BARRY O'CONELL Entro no quarto, a encontrando com uma expressão nada boa enquanto passa os canais de TV.— O que foi? Parece inquieta. - vejo ela tremer a perna.— Nao é nada. - Responde seca, apertando os botões com mais força. — Nada? - Entro no closet, pendurando o terno e volto para o quarto. — Se ouve algo eu quero saber, eu não tenho o dom da adivinhação.— Não estou pedindo para adivinhar alguma coisa, se eu disse que não é nada, e porque não é nada. - Mexe os ombros ao dizer como se fosse óbvio. Noto que não é a primeira vez está semana que ela está assim, provavelmente são os hormônios da gravidez a afetando, respiro fundo, afrouxando minha gravata até tirá-la, abrindo dois botões da camisa. — Levanta. - Ordeno.Ela me encara e franze o cenho. — Não... Quero ficar quieta.A encaro sério, sem dizer nada com meus braços cruzados. Ela tenta me ignorar mas meu olhar pesa sobre ela a cada segundo, fazendo ela desistir e se levantar, vindo até mim e parando a minha frente.— O
ANGELINA PETROV IRLANDA, DUBLIN Sorrio quando meu pai me abraça e todos aplaudem. Ele finalmente me passou o cargo, finalmente me deu o título de chefe da O'neill, e eu estou muito feliz por tudo que conquistei até agora, por ter meu marido, meu bebê que ainda está em minha barriga, por ter amigos e amigas tão bons, por ter uma relação tão forte e boa, por ter conseguido orgulhar meus pais e ter conseguido fortes parcerias para a O'neill por meu próprio mérito. Brindo com meus pais e Alessandro, indo até seus braços para receber os parabéns e depois devolvo a taça a ele.— Nada de álcool para mim. - pisco e ele sorri enquanto Assente, deixando um beijo em minha testa. — Estou orgulhoso, eu disse que seria a mulher mais poderosa do mundo, e você está se tornando, não por mim mas por seus próprios méritos, você é a melhor e está provando de que não precisa de homem algum. — Não preciso...mas é bom ter você ao meu lado. - o beijo e ergo a sobrancelha. — Na verdade, tem um homem que
Finalizo o quinto relatório que tenho que revisar e mandar para meu pai, para que ele possa apenas assinar. Confesso que prefiro a ação, a adrenalina de comandar o transporte das cargas, os leilões de mulheres e o prazer de matar os traidores. Porém, fazer a parte burocrática faz parte do meu treinamento para sub-chefe, e isso é algo que eu entendo e aceito de bom grado para um dia poder exercer meu desejado cargo, com excelência. Bufo, esfregando as temporas já com a vista cansada de tantas letras pequenas e da luz que o computador reflete. Minha atenção é roubada de meus próprios pensamentos por vozes que vem do lado externo da minha sala, sem aviso prévio, a porta é aberta e Angelina entra por ela sendo seguida pela minha secretária eufórica. —Senhorita...- trava na porta assim que me vê. — Me desculpe senhor, eu disse que não queria ser incomodado. - Se apressa em justificar, tomando o braço de Angelina. — Me solta! - sua voz doce tenta ser severa mas são quase como um
10:32AM18 de janeiro.Sabe quando o seu dia anterior é tão insano e inimaginável que quando você acorda no dia seguinte, acha que tudo foi um sonho? Foi o que aconteceu, acordar e ver Alessandro do meu lado após três segundos de olhos fechados achando que tinha vivido apenas um sonho estranho, me jogou de volta a realidade. O homem que estava do meu lado na cama foi simplesmente meu melhor amigo a vida toda, o qual eu brinquei, briguei, chorei, ri, e confiei. E agora confiei mesmo, o suficiente para entregar a coisa mais valiosa que eu tinha pra mim, minha pureza. Ele é muito bonito, não é algo que pode se negar só que eu nunca o vi com olhos de malícia e atração, o que me trouxe até ele ontem foi o desespero e ouso até dizer que o bom senso, porque, se eu tivesse escolhido qualquer outro para participar desse plano, eu estaria condenando um inocente a morte e tornando o que era um problema meu, o de outra pessoa também. E isso não seria justo. Foi incrível, não é algo que eu posso
DUBLIN, IRLANDA.20 de Janeiro.9:56AM- Não tem ninguém aqui?! - grito passando pelo hall e pela sala de estar, dou meia volta, deixando a mala de rodinhas na sala mesmo e ando até a sala de jantar onde acho eles tomando café da manhã. - Voltei. - respiro fundo, soltando o ar pela boca e sorrio.- Minha filha. - minha mãe se levanta para me abraçar.- Oi mamãe. Demorei quase um mês e meio...estava com saudades. - beijo seu rosto e depois vou até meu pai, sentado na cabeceira da mesa para dar um beijo em sua bochecha.- Está linda. - me abraço. - Como foi a viagem?- Cansativa.-Sente-se. - minha mãe chama para eu me sentar no lugar de sempre e eu o faço. - Deveria ficar mais em casa, eu morro sem você aqui. - acabo sorrindo carinhosamente de seu típico drama. Somos muito unidas e cúmplices, ela é como minha melhor amiga e eu não consigo esconder nada dela. Faz muita falta quando fico distante.- Vocês aproveitam muito sem mim, isso sim. - olho atrevida para os dois enquanto estou en
Dia seguinte....21 de janeiro, 09:12AMLargo todas as coisas que estava fazendo no quarto e me jogo na cama, atendendo o telefone que tocava insistentemente. - Bom dia! - digo para Alessandro, na Rússia agora são 11H mas aqui em Dublin são 9h, o fuso horário não é muito grande mas faz uma pequena diferença.- Bom dia... O que está fazendo? - Dá para saber que ele está sorrindo agora, pela maneira que sua voz soa.- Estava arrumando o closet, colocando minhas roupas de volta no lugar e todas as compras que eu fiz. - respondo ele também sorrindo. - E você? Como está? E o que está fazendo?- Estou indo para a sede. E não perca tempo desfazendo as malas já vai refaze-las em breve.- Ainda faltam alguns dias. - falo tentando parecer normal com essa ideia, e não preocupada como realmente estou. - O Peter falou com meu pai, foi reclamar do final do noivado, passou na minha frente. E eu...disse pro meu pai que o casamento acabou porque eu notei que não gostava do Peter, e pra justificar par
Rússia, Moscou 21 de janeiro, 08:20AMAssim que tomo meu lugar na mesa do café da manhã, me sirvo uma xícara de café puro, sem açúcar, do jeito que gosto. Encaro meus pais e dou um breve sorriso quando dizem "bom dia".- Tenho um comunicado a fazer. - anúncio sério.- É algo ruim? - Pergunta minha mãe, preocupada.- É bom não ser, notícias ruins no café da manhã não caem bem. - Meu pai interfere sério.- Não é nada ruim... É algo bom. Muito bom... Pra mim. - Dou um sorriso de lado com os pensamentos.- Então conta, filho. - sorri minha mãe, estimulando com o olhar mais leve. - Angelina está voltando para cá e vai ficar de vez... Agora ela é minha.O barulho do garfo do meu pai caindo sobre o prato, é o único som que se faz no ambiente, ele me olha surpreso. Já minha mãe, congela no lugar, ficando ainda mais pálida.- Alessandro...- Começa. - Ela aceitou isso?- Obvio que sim! - Arqueio a sombrancelha pra ela, ofendido.Meu pai acaba por abrir um sorriso. - Finalmente, meu filho. Já
16:35PMBato a caneta na mesa impaciente ouvindo Jhoana falar mas não presto atenção realmente, meus pensamentos como sempre estão naquela ruiva. Ela tinha realmente ir embora? Um lado da minha mente diz que sim, ela tem obrigações, mas o outro lado não aceita que ela fique longe de mim sequer um dia, não depois de ter sido minha.- Então vamos fazer a ligação entre a Itália e a Grécia... Mas os gregos estão impondo limites. Estão querendo mais dinheiro... - Bate na mesa. Jhoana para de falar e isso chama minha atenção. -Isso é um absurdo. - Digo sério, irritadiço.- Vou ligar e dizer para aquele velho que se ele não abaixar a crista, mato todos eles.Ela arregala os olhos, confusa. - Ei...calma, está tudo bem? Você não me parece normal esses dias... Está distante, desatento, estressado, chateado... O que está havendo Alessandro? Jhoana me conhece bem, somos amigos de longa data e ela sabe quando estou mal. Ela é minha parceira na sede e sempre está envolvida nos meus projetos. -