— Segundo relatos, Trwyf juntou cinco Dracos, incluindo os dois filhos mais velhos, os dois respectivos discípulos destes e também seu próprio novo discípulo. A filha mais nova de Trwyf, Yrwt, negou-se a tomar parte do ataque por ser contra as ideias do pai. A tropa de cinco Dracos comandada por Trwyf atacou de surpresa e ao mesmo tempo a cidade humana chamada “Nova Esparta”. Como todos sabem, esta é uma das mais fortes cidades humanas em termos bélicos. Suas tropas reagiram rápido comandadas por generais que são poderosos magos guerreiros e utilizando máquinas de guerra peculiares produzidas para combater dragões. Eles, na realidade, pareciam esperar pelo ataque. Em resumo, Trwyf foi direto a um ponto alt
—Sim, meu Mestre?—Dryfr, temos um pequeno problema. Aliás, ainda não temos, mas poderemos vir a ter, por isso te indiquei para que fiques como observador da filha deYwlyn.—Imaginei que por trás de tua pronta e rápida indicação houvesse mais alguma coisa. Soutodo ouvidos.
A “Última Viagem” é um termo usado pelosDracospara se referirem a última viagem astral que fazemos antes de deixar este mundo rumo ao infinito. Quando um Draco morre, o espírito desencarna e, antes de ir para lá, visita um ente querido em sonho para se despedir, fazer os últimos relatos e expressar as últimas vontades. Com o tempo, dada a superioridade magnânima deWyrmygne o respeito adquirido, a maioria dosDracospassou a fazer suas últimas viagens nos sonhos do velho Mestre por considerar que ele, com inteligência superior, pode entender melhor o que um espírito tem a dizer. Além disso, o ancião é a autoridade natural máxima, jamais contestada portodos osDracos, assim tornou-se comum que ficasse
Eu voavaalto, muito alto. Tudo parecia ter tamanho mínimo lá de cima. O frio da altitude açoitava a aerodinâmica de meu corpo e a baixa pressão martelava meus ouvidos de dentro para fora. Meus olhos lacrimejavam um pouco, mas nada disso era insuportável. Eu voltava de casa onde passei um dia inteiro mimandoWyryn. Um dia que pareceu alguns momentos. Já sentia a falta dela novamente. Ela parecia se virar bem sozinha com a gestação, caçando quando precisava e dormindo a maior parte do tempo. Sabia, pelo que lhe foraensinado a vida inteira, que meu comportamento não era comum. Que era demasiado protetor para um companheiro. Todavia, mostrou-se bastante receptiva: gostava dos meus carinhos e mimos. E gostava muito. —Comecemos a fazer o que viemos fazer,Wlyn. Prometo que não esquecerei o que disseste e não prometo nada além, mas agora vamos ao trabalho.—Tudo bem,Dryfr. Comecemos por compartilhar informações sobre Nova Roma. O que podes me falar?—Segundo o Mestre, — Rápida como um relâmpago, a pequena águia chegou à borda sul da cidade e, em alguns instantes, ao centro da cidade e ao castelo. Voou até o pátio, deu algumas voltas pelas construções centrais e adentrou por uma janela. Foi quando perdi o contato visual e comecei a analisar as formas de Nova Roma.Era uma grande cidade com arquitetura diversificada. Tinha muitas igrejas de todos os tamanhos possíveis, concentrando-se as maiores mais perto do castelo e dentro das muralhas ficava a maior delas. O castelo era amplo, abrigando não só a maior das igrejas como um palácio central imponente, e25 - COMPARTILHAMENTO
26 - CIDADE
Lá chegando, encontrei-a adormecida. Como um ser podia ser tão belo e mágico mesmo dormindo? Senti-me feliz ao olhar para seufocinho sereno, olhos fechados e queixo repousado sobre as patas dianteiras cruzadas. Sua boca formava um quase sorriso de satisfação e a respiração era leve como a brisa de um amanhecer primaveril.Deitada de barriga para baixo sobre meu leito de preciosidades, as asas relaxadas pendiam soltas um pouco afastadas do corpo. Ela se encantaraaprimeira vista com meu precioso leito e logo dispensou as peles macias. Quem poderia culpá-la? Afinal é mesmo maravilhoso. Com
Cheguei ao ponto de observação no meio da madrugada, e vendo o fraco movimento lá embaixo, tirei mais um cochilo.—Acorde,Dryfr, não tenho muito tempo.Fui acordado por uma voz aguda com o timbre e entonação parecidos com o deWlyn. Levantei rápido, ficando em um salto sobre as quatro patas. Olhei ao redor, mas não a vi. Sentia seu cheiro, mas não a v
Acordei assustado em um pulo, ao minguar do sol. Os últimos raios sumiam no horizonte avermelhado. Minhas narinas ardiam com um odor que me perturbava há dias. O cheiro dela! A sentinela! Eu sonhara repetidas vezes com ela, e o odor agora me torturava cada vez que eu a sentia. Nos meus pesadelos, aquele cheiro queimava minhas narinas ao entrar e derretia meu cérebro ao lá chegar. Mas agora eu não sonhara. Como poderia farejá-la? Olhei para os lados instintivamente e cafunguei todos os cantos da pequena clareira. Não era possível! Eu estarialouco? Que insanidade era aquela que não me deixava em paz? Como eu poderia sentir o odor de alguém que provavelmente morrera? Sonhar é uma coisa, mas eu estava consciente. Tentei me acalmar e prestar atenção em meu faro: o c