Gélida, observei Steyce elevar os braços acima da cabeça enquanto Guhay caía no chão, e com um único movimento furioso, rompeu as algemas. Eu já o havia visto lutar antes, mas me peguei pensando que talvez nunca fosse me acostumar a isso.
Os Renegados caíram em peso em cima de Mona, e só o que vi, foi um reflexo rápido do golpe forte na nuca que ela levou ao tentar correr para ganhar tempo, caindo inerte no chão depois disso. Cambaleei. De novo não! Outros Renegados conseguiram jogar Mitchel por cima de Helena antes mesmo que ela conseguisse chegar até ele, e ambos caíram inconscientes no chão claro, derrapando muitos metros enquanto Steyce lutava espetacularmente com três Renegados ao mesmo tempo, mas a atenção de Guhay estava desviada para a Helena inconsciente no ch&a
Por um breve momento, pude visualizar com clareza cada detalhe mínimo do teto, pensando em como eu nunca ia me esquecer daquela visão, que certamente seria minha última. Meu corpo inteiro queimava, como se eu não estivesse levitando, mas submersa em uma banheira com ácido fervente, corroendo minha pele como vermes venenosos. E acabou cedo demais. No próximo segundo, um peso enorme e invisível desceu sobre mim, me empurrando com força de volta para o chão. Meus cabelos dançaram ao meu redor enquanto meus braços e pernas pendiam para cima, como uma boneca de pano, e depois,minhas costas acertaram o chão do castelo, com tanta força, que senti um buraco se abrindo ao meu redor. Meus olhos também se fecharam com tanta força, que minha cabeça pareceu ter se partido em mil pedaços, son
A sensação peculiar de estar ressurgindo das sombras me deixou atônita.Minhas pálpebras ardiam, afunilando-se umas contra as outras, me impedindo de abrir os olhos quão logo percebei que já estava a mim de volta. Respirei fundo, puxando o ar para mim novamente, sentindo toda a extensão de meu peito ardendo ardilosamente com o ato. Reprimi um engasgo. Era como se meus pulmões estivessem deslocados e impossibilitados de funcionar direito. O cheiro de algo muito familiar se ergueu no ar. Eu conhecia esse odor.Forcei meus olhos a se abrirem, mas eles pareciam terminantemente designados a não me obedecerem. Morta? Em estado de letargia? Existiam bruxas paraplégicas? Revirei minhas lembranças. A última coisa da qual eu me recordava era do castelo de vidro aos pedaços. Steyce murmurando meu nome, todos os olhares at&oc
Tudo o que vemos ou parecemos,Não passa de um sonho dentro de um sonho.Edgar Allan Poe (Sonho Dentro de Um Sonho) Catedral Embaixadora. Quinze anos atrás.
Maryland, dias atuais Ousei uma olhada por baixo dos cílios.Por favor, não.O tic tac do relógio na parede esquerda anunciava que se passavam das 9hrs da manhã. O silêncio na sala do Conselho de Menores de Maryland era tão profundo queeu podia ouvir o ar saindo e entrando em seus pulmões. Meu estômago doíareclamando da carência de um café da manhã descente, já que todas as minhas forças remanescentes haviam sidosubjugadas, se esgotando profun
Quando peguei minhas malas, apertei a alça da mochila sobre o ombro ao caminhar pelo estacionamento do aeroporto do Conroe. Pessoas aos montes de movimentavam para todos os lados como um enxame de abelhas desorganizado. Não havia como não se sentir perdida no meio delas. Meus olhos desesperados varreram a área, e meu coração acelerou.Suspirei de alívio quando avistei um homem, muito jovem e trajado num terno preto e branco parado a frente de um sedan branco, com uma placa a frente do peito intitulada PERSÉPHONE MORGAN.Eu odiava aquele nome. Precisava mesmo escracha-lo tão grande assim?Corri para ele, que abriu um sorriso quando me viu._Como vai, Srta. Perséphone? _ele me estendeu a mão quando me aproximei, com o sotaque carregado._Mal.Ele sorriu, um riso compreensivo, e tomou minhas ma
Com uma tossida catarrenta e mais nojenta que até a própria sopa, ela se arqueou para frente, socando o próprio peito com pressa, sem conseguir puxar o ar. Vovô Brutus imediatamente se levantou, tentando em vão socorrê-la. Quando me dei conta, ela se jogou para trás, caindo com cadeira e tudo e virando a mesa com os pés. Pulei para trás, saindo da cadeira, por pouco, não tomando um banho de sopa quente.O barulho de vidro e porcelana se quebrando invadiu o ambiente, cortando o som da voz da jornalista da TV.O osso saltou de sua garganta, e ela puxou o ar em abundância, quando já estava ficando roxa.Levei as mãos à boca, me condenando mentalmente. Mais uma tragédia. Por minha culpa novamente. Quando é que eu ia parar de machucar as pessoas?Dei com o olhar maci&cce
-Que maldita porcaria é esta? _ Tossi confusa, tropeçando para fora do elevador quando ela me puxou pela camiseta._Bem Vinda à Maça Envenenada._Que droga de nome é este? Um maldito de um bar! _gaguejei enquanto meus olhos lacrimejavam, mal acostumados pela fumaça do cigarro que chegava num fluxo denso até mim._Vou procurar pelo Mitchel. Não se perca e nem arranje encrenca. Trate de se divertir um pouco, ok? Procuro você para voltarmos.Neguei com a cabeça:_Não, quero ir para casa AGORA! _mas Helena já não estava mais ali para me ouvir. Como um camaleão ela já havia se misturado a multidão e se camuflado a ponto de eu não saber mais qual rumo ela havia tomado.Havia um enorme balcão de bebidas e um barman cheio
Os pesadelos estavam acabando comigo, mesmo quando eu acordava na noite e percebia que estava no quarto novamente, com uma Helena dormindo lindamente do outro lado do quarto.Vidros se estraçalhando, o mundo girando, sangue por todos os lados, e principalmente aranhas...Depois de outra e mais outra seção horrorosa de pesadelos, que faziam meu corpo estremecer e meus poros expelirem toda a água de meu corpo, me deixando com apenas alguns poucos por centos, tive meu primeiro sono sem sonhos, completamente em paz. Mas quando mergulhei profundamente nele, finalmente feliz por dormir normalmente pela primeira vez em dias, um chacoalhão atrapalhou minhas divagações.Abri os olhos dopados, fechando-os novamente quando uma cachopa de cachos loiros caiu em meu rosto.Helena estava com o rosto a centímetros do meu, seus olhos azu