Castelo de areia

Anastácia

Eu queria que a escuridão houvesse durado para sempre, que eu nunca tivesse que me apartado dos abraços calorosos da minha mente entorpecida e que a minha vida no Brasil fosse eterna. O país sempre seria a minha casa e lar de tudo o que eu mais amava, ainda assim, eu estava sendo arrancada dele. Fui sequestrada, drogada por uma semana, fui mantida amarrada em uma cadeira durante o dia e a noite em uma cama estreita, mas não sofri abuso físico e se teve mental não sofri, pois não compreendia o que falavam. Fui mal alimentada e sinto falta do meu filho, a incerteza do que acontecerá comigo. Soube que estava em outro país, outra cultura, outra língua e nas mãos de pessoas perigosos. Minha tristeza nesse momento é sem medida e nem posso externar tudo que sinto por medo. Por mais triste que eu tivesse por deixar a minha vida, uma parte de mim precisa ser forte, pois nada poderá adiar o momento que virá. Eu queria ser valente e durona, assim como era o meu pai, mas estava apavorada com o que irá acontecer. Ouvi uma pancada no lado esquerdo da sala e vi um dos homens trazendo novamente uma seringa com algo dentro, eu ia apagar novamente. HORAS DEPOIS Sonhei com meu filho e meu pai em uma viagem divertida. Estávamos felizes. Despertei dando um salto quando ouvir um barulho de derrapagem e logo o carro parou. Não deu pra ver nada, duas grandes mão me pegou e me jogou sobre as costas. Percebi que falava comigo, mas eu não compreendia o seu espanhol. Depois riu como se o que eu ia passar fosse divertido. Esse cara faz parte do grupo de detestáveis da minha vida. O homem me colocou no chão quando entramos por uma das porta laterais do lugar. Estávamos em uma mansão de três andares, o térreo era uma grande garagem, tinha um refeitório e um alojamento. Pegamos um elevador para o primeiro andar. Assim que entramos em uma grande sala vazia muito bem decorada, tinha muito luxo, fui guiada para uma grande escada até o segundo andar também ostentando luxo. Caminhei até quase o fim do corredor tinha dois quartos após o meu que me fez ficar curiosa de quem seria. A cada passo que eu dava para o quarto, maior se tornava o aperto no meu coração e as dificuldades para que ele conseguisse continuar batendo. Minhas mãos estavam suando frio e eu só tive certeza de que seria muito mais difícil me manter firme do que imaginava. Eu só tinha tido um homem até hoje, o pai do meu filho e ele era normal, baunilha, fraco ou qualquer das opções anteriores para clarificar um homem ruim de cama. Fora que ele tinha uma ferramenta número cinco e sempre negligenciava o sexo. Era irritante ao mesmo tempo que não poderia fazer nada, nas minhas condições tê-lo era normal. Agora depois de tudo que passei, teria que suportar ser tocada sem permissão por outra pessoa, ser tocada em minha alma. Eu seria quebrada de vez. Comecei a chorar copiosamente no banheiro da suíte que estava. Só estava torcendo para que eles ou ele não fossem violentos demais quando acontecesse. Fui surpreendida com dois olhos verdes inebriantes, o seu dono é lindo. Eu nunca tive a oportunidade de conhecer um homem viril, pura testosterona como esse. Rosto duro e erótico. Ele tinha facilidade de me deixar em transe. Nem me dei conta que estava nua sentada dentro do box com uma cachoeira caindo sobre mim, estava imunda. Então ele falou — Você vai ficar aqui comigo. E se eu não quiser — respondi. — Agora seu querer também é meu, assim com seu corpo e sua alma. Você é Minha. — disse frisando a última palavra. Então saiu do banheiro.

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