Todos eram maiores de idade pois o tempo passou, haviam
terminado o colégio, muitos começaram faculdades, outros cur-
sinhos, mas ainda se encontravam, pois a aliança que aqueles
jovens tinham era fantástica, inenarrável, é o que posso dizer.
Era sábado às 18h25, Márcia estava para se casar, todos já a
aguardavam na igreja, e o atraso tradicional da noiva naquele
dia também acontecia. O 3ºB em peso estava lá, até mesmo os
que não foram citados, atrás, o noivo na frente aguardava o
que para ele era tão esperado, enfim se casaria com quem havia
conhecido a menos de um ano, mas isso não vem ao caso.
O nome do noivo é Rogério, um rapaz muito rico, filho de
um fazendeiro de Goiás, que conheceu Márcia em um con-
curso de teatro em que ela fazia o papel principal na peça. Ele
ficou em penúltimo lugar, mas com certeza ela deveria ter le-
vado o troféu de melhor atriz por sua bela inter
Calma, já está quase acabando, mudei o capítulo para não deixá-los com preguiça de ler, pois estava ficando muito gran-de, mas, continuando...Marquinho e Garguinho, sentados na praça em frente ao hotel, pensavam em outra tática, pois quase acabaram presos com a última, então estavam ali. Quando novamente Zumbi se aproxima e diz:— Se quiserem meus serviços, terão que pagar. Sei como te ajudar a ganhar a aposta, mas lembre-se, te darei a ferramenta, só que o trabalho é seu.— Em que está pensando? — pergunta Marquinho, que-rendo saber do plano.— No seu anel e na sua “correntinha” de ouro. — Aponta na sequência o Garguinho, respondendo conforme seu interesse.— Primeiro me diga o plano, aí vejo se entrego o meu anel — diz Marquinho.— Façamos um trato, vocês me entregam as coisas, aí eu conto o plano, se vocês gostarem, fico com as coisas, se não,
Será que todos vão? Eu acho que não vou, tenho muito mais o que fazer, agora que nos abandonamos, não faz sentido, depois de 20 anos, nos reunirmos novamente.Acaba de pensar isso, vai para o centro da sala, quando a ima-gem de Nanda, sorrindo, sai da sua memória e vem ao seu cons-ciente. Então começa a lembrar das coisas boas, momentos ines-quecíveis, mas aquela triste lembrança também veio a sua mente, a tristeza após a grande final do torneio de vôlei feminino inter-cidades, em que Mogi Mirim foi o grande campeão. Lógico que não foi por esse fato, pois isso trouxe muita alegria a todos.Naquele dia, Nanda conheceu um moço estudante de me-dicina, e com ele morou, amigou, ou coisa desse tipo. Esse fato causou espanto não só a Franzino, mas aos amigos, pois a ga-rota sempre foi muito católica, não faltava uma missa, criticava as atitudes erradas das amigas, sempre foi contra
Em uma cidade de Minas Gerais, a psicóloga renomada, mas cheia de problemas, quebrava seu juramente agindo com falta de ética profissional, tratando-se com sua colega de profis-são e amiga pessoal, por entender ser a melhor na área.Havia acabado sua consulta com a doutora Carla Siqueira, descia as escadas, após sair da sala, com grandes óculos de sol e lenço no cabelo para não ser reconhecida, afinal, escrevia para uma revista de repercussão nacional, poderia ser o fim de sua carreira, seus conselhos eram comentados por todos. Seria um furo de reportagem se tal notícia vazasse.Chegando ao final dos degraus, um homem de terno preto e gravata vermelha aproximou-se dela com um bilhete na mão, disse, então, lhe estendendo-o:— Pertence à senhora. Pegue.— Quem é o senhor? Se for algum suborno nem adianta, a dr. Carla é minha amiga, só venho aqui para vê-la. Sei que é hor
Já escurecia quando Franzino chega ao hotel, para o carro,o manobrista sorridente vem até a porta de seu automóvel,abre e diz:— Pode descer, sr., deixa que o estacione, enquanto outrofuncionário leva sua bagagem.— Sim, obrigado — diz, saindo do veiculo, enquanto olha-va para o hotel, lembrando-se de sua infância. De tantas vezesque brincara na praça da frente, encantado como os carros queparavam na frente do luxuoso cinco estrelas.— Como foi de viagem? — Ouviu o moço perguntar, mo-mentos antes de entrar no veículo.— Ham? Ah, sim, fiz sim, obrigado por perguntar. — res-ponde meio distraído, mas em seguida recupera a atenção.O moço sorri já tomando posição para sair, quando Fran-zino diz:— Tem algumas moedas no painel
Sábado às 15h15 como o convite relatava, as portas do salão de festa de Mogi Mirim, se abrem para receber os ilustres con-vidados.Seguranças com terno preto e gravata vermelha circulavam pelo local. Na frente do portão, que também se abriu, duas recepcionistas aguardavam para conferir os convites.Muitos já aguardavam do lado de fora no endereço combi-nado, mas estranharam porque estava tudo trancado e vazio, na hora combinada, cada um foi para o seu posto, então os convidados foram recebidos organizadamente.As mesas, todas bem arrumadas, com tudo que a alta so-ciedade tem direito, garçons que atenderiam por setores, boas bebidas, comidas de muitas variedades.A orquestra sobre o palco começa um som suave deixava o ambiente mais agradável.Aos poucos, os convidados vão chegando com seus fami-liares, ainda faltavam chegar Nanda, Márcia, Harlei e Sergio,
Aproximava-se do meio-dia e alguns ainda não haviam che-gado, com óculos de sol, ressaca e dor de cabeça, esperavam namesa de madeira onde jogaram o jogo da verdade, momentosantes de Fabíola ter a ideia da caixa.Estava ventando forte, as folhas secas se arrastavam na dire-ção norte, criando uma sensação de bem-estar, pois o sol estavaquente.Nanda senta-se ao lado de Franzino, delicadamente colocasua cabeça em seu ombro, como fazia quando eram adolescen-tes, respira fundo e diz:— Esse barulho das folhas me fez lembrar de quando erauma menina apavorada, e que aqui mesmo nesse banco recebiótimos conselhos de um grande amigo.— Os índios acreditam que o vento sempre aparece paranós lembrar que essa vida é passageira, e nada pode deter otempo. Suas virtudes, defeitos, certezas ou incertezas, nada po-dem detê-lo.— Quando ventou, me lembrei que nesse mesmo lugarmeu a
Às 19h15, domingo, começaram a servir o jantar. Um sabo-roso vinho foi servido e ninguém podia fazer desfeitas, afinal,era uma safra especial vinda direta da adega mais famosa detoda região. O único a relutar em saborear o vinho foi Harlei,por causa da sua religião, mas, como a recepcionista da festamuito insistiu, acabou aceitando.O vinho era maravilhoso. Tomavam e repetiam, não deixa-vam de elogiar a dona e amiga que já deixou um convite paratodos irem a Andradas degustar o suco de uva branca, especia-lidade da casa.O jantar foi no mesmo salão da festa de encontro, mas fo-ram feitas várias modificações na decoração. Pensavam ser dedespedida. A mesma mulher que coordenara a festa anteriorestava à frente deste jantar, assim como seus seguranças, gar-
Estacionam o carro e caminharam até o salão onde ocorreua festa, no portão, o segurança indaga com a voz forte:— Posso ajudá-los, senhores?— Pode, sim — responde Diogo. Gostaríamos de falar comos responsáveis pela festa.— Senhorita Letícia é o nome dela, vou chamá-la.O segurança fala no radio com outro:— QAP Maike!— Prossiga! — diz numa voz seca.— Tem dois convidados que desejam falar com a senhorita Letícia.— Convidados?— Positivo, estavam aqui ontem.— Dá um X, vou procurá-la.Após alguns minutos responde:— QAP ponte!— Prossiga, Maike.— Libera os QRAs ai que a QRU está na cozinha e os espera.— Positivo TKS!— QRV.Depois dessa conversa, o segurança abriu o portão, fez sinal com a cabeça para que entrassem, depois disse:— Quem procuram está na cozinha, vão na fé, irmãos.Agradeceram e foram. Já arrumavam todo o salão para rece-berem toda a turma a noite, conforme co