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Óbito no Kalohombo

Quando bateram os dois meses previstos pelos médicos, a Helena tinha realmente morrido. Numa certa manhã descobriram ela morta no seu quarto; no seu rosto preservava uma expressão neutra, como alguém que morre com a consciência realmente tranquila. Era evidente que tinha morrido como os deuses, sem traumas e sem desnecessárias preocupações ou como quem aceita sem remorsos que a morte é o inevitável fim de toda e qualquer forma de vida.

Na verdade, quando a pessoa, como animal racional superior, descobre e aceita que, ao contrário do que se tem propagado pelos meios sociais, vai ao cemitério ou vai ser queimado ou devorado por insectos e ou por outros animais carnívoros, respectivamente mediante o meio em que se encontre; que afinal não vai a quaisquer ilusórias imortalidades, aceita benevolentemente a morte real. E nesse âmbito, houve óbito no bairro. Para a maioria dos moradores era apenas mais um óbito entre os tantos que costumavam acontecer dia-a-dia por ali. Mas o pai, a

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