Tínhamos Jonas sob custódia, mas Marquinho havia desa-
parecido. Franzino estava arrasado por não tê-lo encontrado.
Jonas ficou sentado no sofá da suíte numero 15. Nanda,
Garguinho e eu ficamos sentados na cama, não soltei a arma
nem um segundo.
O valente detetive abre a porta, entra, vai direto a Jonas e
pergunta:
— Aonde ele foi? Diga onde está.
— Eu não sei, só ajudei-o porque pensei que ia matá-lo, seu
olhar estava assustador.
— Você o ajudou porque ele ia te entregar, então permitiu
que ele fugisse para se safar, mas não vai, tenho provas contra
você, sei dos seus envolvimentos. Marcelo e Diogo são os úni-
cos laranjas dessa história.
— Não vai adiantar te explicar, não é? Está convicto de suas
verdades — argumenta Jonas tentando se safar. Mas Franzino é
frio e calculista como uma serpente.
Seu olhar demonstrava estar seguro das acusações feitas
Amanheceu o dia, sábado ensolarado, Franzino já estava com Marquinho sobre custódia em seu carro. Marcelo e eu fo-mos acordados por Nanda. Depois de um bom banho, desce-mos para encontrá-los.Me inclinei para olhar no banco traseiro, ele estava lá, todo esfolado e sujo. Dali seguimos para minha casa, onde Marqui-nho e Jonas puderam tomar banho e se alimentar sob o olhar atento do melhor detetive do mundo. Enquanto comiam, per-guntei para Franzino:— Como sabia que Marquinho ia voltar?— Ele precisava eliminar as provas que temos contra ele.— Por isso tirou Jonas de lá? Estava pensando sobre isso, agora faz sentido.Ele balançou a cabeça e sorriu alegremente.— Mas ele conseguiu o que queria, agora vai ficar mais difí-cil ter provas que o levem para a cadeia.— Teremos muitas testemunhas hoje à noite, tive que sacri-ficar as provas materiais para pegá-lo.<
Preste atenção agora: No capítulo vinte e três, parei de falar quando Franzino viu a placa vermelha com grandes letras es-crita “perigo, não entre”. Olha para os três cadeados e sorri.Então! Ele entrou, pois viu no forro do salão uma planta do prédio e a lista de materiais comprados para construir um abrigo resistente, então veja:Entra após abri-los facilmente usando seu canivete, cami-nha, agachado, pois o túnel era apertado, vários cabos grossos passando pela parede, mas Franzino sabia que eram falsos, que o anfitrião misterioso escondia algo lá e não queria intrusos bisbilhotando.Para o bem dele, era melhor estarem certos, pois muitos da-queles cabos estavam desencapados, sua roupa molhada por causa da garoa.No final do túnel, encontra algo desagradável, uma quan-tidade tão grande de explosivos capaz de mandar o quarteirão inteiro para o espaço. Havia um
Franzino levantou e aplaudiu, enquanto descia triunfante em meu elevador. Desci, abaixei, abri a escotilha. Lembro-me que ria por dentro, minha boca esboçava toda minha satisfa-ção, não me aguentava de tanta emoção, enganei a todos, sou o melhor, o mais vivo o mais inteligente, fiz Franzino de idiota e... Sumiu? Como assim?Desgraçado! Não havia nada, mais nada lá, tiraram tudo, só deixaram um HT. Sentei-me sobre aquele piso gelado. Leva-ram tudo! Coloquei a cabeça entre as pernas. Levaram tudo! E chorei como criança. Levaram tudo!Todos na festa já sabiam, nem me lembrei da Fabiana, por essa razão, não falei dela, pois o plano foi tão bom. Franzino me enrolou tão bem que não me lembrei dela.Enquanto tudo acontecia, Fabiana avisou um por um das coisas que ocorriam, como disse antes, só eu não sabia.Depois que acabou de aplaudir, Franzino vai até a porta, abre
Capítulo IO convite da salvaçãoApós levantar-se da poltrona, já toda suada, devido a váriashoras em que ficara sentando com o olhar perdido, mas fixono canto da sala onde havia uma rodelinha de sujeira feitapelo eletricista do prédio que arrumou a tomada, a qual hámuito tempo não funcionava, após horas naquela posição,levanta-se, tenta calçar os sapatos, caminha até a cozinha ar-rastando seus sapatos mal-calçados, pega o saco de arroz vaziosobre a mesa, calça-o na cabeça, aperta firme no pescoço, solta,tira-o novamente e diz, suspirando.— Vai servir...Olha para o botijão de gás, caminha até ele, abaixa-se e se-gue com a mão esquerda a mangueira que leva para trás dofogão. Usando os dedos, afrouxa a por
A sirene da escola toca para sinalizar o final do intervaloentre aulas, Marcelo e Marcos ainda permaneciam no pátio,próximo à escadaria de acesso às salas, de olhos nas garotas,ambos amigos inseparáveis, eram sempre os últimos a entrar,não faltavam nem uma aula, mas o objetivo principal não eraestudar, e sim ver as belas garotas.Marcelo, loiro, estatura mediana, mais conhecida comoGarguinho. Sempre foi bom aluno, apesar de dar mais atençãopara as garotas.Marcos, que será tratado como Marquinho, pois assim eraconhecido, muito inteligente e criativo, por isso, embarcavamem aventuras, muitas que infelizmente aqui não serão narradas.Franzino passa pelos dois, cumprimenta-os e logo cruza comNanda, o amor da sua vida, que, nesse dia, prometera se encontrarao final da aula para conversarem
Então Franzino, com o intuito de cumprir à risca tudo oque sua amada lhe pediu, chegou em casa, sentou na cama, pe-gou o papel, abriu e leu em alta voz, pois estava sozinho:“Não consigo acreditar como não pude gostar de alguémque me ama tanto quanto você, uma pessoa tão especial a pon-to de deixar qualquer uma com inveja, que droga! Não podiate contar, pois era meu segredo.”Aquela noite foi uma das mais tristes de sua vida, choroua noite toda e lia aquilo toda hora, como já foi dito; “o cho-ro pode durar uma noite, mas a alegria vem pela manhã”. Issoaconteceu. Conformado com a desilusão sofrida, mas feliz porquerer a felicidade da mulher da sua vida, decide, por fim quea felicidade de Nanda é o que realmente interessa, ainda quecuste a dele, e não seja ele o escolhido para dormir ao seu lado,até se passarem os anos, e os olhos cansem, o cansaço dominetodos os órgão
Em uma manhã de domingo, os amigos do 3ºB se reuni-ram no parque do horto florestal da cidade. A ideia central erafazer uma festa americana, com dança da vassoura e tudo mais.Quando deu meio-dia, o sol estava forte, então se sentaramem uma grande mesa de madeira à sombra da arvore. Tiveramuma ideia. “Vamos brincar de jogo da verdade”.A mesa era retangular, mas deram um jeito e sentaram emcírculo, colocaram a inicial do nome ou apelido de cada um ecomeçaram a rodar a garrafa de cerveja. Onde a ponta da garrafaapontasse seria o que ia responder a pergunta, o fundo elaboraa pergunta, o castigo de quem mentisse ou recusasse responderera dado pelo próximo sorteado que respondesse a questão a elefeita. O castigo poderia ser qualquer coisa, sem restrição alguma.S
Todos eram maiores de idade pois o tempo passou, haviam terminado o colégio, muitos começaram faculdades, outros cur-sinhos, mas ainda se encontravam, pois a aliança que aqueles jovens tinham era fantástica, inenarrável, é o que posso dizer.Era sábado às 18h25, Márcia estava para se casar, todos já a aguardavam na igreja, e o atraso tradicional da noiva naquele dia também acontecia. O 3ºB em peso estava lá, até mesmo os que não foram citados, atrás, o noivo na frente aguardava o que para ele era tão esperado, enfim se casaria com quem havia conhecido a menos de um ano, mas isso não vem ao caso.O nome do noivo é Rogério, um rapaz muito rico, filho de um fazendeiro de Goiás, que conheceu Márcia em um con-curso de teatro em que ela fazia o papel principal na peça. Ele ficou em penúltimo lugar, mas com certeza ela deveria ter le-vado o troféu de melhor atriz por sua bela inter