ANASTÁCIA – O que foi Anastácia? – pergunta Fernando. Limpo com o dorso da mão uma lágrima que não consigo reter.– Vou te deixar, Fernando.– Não! Você não vai... você é uma coitada Anastácia, eu sustento você e duvido que seu pai queira você de volta em casa. Então, pare de encher o saco.– Está brava só por que não venho cedo pra casa?Um soluço escapa de minha boca.– Eu nem sabia que você se importava tanto com essas coisas, e eu estava com meus amigos. – Você só se importa com você mesmo, nem atenção ao seu filho você dá. Grito.– Já pago a comida e o teto que vocês vivem... Não tenho que dar mais nada.– Você só consegue dar isso mesmo. Nem as datas importantes você lembra.Merda! Não me lembrei das data.– Há dois meses atrás você esqueceu o meu aniversário...Não sei o que dizer. Tenta se justificar só para evitar a briga.– Assim que conseguir um trabalho vou embora. Aviso.– Você quem sabe, mas duvido que consiga fazer agora sem mim. – diz sem emoção já seguindo para o q
GAELUma semana depois... E finalmente chegou o momento de destruir o inimigo. Eu não posso mais esperar por essa vingança.Talvez devesse somente pagar com a mesma moeda, mas isso não aplacaria minha dor.Preciso ir além. Vou tirar tudo de Luís vierano: o prestígio entre a elite russa e, a seguir, sua vida. E o que é melhor, tenho um trunfo.Meu maior inimigo se encontra à beira da morte e é capaz de fazer qualquer coisa para manter vivo seu único bem de valor, sua filha. O que eu não contava é que, no meio dos meus planos, haveria uma inocente. Ignorar emoções. Desassociar sentimentos com outras pessoas. Isso é o que eu faço de melhor. Por essa razão, mesmo tão novo, sou bom no meu trabalho.Então, por que não está funcionando hoje? — Você é um monstro. Eu não deveria tê-lo deixado nascer, Gael. Ouço o som de carro na rua e volto para o momento presente. O som é como um mau agouro. Uma confirmação sinistra das suas palavras. Dias difíceis sempre me lembra da imprestável que me
ANASTÁCIAUma semana atrásEstou na estação de trem, lutando contra o pânico e a ansiedade. Claro que eu consigo fazer isso, que vou conseguir essa vaga. Tento ser positiva.Chegando no destino, um Imponente prédio de vinte e cinco andares me recepciona. Minha cabeça dói tanto que parece que vai explodir, e só então me lembro que não comi nada nem o precioso café. Antes que eu possa pensar em procurar uma lanchonete, vejo que falta apenas quinze minutos e que será melhor uma olhada rápida no banheiro ao invés do café. Assim que consigo entrar no prédio, passo pelo porteiro e pergunto. — onde fica o banheiro? — Você pode seguir esse corredor até o final à esquerda, moça — diz a recepcionista.Encaminho até o local e nem percebo dos homens atrás de mim. Já dentro do banheiro os vejo atrás de mim pelo vidro. — Aqui e o banheiro f.. — Nem tive chance de terminar. Os dois vieram pra cima de mim me imobilizado, com um pano com cheiro ruim na minha boca e nariz, só deu pra ouvir uma língua
GAELDois dias Antes..— Não tenho uma resposta para isso. Apenas que, desde o começo, a moça era essa, a descrição foram exatas, mas sem uma foto atualizado e no mesmo local e usando a mesma roupa ficou impossível pensar que não fosse Thalita. Eu imaginava, são característica semelhantes. Sorte que essa moça foi para uma entrevista e ninguém deu falta dela ou fez alarde, embora eu achasse que eram a mesma pessoa. — fala meu chefe de segurança. Passo a mão pelo cabelo, frustrado. — O que estou tentando dizer é que, apesar de serem idênticas, por tudo o que investiguei sobre Thalita essa não é ela. E que voltamos para o zero novamente, vá buscar a Thalita correta— Sim chefe— falou prontamente. — Faço o que com a moça errada? — falou com indiferença.— Vou dar um trabalho em troca de sua vida. Já descobri como ela será útil sem precisar manchar nossas mãos.PRIMEIRO ENCONTROPara a casa de campo. Digo direto e saio. Normalmente Máximos ou Deviam pediriam mais explicações, mas eu est
Anastácia Eu queria que a escuridão houvesse durado para sempre, que eu nunca tivesse que me apartado dos abraços calorosos da minha mente entorpecida e que a minha vida no Brasil fosse eterna. O país sempre seria a minha casa e lar de tudo o que eu mais amava, ainda assim, eu estava sendo arrancada dele. Fui sequestrada, drogada por uma semana, fui mantida amarrada em uma cadeira durante o dia e a noite em uma cama estreita, mas não sofri abuso físico e se teve mental não sofri, pois não compreendia o que falavam. Fui mal alimentada e sinto falta do meu filho, a incerteza do que acontecerá comigo. Soube que estava em outro país, outra cultura, outra língua e nas mãos de pessoas perigosos. Minha tristeza nesse momento é sem medida e nem posso externar tudo que sinto por medo. Por mais triste que eu tivesse por deixar a minha vida, uma parte de mim precisa ser forte, pois nada poderá adiar o momento que virá. Eu queria ser valente e durona, assim como era o meu pai, mas estava apavora
ANASTÁCIA Estou confusa com toda essa situação, mas com medo da resposta. A intuição me diz que qualquer que seja a explicação que ele me der, vou sofrer. Tomo um banho rápido e me visto com um roupão que encontrei no banheiro, não tenho roupas ou peças íntimas, espero que ele as providenciem para mim. Desembaraço o cabelo com os dedos mesmo, tento ficar mais apresentável e saio do banheiro. Estou tremendo enquanto caminho para encontrá-lo. Confrontar pessoas não faz parte da minha natureza, principalmente estando na situação delicada que estou, mas não posso ficar aqui se não souber exatamente o que está acontecendo.Saio do quarto e sigo o mesmo caminho que tinha feito ao chegar. Já na grande sala o vejo na sacada olhando para uma floresta magnífica a nossa frente. Amo essa vista. _ fala sem olhar pra mim. Virando-se, seus olhos ficaram fixos nos meus por um longo período. Era como se ele tivesse muito a dizer, mas não se atreveu a abrir a boca, até que foi interrompido por um
— Gael, eu não tenho boas notícias — Máximos diz quando atendo. — Se for qualquer coisa sobre a filha de Luís, eu não quero ouvir. Pode me contar tudo amanhã pela manhã. Decidi que voltarei para Sinaloa. — Tenho certeza de que vai querer saber o que descobri. Estou chegando em casa em dez minutos. Precisamos conversar. MINUTOS MAIS TARDE — O que disse? — Ouviu perfeitamente. Ficar em negação não vai servir pra nada. — Está mesmo acontecendo isso. Sim, a amante de Luís estava o envenenando já fazia dois anos? — falo, me recusando a acreditar naquilo. — Ela estava sim. Lays Oblovsky. Levanto-me da poltrona, fechando meus olhos no processo. Se Luís Vierona não é nosso inimigo então quem é? Meu amigo me encara compartilhado a mesma dúvida. Parece que pegamos uma inocente novamente, e agora sua segurança depende de nós — Vamos mantê-la segura e com favores para o nosso lado. Ela como única herdeira será o Pakham no lugar do pai, com os Variante no meio. Teremos acesso as informações mais i
Acordo e ainda não abro os olhos, brinco dentro da minha mente, dizendo a ela que tudo o que vivi desde que encontrei Gael é só um pesadelo, excitante, mas um pesadelo. Ontem quando fomos dormir, foi um começo estranho e tempestuoso onde vivo em uma linha entre medo e saudade, pavor e desejo. Estou constantemente no limite das minha emoções. Será que vai virar um pesadelo ou um conto de fadas, talvez? NOITE PASSADA — Eu vou dormir. — Tudo bem. Estava prestes a voltar para o quarto e fechar a porta quando ouvi Gael chamar — O que foi? — Tive medo de perguntar, mas o fiz assim mesmo. Ele deu um passo em sua direção e ela recuou outro para dentro do quarto. — Quero beija-la. Balançou a cabeça em negativa. — Quero toca-la — Ele chegou mais perto e seu coração acelerou, mas dessa vez ela não recuou. O único homens que teve nunca lhe fez sentir assim, excitada e lasciva. Eu tenho que... — Pensar? — Ele disse com o corpo a milímetros do dela. Podia sentir o cheiro do seu corpo e do seu perfu