ALESSANDRO PETROVEu não queria chegar a este ponto, não queria ter sucumbido ao desejo doentio, eu achei que estava evoluindo no meu processo de conformação, mas não. Angelina não é alguém o qual vou conseguir superar ou esquecer, eu já desisti disso. Meus olhos ficam fixados na mulher, ela é exatamente da forma que eu pedi. — Entre. - Ordeno frio, lhe dando passagem e fecho a porta atrás de mim.A cor e o comprimento de seus cabelos são o mesmo, os olhos do mesmo formato e cor, a altura, o tom da pele, os lábios igualmente avermelhados, o formato do rosto e seu corpo é completamente similar embora eu possa ver de longe detalhes que entregam que está a minha frente não se trata de Angelina. É uma cópia...e isso me faz a odiar mais. — Tire a roupa. Ela sorri com a ordem.— Que bom que é o tipo que gosta de mandar...- Me obedece sem demora, ficando nua de uma só vez e caminho até mim, parando em minha frente. Fecho os olhos vendo que a voz não chega nem perto da dela, o tom de voz
ANGELINA Simplesmente paro de respirar quando o vejo ali, sentado no balcão do bar. Ele está de costas para mim e mesmo sem ver seu rosto, só o contorno de seu corpo e os cabelos longos e sedosos já me fazem ficar completamente congelada.Eu vim até este bar porque eu precisava beber, precisa sentir o alívio e leveza que só o álcool pode me oferecer, é o bar mais perto da casa em que estou e também o favorito de Alessandro. Eu sabia que havia a possibilidade de o encontrar aqui, mas não sabia que seria tão fácil...achei que teria que vir mais vezes ao dia e por mais dias.Faço uma força descomunal para seguir em frente, para tirar meus pés que estão colados no chão e ir até ele. Me sento ao lado dele na bancada do bar, olhando diretamente para o bartender. — Eu vou querer uma sangria, por favor. - digo baixo para e ele assente. Mesmo não o olhando diretamente, sei que alessandro reconheceu minha voz, seu corpo tensionou na hora. Seu olhar desce pelo copo e se mantém ali, encarando
ANGELINAQuando ela vem até mim eu automaticamente fico com frio na barriga. No rosto dela só existe surpresa, não aparenta existir ódio e isso me traz um alívio momentâneo que pode ir embora rápido. — Angelina...eu realmente não te esperava por aqui. - Abre os braços e eu me apresso em abraça-la. Eu amo lana, amo de verdade e só dela estar disposta a me receber e me abraçar, já me sinto tranquila. — Acho que temos muito o que conversar, não é? - pergunta serena quando nos separamos e eu faço que sim. — Vamos tomar um chá... enquanto eu tenho tempo, daqui a pouco Alissa acorda e se eu não estiver por perto ela vai chorar. - sorri e eu também.— Parabéns pelo bebê, você parece estar muito feliz e imagino que meu padrinho também. - — Desde sua Alessandro nasceu, eu não havia visto Alexander tão encantado e bem humorado. — Eu imagino, um bebê sempre traz muita alegria — Às vezes depois de um surto...como foi com Alessandro, mas não discordo de você. - ela estende a mão para mim que
ANGELINA— Alô?— Mamãe...- suspiro na ligação.— Angel...- Diz meu nome aliviada. — Pensei que não iria mais ligar até voltar da Califórnia. Eu já estava ficando impaciente mas eu prometi que não ia mais atrapalhar seu romance com Barry, então não liguei para você. Como está a Califórnia?— Eu não estou na Califórnia, mãe. Estou na Rússia...na nossa casa.A chamada fica em silêncio.— O que está fazendo aí? Ele te obrigou a voltar? Te machucou?— Não, mamãe..- Começo a contar tudo a ela, detalhe por detalhe sobre a viagem até minha chegada aqui.— E ai ele Veio comigo para a Rússia. Pelo que eu vejo ele conseguiu levar a Camila...ja que não tive mais notícias dos dois. Estou feliz por ele.— E você está na Rússia... para tentar voltar com Alessandro? Querida, depois de tudo que ele te fez?— Não é para voltar com ele.... é para me desculpar pelos meus erros, para pedir desculpas a Lana, para explicar as coisas e para não pensarem que fiz coisa que não fiz de verdade. Mas sim...eu que
ANGELINA 4 DIAS DEPOIS...— Mais um cosmopolitan...- peço o vigésimo drink ao bartender. Beber como uma louca ironicamente é a única forma de me manter sóbria por aqui, de me manter lúcida...porque se fosse por mim, eu já estaria atacando Alessandro, estaria dizendo que ele é meu e que não vai se casar com outra. Mas é só um desejo meu, não vou ceder a isso, ele tem que me aceitar de volta por conta própria, não por imposição igual ele fez comigo. — Você ainda está na Rússia? - A voz masculina conhecida me assusta, tomando minha atenção. O movimento que faço com a cabeça para encara-lo faz meu mundo girar, e acho que já estou vendo três ou mais Alessandros. — Não...estou na Romênia. - digo ironicamente com a voz embolada sentindo vontade de rir. — Seria bem melhor, mas não, está aqui, no meu território... No meu bar. - diz possessivo. Meu território, meu Bar...e nada de minha Angel. — Não seja por isso...- me levanto do banco com dificuldade e pego o drink assim que o bartender
BARRY O'CONELL IRLANDA, DUBLIN — E essa é minha humilde casa. - digo quando abro o carro para ela que logo arregala os olhos.— Oh,meu deus. - Abre a boca em um O perfeito com o pescoço esticado para olhar até o topo da casa. — Espero que isso não seja espanto de horror. - fecho a porta, a dando a mão.— Você mora aqui sozinho? - Pergunta olhando em volta do jardim enquanto caminhamos para a entrada — É um castelo... — Moro... é uma herança de família, está no nome dos o'conell há doze gerações.Abro a porta para ela que fica ainda mais impressionada com a entrada, dando um giro pelo hall de entrada ,olhando tudo que seus olhos são capazes de captar antes de voltar a me encarar.— Oh meu deus... - Repete, deitando em meu peito e eu a abraço, beijando o topo de sua testa. Espero a manter assim sempre, feliz e satisfeita com tudo ao seu redor. Não vou deixar que nada impeça o conforto e felicidade de Camila. — Que bom que gostou, é sua também agora.Ouço passos de salto na escada
ANGELINA Atravesso a rua correndo quando vejo ele passar pela portaria andando a passos largos, já destravando a porta do carro com "bip" quando aperta o sinal da chave.— Alessandro...- digo ofegando quando paro na calçada, ganhando o olhar dele.— Você? O que faz aqui?— Quero falar com você...Quero dizer a ele que me lembro do que houve ontem, que não me arrependo de nada do que eu disse, que não era efeito do álcool e que não mudei de ideia, ainda o quero. Se ele precisa ouvir isso de mim sóbria, eu posso dizer mil vezes. — Como me achou aqui? Ninguém além dos meus pais sabem que estou morando aqui.— Eu já disse que te conheço. Eu fui ver sua mãe e sua irmãzinha. Ela é linda...- me lembro com carinho. — E vi que você não está morando lá, então supus que na mansão também não estaria e se não estava lá...este é o lugar que resta. - olho para o alto do prédio onde vivíamos, onde passamos bons e maus momentos. Onde é o único lugar que ele poderia estar. — Angelina, agora eu não
ANGELINA Quando entro no mesmo bar de sempre e varro o local com o olhar, não o vejo por aqui, então talvez eu não tenha meu último encontro com ele. Suspiro, tirando a casaco de pele na cor branca, ficando só com a roupa curta e apertada que estava por baixo, coisa que só pode acontecer devido ao aquecedor. Ganho diversos olhares em meu corpo os quais ignoro e me sento no balcão do bar, colocando a carteira a minha frente e mantendo meu casaco longo até a altura das coxas ao lado do meu corpo. [...]40 MINUTOS DEPOIS...faço um sinal para o bartender trazer outra bebida. Eu só estou começando, acho que estou na quarta bebida ainda.- Acho que quem você espera acabou de chegar. - Ele diz me servindo e ao olhar por cima dos ombros, vejo Alessandro entrando, em suas mãos estão a chave do carro a qual ele brinca entre os dedos.- Eu não estava esperando por ele...- nego inutilmente, levando o copo a boca e ele dá de ombros, continuando secar os copos.- Droga...- Alessandro pragueja