Gael“O que você faria se tivesse uma oportunidade de se vingar?”, essa foi a primeira pergunta que fiz para mulher na minha frente.Marta, que é a minha mãe. Nunca se preocupou com ninguém além dela mesma. Quando eu tive idade suficiente para compreender isso, parei de tentar uma aproximação. Sabia que era um laço inútil, que ela usaria para manipular eu contra o meu pai. Alguém que ela não escondia ressentimento e raiva.Sempre a via como uma vítima da sua própria ambição e vício, mas no nosso meio quem não era ambicioso? O problema dela sempre foi luxo e poder. Quem pagasse mais a tinha facilmente, sua condição de vida foi por escolha e não necessidade. Essa mulher queria tanto o dinheiro que começou vendendo seu corpo como um pedaço de carne.Após mais uma investigação bem cuidadosa, descubrimos que por anos ela e a irmã vem tramando contra mim e meu pai.Hoje faz sentido todas as pontas soltas. Verdade que o nosso maior inimigo vem de onde menos esperamos. Nunca imaginaria que
AnastáciaO som de porta se abrindo desperto-me do meu sono leve, já era bem tarde dava para sentir, enquanto o vento soprava no meu ouvido sutilmente, fez-me arrepiar inteira.Como num aviso antes mesmo que entre no quarto o sinto, deveria estar perto, mas eu já sabia que ele tinha chegado. Era sempre assim, esse frio que percorria minha espinha.Esse apertar no meu coração, como se eu nunca fosse ser capaz de acostumar-me com a ideia de que esse era o seu mundo.Normalmente as esposas esperavam o seu marido voltar do escritório, porém eu, esperava o meu marido voltar de trocas de tiros. E ele não era o mocinho.Tinha uma guerra lá fora e ele era o monstro que as criava e dominava. Gael era com certeza o mais implacáve de todos elesl. Sua posição no cartel como líder garantia isso. Em minha defesa, eu tinha um Gael que ostentava testosterona e não crueldade.Tínhamos toda uma vida pela frente, mas ela teria dias infernais. Um dia ele poderia nem voltar mais para casa. Isso é banal, ma
GaelEu assistir a tudo durante uma semana, as vi enlouquecer até tirarem suas vidas. Marta e Lays tiveram o fim que mereciam.Marta drogou-se tanto que a overdose foi inevitável. A crises de abstinência apareceu mais rápido que eu imaginava, em um dia os sinais de sua dependência química devido a privação do uso da substância, lhe causou manifestações psíquicas e físicas bastante incômodas. Os tremores, a ansiedade, os gritos de dores musculares, fadiga, letargia, a fraqueza, perda de apetite, a pele úmida e fria, náusea e vômitos. Já era o bastante para obter minha vingança. Eu não precisava fazer nada, só assistir o seu fim.A deixei na pendência da droga por alguns dias logo a sua necessidade ficou incontrolável e então dei-lhe mais pó que conseguiria suportar.Agora Lays, passou os últimos dias provando o seu próprio veneno, eu a deixava sem comida por hora e quando uma boa refeição era servida ela tinha tanta fome que era impossível recusar. A alimentava gradualmente com o seu ve
Messes depoisFazem três meses que voltamos da lua de mel, tenho tido enjoo matinal de uma semana para cá. Estaria mentindo se não suspeitasse de um novo bebê a caminho.Pensando nisso, desço da cama e sigo para o banho. Após o dejejum forçado, vou para uma clínica e realizo o teste necessário. Depois sigo para construtora vou convidar Gael para um almoço.Aassim que a porta se abre o primeiro rosto que vejo é o dele, está com um sorriso lindo para mim."Sou mesmo muito sortuda". Penso.Seguimos para o escritório e depois de um momento para um restaurante maravilhoso nas proximidades. Ainda estou me acostumando com a comida local. Sempre tão apimentada.O almoço foi agradável. Gael voltou para empresa e eu voltei para casa. Ansiosa pelo resultado do exame.Fficaram de me enviar as dezoito horas, por e-mail. E assim o fez."POSITIVO"Gritava no topo da folha.O jantar foi especial. Somente eu e ele.Lhe dei a notícia sem muita emoção, temerosa, ansiosa e tive em resposta um homem agr
ANASTÁCIA – O que foi Anastácia? – pergunta Fernando. Limpo com o dorso da mão uma lágrima que não consigo reter.– Vou te deixar, Fernando.– Não! Você não vai... você é uma coitada Anastácia, eu sustento você e duvido que seu pai queira você de volta em casa. Então, pare de encher o saco.– Está brava só por que não venho cedo pra casa?Um soluço escapa de minha boca.– Eu nem sabia que você se importava tanto com essas coisas, e eu estava com meus amigos. – Você só se importa com você mesmo, nem atenção ao seu filho você dá. Grito.– Já pago a comida e o teto que vocês vivem... Não tenho que dar mais nada.– Você só consegue dar isso mesmo. Nem as datas importantes você lembra.Merda! Não me lembrei das data.– Há dois meses atrás você esqueceu o meu aniversário...Não sei o que dizer. Tenta se justificar só para evitar a briga.– Assim que conseguir um trabalho vou embora. Aviso.– Você quem sabe, mas duvido que consiga fazer agora sem mim. – diz sem emoção já seguindo para o q
GAELUma semana depois... E finalmente chegou o momento de destruir o inimigo. Eu não posso mais esperar por essa vingança.Talvez devesse somente pagar com a mesma moeda, mas isso não aplacaria minha dor.Preciso ir além. Vou tirar tudo de Luís vierano: o prestígio entre a elite russa e, a seguir, sua vida. E o que é melhor, tenho um trunfo.Meu maior inimigo se encontra à beira da morte e é capaz de fazer qualquer coisa para manter vivo seu único bem de valor, sua filha. O que eu não contava é que, no meio dos meus planos, haveria uma inocente. Ignorar emoções. Desassociar sentimentos com outras pessoas. Isso é o que eu faço de melhor. Por essa razão, mesmo tão novo, sou bom no meu trabalho.Então, por que não está funcionando hoje? — Você é um monstro. Eu não deveria tê-lo deixado nascer, Gael. Ouço o som de carro na rua e volto para o momento presente. O som é como um mau agouro. Uma confirmação sinistra das suas palavras. Dias difíceis sempre me lembra da imprestável que me
ANASTÁCIAUma semana atrásEstou na estação de trem, lutando contra o pânico e a ansiedade. Claro que eu consigo fazer isso, que vou conseguir essa vaga. Tento ser positiva.Chegando no destino, um Imponente prédio de vinte e cinco andares me recepciona. Minha cabeça dói tanto que parece que vai explodir, e só então me lembro que não comi nada nem o precioso café. Antes que eu possa pensar em procurar uma lanchonete, vejo que falta apenas quinze minutos e que será melhor uma olhada rápida no banheiro ao invés do café. Assim que consigo entrar no prédio, passo pelo porteiro e pergunto. — onde fica o banheiro? — Você pode seguir esse corredor até o final à esquerda, moça — diz a recepcionista.Encaminho até o local e nem percebo dos homens atrás de mim. Já dentro do banheiro os vejo atrás de mim pelo vidro. — Aqui e o banheiro f.. — Nem tive chance de terminar. Os dois vieram pra cima de mim me imobilizado, com um pano com cheiro ruim na minha boca e nariz, só deu pra ouvir uma língua
GAELDois dias Antes..— Não tenho uma resposta para isso. Apenas que, desde o começo, a moça era essa, a descrição foram exatas, mas sem uma foto atualizado e no mesmo local e usando a mesma roupa ficou impossível pensar que não fosse Thalita. Eu imaginava, são característica semelhantes. Sorte que essa moça foi para uma entrevista e ninguém deu falta dela ou fez alarde, embora eu achasse que eram a mesma pessoa. — fala meu chefe de segurança. Passo a mão pelo cabelo, frustrado. — O que estou tentando dizer é que, apesar de serem idênticas, por tudo o que investiguei sobre Thalita essa não é ela. E que voltamos para o zero novamente, vá buscar a Thalita correta— Sim chefe— falou prontamente. — Faço o que com a moça errada? — falou com indiferença.— Vou dar um trabalho em troca de sua vida. Já descobri como ela será útil sem precisar manchar nossas mãos.PRIMEIRO ENCONTROPara a casa de campo. Digo direto e saio. Normalmente Máximos ou Deviam pediriam mais explicações, mas eu est