Capítulo Vinte e seis

Miguel Ylmaz

Eu nunca fui de me apegar. Não quando o apego significava fraqueza. Mas naquela noite, enquanto Anny estava sentada no meu sofá, segurando aquela rosa, entre tantas que eu mandei, algo mudou. Não era só a lembrança do incêndio ou a ameaça de Kemal que me perturbava. Era ela. Sua presença me inquietava de uma forma que eu não queria admitir.

— Você deveria dormir aqui esta noite — eu disse, rompendo o silêncio que pairava entre nós.

Ela levantou o olhar, surpresa e talvez um pouco desconfiada.

— Miguel, não é necessário. Eu estou bem.

— Bem? — Rebati, inclinando-me para frente. — Você veio até aqui no meio da noite porque estava preocupada comigo. E agora quer voltar para casa sozinha, sabendo que tem um incendiário à solta? Não seja teimosa, Anny.

Ela respirou fundo, claramente tentando encontrar uma desculpa para sair, mas eu não ia deixá-la escapar.

— Então, que tal isso? — continuei antes que ela pudesse argumentar. — Eu mesmo te levo para o seu apartament
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