BARRY O'CONELL - Essa casa é incrível... Nem sei quantas pessoas caberiam aqui. - Camila continua admirada com a casa, com a cabeça encostada no ombro meu ombro.- Obrigada, querido. - Minha mãe agradece o o mordomo quando nos serve o chá. - Está com açúcar?- Duas colheres, senhora.- Perfeito, já pode ir. - o dispensa, voltando seu olhar para Camila ao meu lado do sofá. - Que bom que gostou da casa, meu maior medo é que meu filho se casasse com algum que quisesse se desfazer dela.- A senhora sabe que eu jamais permitiria isso, mãe.- Sim, mas talvez fosse capaz de se mudar com ela e deixar para trás está bela herança de família.- Não, senhora... Não é só uma casa, é a história de vocês. - Camila responde, olhando em volta - Devem ter vivido grandes coisas aqui.Isso é incapaz de se negar. - Ah, sim...o pai do Barry herdou do pai. E no meu quinto casamento, fiz deste lugar o meu lar, o melhor de todos. Rio nasalmente balançando a cabeça. Ela não vai perder a oportunidade de con
ANGELINA PETROV Alessandro desliga a tv da sala e eu o observo de longe. Nossa noite foi maravilhosa, dormir em seus braços e sentir o seu cheiro me fez sentir em casa novamente, só voltou a reafirmar que o quero eternamente, que ele é minha certeza e que tudo que quero viver é ao lado dele. A noite de ontem foi muito surpreendente, eu achei que tinha acabado, que iria voltar para a Irlanda e que era nosso fim, e estava magoada por ele não atender ao meu pedido. Porém, tudo tomou outro rumo naquele bar...acho que as coisas acontecem naturalmente quando é para ser, no momento que é para ser.De qualquer forma, eu ainda estou chateada com ele não ter se prestado a fazer o que pedi por Barry e Camila, mas vou resolver isso de outra forma. Tenho que aprender a usar meu poder sobre ele, a saber negociar com amor e paciência, assim vamos viver em paz. - Amor...- Me sento em seu colo na sala.- Adoro como essa palavra sai dos seus lábios. - Seus braços enlaçam em meu quadril e ele aproxima
BARRY O'CONELL Limpo a garganta. Faltam apenas algumas horas para que cheguemos a Rússia, conseguir que o jatinho partisse tão em cima de hora me causou um grande esforço. Não sei o que esperar da minha ida a Rússia, não sei quantas pessoas terei que matar ou o que terei que enfrentar por Camila, mas isso não significa que eu esteja menos disposto. - Obrigada. - Agradece a comissaria de bordo, pegando a taça de vinho e desvia seu olhar para a janela.- Me olhe. - mando.Ela automaticamente se vira, franzido o cenho.- Tudo bem?- Eu sei que não é o melhor momento para isso, mas é o que a ocasião exige. - Retiro do bolso uma caixa e abro em sua frente, fazendo ela abrir a boca com a visão do anel.- O que é isso? - Fixa o olhar, hipnotizada com a jóia - Este é o anel de noivado da minha mãe, meu pai a deu há mais de quatro décadas, e eu pedi a permissão dela para que pudesse dar a você. Minha intenção é que passe de geração para geração, sei o quanto este anel significou para ela
ANGELINA PETROV— Eu não quero levantar...- digo deitada em seu peito com a voz rouca cheia de preguiça.— Eu preciso trabalhar... - Ri mas usa o mesmo tom, apertando meu corpo. — Desde que voltou todos estão achando que estamos em cárcere privado porque só vivemos nesse quarto. — Precisamos recuperar o tempo perdido...- estico os braços, me virando para deitar em seu braço, meu rosto próximo do seu.Minha fala faz sua expressão mudar, e ele fica em silêncio.— O que está pensando? - beijo seu braço. Eu imagino que seja sobre a separação....— Algumas pessoas receberam o convite do casamento do O'conell e da Camila... Amigos dela da sede, você recebeu um?— Sim, claro que sim. - sorrio o olhando ao assentir. — chegou ontem, e eu ia falar com você porque nós temos que ir.— Eu poderia retribuir a gentileza e ir ao casamento dele assim como ele foi no nosso. - Diz amargo, desmanchando meu sorriso recente. — Mas nao acredito que eu seja bem vindo lá, assim como ele não é aqui...— Amor,
CAMILA — Não, Barry... Eu não preciso de uma cartão. Eu não quero ficar torrando o seu dinheiro. - Digo para ele na mesa de chá.— Mas eu preciso que tenha um cartão, é a única forma de suprir suas necessidades sem ter que me pedir sempre, precisa da sua independência. - Me empurra o cartão na mesa quando seu telefone toca, o fazendo bufar. — Com licença... Eu já volto. É o Estevan.— Vá... - Maira gesticula no ar para que ele saia. — Morango ou camomila? - Pergunta oferecendo os bules de chá. Suspiro cansada, não quero parecer ingrata ou orgulhosa em não aceitar o dinheiro do Barry só que depois do que houve com meus pais não quero que ele pense que eu sou uma interesseira. — Ah... Pode ser camomila. Obrigada... - Sorrio quando ela me serve.— Esses biscoitos amanteigados estão tão duros que parecem parte da mesa. - Joga de volta no pires. — Um terror. - Limpa as mãos no guardanapo.Sorrio e olho para os biscoitos mas só de ver sinto repulsa fazendo um careta afastando o prato.O
BARRY O'CONELL Entro no quarto, a encontrando com uma expressão nada boa enquanto passa os canais de TV.— O que foi? Parece inquieta. - vejo ela tremer a perna.— Nao é nada. - Responde seca, apertando os botões com mais força. — Nada? - Entro no closet, pendurando o terno e volto para o quarto. — Se ouve algo eu quero saber, eu não tenho o dom da adivinhação.— Não estou pedindo para adivinhar alguma coisa, se eu disse que não é nada, e porque não é nada. - Mexe os ombros ao dizer como se fosse óbvio. Noto que não é a primeira vez está semana que ela está assim, provavelmente são os hormônios da gravidez a afetando, respiro fundo, afrouxando minha gravata até tirá-la, abrindo dois botões da camisa. — Levanta. - Ordeno.Ela me encara e franze o cenho. — Não... Quero ficar quieta.A encaro sério, sem dizer nada com meus braços cruzados. Ela tenta me ignorar mas meu olhar pesa sobre ela a cada segundo, fazendo ela desistir e se levantar, vindo até mim e parando a minha frente.— O
ANGELINA PETROV IRLANDA, DUBLIN Sorrio quando meu pai me abraça e todos aplaudem. Ele finalmente me passou o cargo, finalmente me deu o título de chefe da O'neill, e eu estou muito feliz por tudo que conquistei até agora, por ter meu marido, meu bebê que ainda está em minha barriga, por ter amigos e amigas tão bons, por ter uma relação tão forte e boa, por ter conseguido orgulhar meus pais e ter conseguido fortes parcerias para a O'neill por meu próprio mérito. Brindo com meus pais e Alessandro, indo até seus braços para receber os parabéns e depois devolvo a taça a ele.— Nada de álcool para mim. - pisco e ele sorri enquanto Assente, deixando um beijo em minha testa. — Estou orgulhoso, eu disse que seria a mulher mais poderosa do mundo, e você está se tornando, não por mim mas por seus próprios méritos, você é a melhor e está provando de que não precisa de homem algum. — Não preciso...mas é bom ter você ao meu lado. - o beijo e ergo a sobrancelha. — Na verdade, tem um homem que
Finalizo o quinto relatório que tenho que revisar e mandar para meu pai, para que ele possa apenas assinar. Confesso que prefiro a ação, a adrenalina de comandar o transporte das cargas, os leilões de mulheres e o prazer de matar os traidores. Porém, fazer a parte burocrática faz parte do meu treinamento para sub-chefe, e isso é algo que eu entendo e aceito de bom grado para um dia poder exercer meu desejado cargo, com excelência. Bufo, esfregando as temporas já com a vista cansada de tantas letras pequenas e da luz que o computador reflete. Minha atenção é roubada de meus próprios pensamentos por vozes que vem do lado externo da minha sala, sem aviso prévio, a porta é aberta e Angelina entra por ela sendo seguida pela minha secretária eufórica. —Senhorita...- trava na porta assim que me vê. — Me desculpe senhor, eu disse que não queria ser incomodado. - Se apressa em justificar, tomando o braço de Angelina. — Me solta! - sua voz doce tenta ser severa mas são quase como um