Capítulo Sessenta e dois

Camila Duarte

— Lorenzo… você está pedindo para eu fingir ser sua noiva?

— Por apenas um mês. Depois disso, não será mais necessário. — Ele se aproximou, diminuindo a distância entre nós. — Você pode até me odiar, mas sei que você entende o que é carregar cicatrizes como as minhas.

Ele estava certo. Eu entendia. Não podia ignorar o apelo em seus olhos, a fragilidade escondida por trás daquela fachada de homem forte e impenetrável.

Respirei fundo, sentindo o peso da decisão que estava prestes a tomar.

— Tudo bem, Lorenzo. Eu aceito.

Por um mês. Eu podia suportar isso, certo? Ser a "noiva" de um homem que, apesar de sua frieza, carregava uma dor semelhante à minha.

Ele exalou um suspiro de alívio e, sem aviso, deu um passo à frente, envolvendo-me em um abraço. Fiquei imóvel por um instante, surpresa com o gesto. Ele não era o tipo de homem que demonstrava carinho ou proximidade, mas naquele momento, algo mudou.

Senti o cheiro amadeirado do perfume dele, e sua presença er
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