ANGELINA Atravesso a rua correndo quando vejo ele passar pela portaria andando a passos largos, já destravando a porta do carro com "bip" quando aperta o sinal da chave.— Alessandro...- digo ofegando quando paro na calçada, ganhando o olhar dele.— Você? O que faz aqui?— Quero falar com você...Quero dizer a ele que me lembro do que houve ontem, que não me arrependo de nada do que eu disse, que não era efeito do álcool e que não mudei de ideia, ainda o quero. Se ele precisa ouvir isso de mim sóbria, eu posso dizer mil vezes. — Como me achou aqui? Ninguém além dos meus pais sabem que estou morando aqui.— Eu já disse que te conheço. Eu fui ver sua mãe e sua irmãzinha. Ela é linda...- me lembro com carinho. — E vi que você não está morando lá, então supus que na mansão também não estaria e se não estava lá...este é o lugar que resta. - olho para o alto do prédio onde vivíamos, onde passamos bons e maus momentos. Onde é o único lugar que ele poderia estar. — Angelina, agora eu não
ANGELINA Quando entro no mesmo bar de sempre e varro o local com o olhar, não o vejo por aqui, então talvez eu não tenha meu último encontro com ele. Suspiro, tirando a casaco de pele na cor branca, ficando só com a roupa curta e apertada que estava por baixo, coisa que só pode acontecer devido ao aquecedor. Ganho diversos olhares em meu corpo os quais ignoro e me sento no balcão do bar, colocando a carteira a minha frente e mantendo meu casaco longo até a altura das coxas ao lado do meu corpo. [...]40 MINUTOS DEPOIS...faço um sinal para o bartender trazer outra bebida. Eu só estou começando, acho que estou na quarta bebida ainda.- Acho que quem você espera acabou de chegar. - Ele diz me servindo e ao olhar por cima dos ombros, vejo Alessandro entrando, em suas mãos estão a chave do carro a qual ele brinca entre os dedos.- Eu não estava esperando por ele...- nego inutilmente, levando o copo a boca e ele dá de ombros, continuando secar os copos.- Droga...- Alessandro pragueja
Ele concorda com a cabeça e rápido puxa meu pulso, me levando para o meio fio onde estava estacionado o carro o qual ele destrava, e enquanto abre a porta para olhando para minha roupa. - porra! - Rosna e fecha a porta para mim, dando a volta no carro com pressa para tomar a direção. - O que foi? - um sorriso brinca em meus lábios quando ele liga o carro, apertando o botão do aquecedor.- Ele tem razão... Você é muito gostosa. - Fala ofegante, me atacando novamente ao se curvar para meu banco. - Eu sabia que isso ia te enlouquecer quando sai de casa. - digo entre amassos. - O resultado foi melhor do que eu esperava...- murmuro ofegante sentindo minha calcinha molhar.- Você é uma diaba, sabia? - Diz gemendo de excitação, sua mão apertando o pau em cima da calça e ele se afasta, se recompondo antes de dar no carro.Ao invés de pega a principal para o apartamento sigo por outro caminho.- Para onde está me levando? Não diga que é para um motel...- pergunto sorrindo curiosa quando vej
BARRY O'CONELL - Essa casa é incrível... Nem sei quantas pessoas caberiam aqui. - Camila continua admirada com a casa, com a cabeça encostada no ombro meu ombro.- Obrigada, querido. - Minha mãe agradece o o mordomo quando nos serve o chá. - Está com açúcar?- Duas colheres, senhora.- Perfeito, já pode ir. - o dispensa, voltando seu olhar para Camila ao meu lado do sofá. - Que bom que gostou da casa, meu maior medo é que meu filho se casasse com algum que quisesse se desfazer dela.- A senhora sabe que eu jamais permitiria isso, mãe.- Sim, mas talvez fosse capaz de se mudar com ela e deixar para trás está bela herança de família.- Não, senhora... Não é só uma casa, é a história de vocês. - Camila responde, olhando em volta - Devem ter vivido grandes coisas aqui.Isso é incapaz de se negar. - Ah, sim...o pai do Barry herdou do pai. E no meu quinto casamento, fiz deste lugar o meu lar, o melhor de todos. Rio nasalmente balançando a cabeça. Ela não vai perder a oportunidade de con
ANGELINA PETROV Alessandro desliga a tv da sala e eu o observo de longe. Nossa noite foi maravilhosa, dormir em seus braços e sentir o seu cheiro me fez sentir em casa novamente, só voltou a reafirmar que o quero eternamente, que ele é minha certeza e que tudo que quero viver é ao lado dele. A noite de ontem foi muito surpreendente, eu achei que tinha acabado, que iria voltar para a Irlanda e que era nosso fim, e estava magoada por ele não atender ao meu pedido. Porém, tudo tomou outro rumo naquele bar...acho que as coisas acontecem naturalmente quando é para ser, no momento que é para ser.De qualquer forma, eu ainda estou chateada com ele não ter se prestado a fazer o que pedi por Barry e Camila, mas vou resolver isso de outra forma. Tenho que aprender a usar meu poder sobre ele, a saber negociar com amor e paciência, assim vamos viver em paz. - Amor...- Me sento em seu colo na sala.- Adoro como essa palavra sai dos seus lábios. - Seus braços enlaçam em meu quadril e ele aproxima
BARRY O'CONELL Limpo a garganta. Faltam apenas algumas horas para que cheguemos a Rússia, conseguir que o jatinho partisse tão em cima de hora me causou um grande esforço. Não sei o que esperar da minha ida a Rússia, não sei quantas pessoas terei que matar ou o que terei que enfrentar por Camila, mas isso não significa que eu esteja menos disposto. - Obrigada. - Agradece a comissaria de bordo, pegando a taça de vinho e desvia seu olhar para a janela.- Me olhe. - mando.Ela automaticamente se vira, franzido o cenho.- Tudo bem?- Eu sei que não é o melhor momento para isso, mas é o que a ocasião exige. - Retiro do bolso uma caixa e abro em sua frente, fazendo ela abrir a boca com a visão do anel.- O que é isso? - Fixa o olhar, hipnotizada com a jóia - Este é o anel de noivado da minha mãe, meu pai a deu há mais de quatro décadas, e eu pedi a permissão dela para que pudesse dar a você. Minha intenção é que passe de geração para geração, sei o quanto este anel significou para ela
ANGELINA PETROV— Eu não quero levantar...- digo deitada em seu peito com a voz rouca cheia de preguiça.— Eu preciso trabalhar... - Ri mas usa o mesmo tom, apertando meu corpo. — Desde que voltou todos estão achando que estamos em cárcere privado porque só vivemos nesse quarto. — Precisamos recuperar o tempo perdido...- estico os braços, me virando para deitar em seu braço, meu rosto próximo do seu.Minha fala faz sua expressão mudar, e ele fica em silêncio.— O que está pensando? - beijo seu braço. Eu imagino que seja sobre a separação....— Algumas pessoas receberam o convite do casamento do O'conell e da Camila... Amigos dela da sede, você recebeu um?— Sim, claro que sim. - sorrio o olhando ao assentir. — chegou ontem, e eu ia falar com você porque nós temos que ir.— Eu poderia retribuir a gentileza e ir ao casamento dele assim como ele foi no nosso. - Diz amargo, desmanchando meu sorriso recente. — Mas nao acredito que eu seja bem vindo lá, assim como ele não é aqui...— Amor,
CAMILA — Não, Barry... Eu não preciso de uma cartão. Eu não quero ficar torrando o seu dinheiro. - Digo para ele na mesa de chá.— Mas eu preciso que tenha um cartão, é a única forma de suprir suas necessidades sem ter que me pedir sempre, precisa da sua independência. - Me empurra o cartão na mesa quando seu telefone toca, o fazendo bufar. — Com licença... Eu já volto. É o Estevan.— Vá... - Maira gesticula no ar para que ele saia. — Morango ou camomila? - Pergunta oferecendo os bules de chá. Suspiro cansada, não quero parecer ingrata ou orgulhosa em não aceitar o dinheiro do Barry só que depois do que houve com meus pais não quero que ele pense que eu sou uma interesseira. — Ah... Pode ser camomila. Obrigada... - Sorrio quando ela me serve.— Esses biscoitos amanteigados estão tão duros que parecem parte da mesa. - Joga de volta no pires. — Um terror. - Limpa as mãos no guardanapo.Sorrio e olho para os biscoitos mas só de ver sinto repulsa fazendo um careta afastando o prato.O