Emma soltou um riso perverso, confirmando minha afirmação. Helena grunhiu ao meu lado.
_Onde eles estão?
_Bem longe agora, provavelmente _Emma considerou tranquilamente, como que realmente pensando _Mileyde os queria vivos.
Antes que eu pudesse prever, Helena se lançou contra ela: _Vaca!
Mas Emma parecia já estar esperando por isso. Com um único movimento, ela revelou seu Cipó, e o enlaçou na cintura de Helena. Com um rápido levantar de braços, Emma a lançou em direção à segunda porta, a fazendo desaparecer na escuridão como uma bola de beisebol.
O FOSSO!
_Helena!!! _gritei com todas as minhas forças, correndo para lá, esperando que a sorte não deixasse acontecer o que eu achava que havia acontecido.
A escurid&
Ela vestia uma finíssimo e longo vestido azul marinho, cheio de pregas na altura da cintura fina, que descia em camadas fluvias ao longo das pernas bem torneadas. A pele era tão clara e brilhante, que era como se houvesse uma lanterna acesa dentro dela, espalhando luz pelo cômodo, assim como seus olhos azuis, um azul único, do tom que se vê no coração das chamas. Seu nariz era tão fino, que se arrebitava graciosamente a frente do rosto quadrado e suave. A boca era redonda e bem desenhada, e tinha seus cantos afinados, realçando mais seus olhos grandes e repuxados.Ela saiu das sombras, andando para luz, e deixando ainda mais evidente sua expressão estonteante.A metade de seu cabelo enrolado em cachos grandes estava preso numa fita atrás da cabeça, e alguns fios macios escapavam caindo sobre a testa lisa.Eles
_Sim... _ela assentiu _Levei um tempo para descobrir em que fim de mundo Halleman os havia escondido. Eu sabia que eles teriam de permanecer fieis a uma promessa que só muito tempo depois descobri que eles haviam feito. Eles eram covardes demais para desistir de seus votos e morrerem de forma tão cruel. Mas ninguém se esconde mim por muito tempo, aprenda isso, Perséphone. _ela me enviou seu olhar cortante _Assim que descobri o paradeiro de vocês duas e daqueles dois vermes, enviei meus mensageiros, que vocês conhecem por Renegados, para me trazer minhas filhas para mim novamente._Mensageiros? _perguntei incrédula _Você por acaso nos queria mortas? Porque tentar arrancar nossas cabeças foi a única coisa que eles tentaram fazer.Guhay rolou os olhos, como uma adolescente perversa._São os Brutamontes
Gélida, observei Steyce elevar os braços acima da cabeça enquanto Guhay caía no chão, e com um único movimento furioso, rompeu as algemas. Eu já o havia visto lutar antes, mas me peguei pensando que talvez nunca fosse me acostumar a isso.Os Renegados caíram em peso em cima de Mona, e só o que vi, foi um reflexo rápido do golpe forte na nuca que ela levou ao tentar correr para ganhar tempo, caindo inerte no chão depois disso. Cambaleei. De novo não! Outros Renegados conseguiram jogar Mitchel por cima de Helena antes mesmo que ela conseguisse chegar até ele, e ambos caíram inconscientes no chão claro, derrapando muitos metros enquanto Steyce lutava espetacularmente com três Renegados ao mesmo tempo, mas a atenção de Guhay estava desviada para a Helena inconsciente no ch&a
Por um breve momento, pude visualizar com clareza cada detalhe mínimo do teto, pensando em como eu nunca ia me esquecer daquela visão, que certamente seria minha última. Meu corpo inteiro queimava, como se eu não estivesse levitando, mas submersa em uma banheira com ácido fervente, corroendo minha pele como vermes venenosos. E acabou cedo demais. No próximo segundo, um peso enorme e invisível desceu sobre mim, me empurrando com força de volta para o chão. Meus cabelos dançaram ao meu redor enquanto meus braços e pernas pendiam para cima, como uma boneca de pano, e depois,minhas costas acertaram o chão do castelo, com tanta força, que senti um buraco se abrindo ao meu redor. Meus olhos também se fecharam com tanta força, que minha cabeça pareceu ter se partido em mil pedaços, son
A sensação peculiar de estar ressurgindo das sombras me deixou atônita.Minhas pálpebras ardiam, afunilando-se umas contra as outras, me impedindo de abrir os olhos quão logo percebei que já estava a mim de volta. Respirei fundo, puxando o ar para mim novamente, sentindo toda a extensão de meu peito ardendo ardilosamente com o ato. Reprimi um engasgo. Era como se meus pulmões estivessem deslocados e impossibilitados de funcionar direito. O cheiro de algo muito familiar se ergueu no ar. Eu conhecia esse odor.Forcei meus olhos a se abrirem, mas eles pareciam terminantemente designados a não me obedecerem. Morta? Em estado de letargia? Existiam bruxas paraplégicas? Revirei minhas lembranças. A última coisa da qual eu me recordava era do castelo de vidro aos pedaços. Steyce murmurando meu nome, todos os olhares at&oc
Tudo o que vemos ou parecemos,Não passa de um sonho dentro de um sonho.Edgar Allan Poe (Sonho Dentro de Um Sonho) Catedral Embaixadora. Quinze anos atrás.
Maryland, dias atuais Ousei uma olhada por baixo dos cílios.Por favor, não.O tic tac do relógio na parede esquerda anunciava que se passavam das 9hrs da manhã. O silêncio na sala do Conselho de Menores de Maryland era tão profundo queeu podia ouvir o ar saindo e entrando em seus pulmões. Meu estômago doíareclamando da carência de um café da manhã descente, já que todas as minhas forças remanescentes haviam sidosubjugadas, se esgotando profun
Quando peguei minhas malas, apertei a alça da mochila sobre o ombro ao caminhar pelo estacionamento do aeroporto do Conroe. Pessoas aos montes de movimentavam para todos os lados como um enxame de abelhas desorganizado. Não havia como não se sentir perdida no meio delas. Meus olhos desesperados varreram a área, e meu coração acelerou.Suspirei de alívio quando avistei um homem, muito jovem e trajado num terno preto e branco parado a frente de um sedan branco, com uma placa a frente do peito intitulada PERSÉPHONE MORGAN.Eu odiava aquele nome. Precisava mesmo escracha-lo tão grande assim?Corri para ele, que abriu um sorriso quando me viu._Como vai, Srta. Perséphone? _ele me estendeu a mão quando me aproximei, com o sotaque carregado._Mal.Ele sorriu, um riso compreensivo, e tomou minhas ma