Capítulo 5

" Não, o senhor é um homem que dá o melhor para sua filha e sua esposa, então acho que não seja de todo ruim. " - Clara falou voltando a olha para o copo com água.

" Sim, mas acho que ninguém verá o quão difícil é, eu preciso de investidores para manter a empresa em funcionamento, sabe como eles são tão arrogantes e se acham superiores é realmente difícil agradar cada um deles."  - Clara olhou para Antônio pensou que ele estava muito bêbado por está falando com ela ainda mais sobre sua vida, acabou rindo e afastando isso de sua mente.

" Desculpa por ter lhe batido tão forte eu não sei o que deu em mim." - Com grande surpresa Clara olhou para o homem e ficou em silêncio, já que ele estava bêbado não valia a pena dizer muito, principalmente coisas que ele não se lembraria na manhã seguinte.

" O que você faz aqui a essa hora Antônio? E você Clara amanhã iremos lhe levar em um lugar então vá dormir pois iremos sair às sete horas em ponto. - Clara apenas terminou sua água e deu boa noite a eles e retornou a seu quarto voltando a dormir.

"  Olha seu estado, e ainda fica bebendo?"  Rosana  falou com o marido e pegou em seu braço o ajudando a subir para o quarto do casal.

" Rosana, não acho certo fazer isso com Clara, ela também é jovem e é minha filha. " - O homem não aceitava ter que sacrificar sua filha mesmo que ele não a tratasse bem ela não deveria se casar com um homem inválido e viver cuidando dele e nunca ser mãe.

" Ela é apenas uma bastarda, você sabe que ela só está aqui por que eu implorei a meus pais para deixar você criar a criança, mas ela ainda deve ser filial e ajudar o pai quando o mesmo precisar. " - A mulher disse isso antes de se deitar na cama e adormecer.

Na manhã seguinte Antônio acordou cedo e foi até a cozinha onde encontrou Clara e rosa preparando o café da manhã, ele apenas ficou olhando a filha que se parecia muito com a falecida mãe.

" Bom dia, desculpe não vir o senhora chegar." Clara falou fazendo Antônio se endireitar e voltar a se novamente.

" Bom dia, Clara va arrumar suas coisas estou te levando para um lugar." Antônio ordenou a jovem mulher.

Clara obediente foi até seu quarto e pegou a seus pertences os colocando a maioria das coisas que tinha deixando apenas uma ou duas coisas, ela olhou para trás vendo as duas camas divididas por um criado mudo no qual ela dividia com Rosa e uma luminária velhinhas que ficava em cima, o tapete comprido ficava no meio das camas e o guarda roupa pequeno que cabia suas roupas e as de Rosa sem faltar ou sobrar espaço para ser preenchido, ao lado havia uma portinha que dava acesso ao banheiro pequenininho.

Apesar de tudo aquele foi seu único lugar no qual ela se sentia em casa, era simples, acolhedor e muito quente no inverno, ela definitivamente sentiria falta de tudo ali, principalmente de sua amada Rosa, que a ajudou quando ela mais precisou.

Fechou a porta e foi para a cozinha vendo rosa chorando, assim que a viu com uma mala.

" Senhor Antônio, não leve minha menina para longe, por favor." A mulher implorou, ela não seria capaz de viver naquela casa sem Clara seria um inferno no qual ela não queria viver.

" Não se preocupae Rosa, Clara não ficará muito longe, ela apenas está indo a trabalho com minha empresa." Antônio falou fazendo as duas mulheres ficarem confusas.

" Eu não vou mais, quem deveria está indo era Júlia ela que deve trabalhar com sua empresa." Clara falou largando a mala e abraçando Rosa.

" Clara se Rosana acorda você não será capaz de sair desta casa, sem arrependimento, então ande logo." Antônio falou com medo da própria esposa, isso era algo novo no qual ela não está acostumada.

"Então está bem. " Ela pegou novamente a mala e deu um beijo de despedida na senhora e saiu pela porta dos fundos com o pai.

Ela fez o trajeto em silêncio, entrou no carro e ficou olhando a janela enquanto segurava firmemente sua mala.

" Clara porque está em silêncio, não precisa ter medo você só está indo a trabalho." Antônio tentou tranquilizar a filha.

" Está bem." Estás foram suas únicas palavras durante toda a viagem. Quanto mais eles se aproximava de uma vila estremamente luxuosa seu medo estava aumentando drasticamente. " Porque me trouxe para este lugar, o senhora não tem condição de viver em uma vila assim?" Ela perguntou ao homem após reunir toda sua coragem.

" Você vai apenas ajudar a família Sue, eu vou fazer um acordo e você fique em silêncio nada de falar o que pensa em muito menos fazer o que você costuma fazer em casa." Ela olhou para ele e confirmou. " Além disso você ficará sozinha não se envolva com os jovens mestre ou qualquer outro homem enquanto tiver na mansão Lins."

" Porque? Você acha que eu sou uma mulher capaz de fazer qualquer coisa apenas porque você pensa o pior de mim?" Clara perguntou decepcionada.

" Não se envolva, em breve você vai saber." Clara assentiu e ficou em silêncio, quando viu que o carro parou ela respirou fundo e abriu a porta do carro saindo. Antônio que viu isso reprovou com um balanço de cabeça mas Clara estava muito encantada com o jardim desta mansão que não percebeu seu pai.

Antônio caminhou até a porta e quando ia tocar a campainha a porta se abriu revelando um mulher de pele branca e com muitas sardas.

" Você deve ser o senhor Antônio Sue e está deve ser a nova lavadeira que a família Lins contratou."

" Como assim uma lavadeira?" Clara bufou de raiva.

" Desculpe essa veio comigo. " Antônio falou

A empregada ficou em silêncio e após pensar um pouco resolveu liberar a entrada dos dois.

" Uau! " A jovem Clara exclamou de surpresa com o que viu, ela tentou ir a outras lados da casa mas uma mão lhe puxou em direção as escadas, não valia a pena olhar pois ela sabia quem era.

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