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Capítulo 7 - Confronto

Dois dias depois eu fui chamada sendo informada que tinha uma visita. Eu estava tão eufórica! Por um momento imaginei que fosse a minha vó. Mas quando adentrei a sala vi que se tratava do Carlos. Meu semblante passou de alegria e euforia para desconforto e medo. Sinceramente Carlos não me fazia bem, sentia-me assustada, desde a última vez fiquei apreensiva, nosso encontro não foi dos melhores. Minha cabeça ainda doía daquela batida na mesa, mas resolvi ouvi-lo, quem sabe ele peça desculpas.

 Percebi que não tinha nada a ver com o que eu pensei, quando vi ele dispensando o policial que era obrigado a fazer vigia no lado de fora da porta. Também percebi que ele aproximou-se mais do que o necessário daquele homem, o que aparentou que estava pagando para o policial nos deixar sozinhos. Eu permaneci com minha expressão a mesma, não mostraria que estava com medo daquilo.

 Eu sempre soube que Carlos deu trabalho a Cecília, e era óbvio pra mim, visto que sempre ouvia as discussões de ambos ao telefone. Cecília sempre contava com pesar que Carlos sempre pedia dinheiro para seus luxos. Eu sentia pena dela, ele claramente não tinha visão de um homem maduro de seus trinta e poucos anos. Não sabia exatamente a idade dos filhos de Cecília, não é que ela não tenha falo, é que não dei importância a esse detalhe. Mas era evidente que Lúcio era o mais velho.

 Carlos pouco importava-se com a empresa deles, Cecília contava que ele não gostava de ter responsabilidades, por esse motivo ele nunca tinha se casado. Eu sempre achei que talvez as mulheres que não tenham sido tão loucas a ponto de casar com alguém que pouco se importava com os outros além dele mesmo. Carlos era um ser humano de índole horrível e uma personalidade horrorosa. Era notório seu racismo para com os de classe inferiores.

 Ele virou-se a minha direção aproximando-se e segurando meu braço direito de forma nada amigável. Talvez ele tenha voltado para concluir o serviço que Lawrence o interrompeu da última vez.

 — Finalmente podemos conversar a sós querida Samira.— Meu estomago embrulhou com a parte "Querida".

 Era óbvio que Carlos me detestava sem nem mesmo esforçar-se o bastante para conhecer a minha pessoa. Ele puxou meu braço desajeitadamente me trazendo de encontro ao seu corpo de forma nada agradável. De cenho franzido o encarei confusa com sua mudança de atitude totalmente brusca. Lembro-me muito bem que ele tinha praticamente me agredido, que era caso de até processo se eu tivesse interesse. Mas enrolada da forma que já estou eu queria distancia de justiça. O afastei imediatamente puxando meu braço, mas a minha força por mais que persistente não comparava com a de um homem de trinta e poucos anos. Meu pulso doeu imediatamente, era como uma agulhada no osso do pulso. Mordi os lábios ao senti-la, me prendi de um grito. Puxei a respiração nervosa tentando me conter e não demonstrar fraqueza, Carlos não merecia aquilo.

 — Porque está tão nervosa?— Ele me prendeu contra a única mesa que tinha naquela sala.

 — É que não gosto de qualquer um com esse tipo de aproximação  comigo. Você é o último da lista a qual eu permitiria algo desse tipo.— Segurei meu pulso direito com a mão esquerda. Tinha certeza que estava deslocado. Prendi um grito quando senti que não conseguia erguer a mão direita.

 — Isso pouco importa Samira.— Ele falava o meu nome de forma desdenhosa. — Você não tem opção de escolha, pensa um pouco...— Ele puxou meu corpo como se eu não pesasse nada e me posicionou sobre a mesa. Suspirei totalmente desconfortável. — Posso tira-la daqui sem muito esforço sabe, eu sou o único que está fazendo as acusações nesse caso, e eu sou o único que pode retira-las.

 Carlos acariciou meu rosto e eu afastei do toque imediatamente. Eu não podia acreditar naquilo que estava ouvindo. Carlos não estava preocupado em quem era o assassino, ele não se importava com isso, ele estava no intuito de apenas me manter pressa a ele de alguma forma. Pensar naquilo me causou um medo absurdo, ele comprovou mais uma vez que não se importava com ninguém, nem mesmo sua própria mãe. Mas o que me deixava confusa era, por que eu? O que ele ganhava com isso? Porque tão de repente estava forçando uma aproximação intima comigo? Eu estava totalmente confusa e perdida naquela questão.

 — Como pode fazer tudo isso se não tem se quer dinheiro? sua mãe morreu, sua protetora e única que te dava uma renda está morta.— Eu o respondi. Não era sensato fazer aquilo realmente, mas eu tinha que puxar mais dali, pois aos poucos eu só conseguia duvidar dele. E se ele fosse o causador da morte de sua própria mãe?

 Carlos pareceu não gostar nenhum pouco. Seu rosto expressou raiva mas de uma forma um pouco contida. Ele pressionou meu pescoço tentando mostrar que tinha controle sobre aquela situação. O empurrei apenas com a mão esquerda e contive um grunido ao soltar o pulso direito. Pulei da mesa seguindo direção a porta.

 — Algém por favor pode abrir essa porta?— Bati na porta com a mão esquerda fazendo barulho o suficiente para que algum policial que não fosse o comprado me ouvisse.

 Mas era tecnicamente impossível pois a porta estava trancada, e eu sabia que o dinheiro sempre estaria a frente de qualquer dever. As pessoas estão desesperada todos os dias, o poder do dinheiro era capaz de destruir familias.

 Não consegui gritar pois Carlos cobriu minha boca imediatamente. Meu pulso estava doendo muito, eu estava começando suar. O medo do que poderia acontecer estava me consumindo. Era desesperador! Vi Carlos passar me arrastar para trás me afastando da porta. Por mais que eu tentasse não conseguia ser forte o bastante. Meu corpo tremia com medo percorrendo cada parte da minha carne. Carlos estava prestes me causar muito mal e eu não tinha forças o suficiente.

 Continua…

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