ANGELINA— Alô?— Mamãe...- suspiro na ligação.— Angel...- Diz meu nome aliviada. — Pensei que não iria mais ligar até voltar da Califórnia. Eu já estava ficando impaciente mas eu prometi que não ia mais atrapalhar seu romance com Barry, então não liguei para você. Como está a Califórnia?— Eu não estou na Califórnia, mãe. Estou na Rússia...na nossa casa.A chamada fica em silêncio.— O que está fazendo aí? Ele te obrigou a voltar? Te machucou?— Não, mamãe..- Começo a contar tudo a ela, detalhe por detalhe sobre a viagem até minha chegada aqui.— E ai ele Veio comigo para a Rússia. Pelo que eu vejo ele conseguiu levar a Camila...ja que não tive mais notícias dos dois. Estou feliz por ele.— E você está na Rússia... para tentar voltar com Alessandro? Querida, depois de tudo que ele te fez?— Não é para voltar com ele.... é para me desculpar pelos meus erros, para pedir desculpas a Lana, para explicar as coisas e para não pensarem que fiz coisa que não fiz de verdade. Mas sim...eu que
ANGELINA 4 DIAS DEPOIS...— Mais um cosmopolitan...- peço o vigésimo drink ao bartender. Beber como uma louca ironicamente é a única forma de me manter sóbria por aqui, de me manter lúcida...porque se fosse por mim, eu já estaria atacando Alessandro, estaria dizendo que ele é meu e que não vai se casar com outra. Mas é só um desejo meu, não vou ceder a isso, ele tem que me aceitar de volta por conta própria, não por imposição igual ele fez comigo. — Você ainda está na Rússia? - A voz masculina conhecida me assusta, tomando minha atenção. O movimento que faço com a cabeça para encara-lo faz meu mundo girar, e acho que já estou vendo três ou mais Alessandros. — Não...estou na Romênia. - digo ironicamente com a voz embolada sentindo vontade de rir. — Seria bem melhor, mas não, está aqui, no meu território... No meu bar. - diz possessivo. Meu território, meu Bar...e nada de minha Angel. — Não seja por isso...- me levanto do banco com dificuldade e pego o drink assim que o bartender
BARRY O'CONELL IRLANDA, DUBLIN — E essa é minha humilde casa. - digo quando abro o carro para ela que logo arregala os olhos.— Oh,meu deus. - Abre a boca em um O perfeito com o pescoço esticado para olhar até o topo da casa. — Espero que isso não seja espanto de horror. - fecho a porta, a dando a mão.— Você mora aqui sozinho? - Pergunta olhando em volta do jardim enquanto caminhamos para a entrada — É um castelo... — Moro... é uma herança de família, está no nome dos o'conell há doze gerações.Abro a porta para ela que fica ainda mais impressionada com a entrada, dando um giro pelo hall de entrada ,olhando tudo que seus olhos são capazes de captar antes de voltar a me encarar.— Oh meu deus... - Repete, deitando em meu peito e eu a abraço, beijando o topo de sua testa. Espero a manter assim sempre, feliz e satisfeita com tudo ao seu redor. Não vou deixar que nada impeça o conforto e felicidade de Camila. — Que bom que gostou, é sua também agora.Ouço passos de salto na escada
ANGELINA Atravesso a rua correndo quando vejo ele passar pela portaria andando a passos largos, já destravando a porta do carro com "bip" quando aperta o sinal da chave.— Alessandro...- digo ofegando quando paro na calçada, ganhando o olhar dele.— Você? O que faz aqui?— Quero falar com você...Quero dizer a ele que me lembro do que houve ontem, que não me arrependo de nada do que eu disse, que não era efeito do álcool e que não mudei de ideia, ainda o quero. Se ele precisa ouvir isso de mim sóbria, eu posso dizer mil vezes. — Como me achou aqui? Ninguém além dos meus pais sabem que estou morando aqui.— Eu já disse que te conheço. Eu fui ver sua mãe e sua irmãzinha. Ela é linda...- me lembro com carinho. — E vi que você não está morando lá, então supus que na mansão também não estaria e se não estava lá...este é o lugar que resta. - olho para o alto do prédio onde vivíamos, onde passamos bons e maus momentos. Onde é o único lugar que ele poderia estar. — Angelina, agora eu não
ANGELINA Quando entro no mesmo bar de sempre e varro o local com o olhar, não o vejo por aqui, então talvez eu não tenha meu último encontro com ele. Suspiro, tirando a casaco de pele na cor branca, ficando só com a roupa curta e apertada que estava por baixo, coisa que só pode acontecer devido ao aquecedor. Ganho diversos olhares em meu corpo os quais ignoro e me sento no balcão do bar, colocando a carteira a minha frente e mantendo meu casaco longo até a altura das coxas ao lado do meu corpo. [...]40 MINUTOS DEPOIS...faço um sinal para o bartender trazer outra bebida. Eu só estou começando, acho que estou na quarta bebida ainda.- Acho que quem você espera acabou de chegar. - Ele diz me servindo e ao olhar por cima dos ombros, vejo Alessandro entrando, em suas mãos estão a chave do carro a qual ele brinca entre os dedos.- Eu não estava esperando por ele...- nego inutilmente, levando o copo a boca e ele dá de ombros, continuando secar os copos.- Droga...- Alessandro pragueja
Ele concorda com a cabeça e rápido puxa meu pulso, me levando para o meio fio onde estava estacionado o carro o qual ele destrava, e enquanto abre a porta para olhando para minha roupa. - porra! - Rosna e fecha a porta para mim, dando a volta no carro com pressa para tomar a direção. - O que foi? - um sorriso brinca em meus lábios quando ele liga o carro, apertando o botão do aquecedor.- Ele tem razão... Você é muito gostosa. - Fala ofegante, me atacando novamente ao se curvar para meu banco. - Eu sabia que isso ia te enlouquecer quando sai de casa. - digo entre amassos. - O resultado foi melhor do que eu esperava...- murmuro ofegante sentindo minha calcinha molhar.- Você é uma diaba, sabia? - Diz gemendo de excitação, sua mão apertando o pau em cima da calça e ele se afasta, se recompondo antes de dar no carro.Ao invés de pega a principal para o apartamento sigo por outro caminho.- Para onde está me levando? Não diga que é para um motel...- pergunto sorrindo curiosa quando vej
BARRY O'CONELL - Essa casa é incrível... Nem sei quantas pessoas caberiam aqui. - Camila continua admirada com a casa, com a cabeça encostada no ombro meu ombro.- Obrigada, querido. - Minha mãe agradece o o mordomo quando nos serve o chá. - Está com açúcar?- Duas colheres, senhora.- Perfeito, já pode ir. - o dispensa, voltando seu olhar para Camila ao meu lado do sofá. - Que bom que gostou da casa, meu maior medo é que meu filho se casasse com algum que quisesse se desfazer dela.- A senhora sabe que eu jamais permitiria isso, mãe.- Sim, mas talvez fosse capaz de se mudar com ela e deixar para trás está bela herança de família.- Não, senhora... Não é só uma casa, é a história de vocês. - Camila responde, olhando em volta - Devem ter vivido grandes coisas aqui.Isso é incapaz de se negar. - Ah, sim...o pai do Barry herdou do pai. E no meu quinto casamento, fiz deste lugar o meu lar, o melhor de todos. Rio nasalmente balançando a cabeça. Ela não vai perder a oportunidade de con
ANGELINA PETROV Alessandro desliga a tv da sala e eu o observo de longe. Nossa noite foi maravilhosa, dormir em seus braços e sentir o seu cheiro me fez sentir em casa novamente, só voltou a reafirmar que o quero eternamente, que ele é minha certeza e que tudo que quero viver é ao lado dele. A noite de ontem foi muito surpreendente, eu achei que tinha acabado, que iria voltar para a Irlanda e que era nosso fim, e estava magoada por ele não atender ao meu pedido. Porém, tudo tomou outro rumo naquele bar...acho que as coisas acontecem naturalmente quando é para ser, no momento que é para ser.De qualquer forma, eu ainda estou chateada com ele não ter se prestado a fazer o que pedi por Barry e Camila, mas vou resolver isso de outra forma. Tenho que aprender a usar meu poder sobre ele, a saber negociar com amor e paciência, assim vamos viver em paz. - Amor...- Me sento em seu colo na sala.- Adoro como essa palavra sai dos seus lábios. - Seus braços enlaçam em meu quadril e ele aproxima