela ficaria naquela mesa. " Pensei que ficaria sozinha nesta mesa, acho que ela me enganou novamente." Enquanto falava o homem olhava para ela com interesse." Saia." Ele ordenou, mas ela não saiu e fingiu não escutar. " Você não me ouviu eu disse para você sair e se você escutou alguma coisa do que eu falei então esqueça e não conte a ninguém." Marcos avisou a ela." Não se preocupe eu não vou contar nada sobre seu plano, pelo menos vai ter algo interessante neste casamento." Ela foi sincera. Um casamento deveria ser alegre mas este estava muito sério não tinha nada de especial, e se este homem tinha algo planeja ela ficaria feliz em sabe o que era e assim ao menos não ficaria interditada sozinha." De que família você vem?
Clara se levantou e correu para o elevado indo embora." Você não quer ir atrás dela?" Ricardo perguntou." Não, ela ficará bem?" Marcos ficou olhando pela janela ele viu que Clara não foi no carro da família Lins mas em um táxi. " Ricardo, investigue Júlia, não deixe passar nada." Marcos ordenou o homem que assentiu.Marcos retornou para a festa e viu que Alana não estava mais lá então ele decidiu ir embora." Marcos venha quero te apresentar um amigo." Yolanda chamou o homem antes que ele saísse do salão." Desculpa Yolanda, mas no estou me sentindo bem, aproveite a festa." Marcos inventou uma desculpa.Yolanda não impediu o homem de ir, ela acreditava que Marcos se sentisse deslocado naquele estado." Espere! Alana não vai com você?" Ela perguntou vendo que apenas Marcos e o assistente ia embora." Eu vou primeiro, vou ter que lhe pedir que dê uma carona a ela." Marcos disse e saiu antes que Yolanda perguntasse mais alguma coisa.Ele saiu do prédio e e entrou no carro com a ajudar