Horas mais tarde quando voltei a casa de Camila ela tentou conversar comigo sobre minha vó. Lá dentro tinha algo quebrado, doloroso, eu não conseguiria explicar nunca. Uma tristeza dentro de mim por pensar que minha vó passou por isso sozinha, por pensar que minha vó foi despejada provavelmente por minha culpa. Quanto mais eu pensava sobre o assunto, pior eu me sentia.Eu fui buscar o Caleb na escola no horário de sua saída. Quando o vi eu o abracei tão apertado. Eu senti meu fôlego voltar, eu me senti completa mesmo que incompleta com a falta de minha vó. Vê meu filho vivo, bem na minha frente era a melhor coisa que poderia me acontecer.— Aah meu filho, que saudade de você meu amor!— Caleb retribuía o abraço com toda sua força mesmo que inferior a minha. Meu coração acelerou ao sentir o seu calor, o seu cheiro.— Filho eu te amo tanto, a mamãe sentiu tanto a sua falta.— Onde a senhora estava?— Ele acariciou meu rosto enquanto me encarava.— Eu tô aqui agora!— Não iria dizer que esta
Tinha sido uma semana terrivelmente difícil. Eu estava me sentindo péssima por fazer meu filho passar por aquilo. A gasolina do carro não aguentou muito. Ficamos numa rua distante. Estava utilizando banheiros públicos para limpar o Caleb, deixa-lo limpo para entrega-lo na escola. Eu sei que não deveria usar o cartão de créditos que achei perdido no meu carro, mas eu não tinha outra opção que não fosse essa para alimentar o meu filho.Após deixa-lo na escola e aproveitar para pedir a uma conhecida para buscá-lo pois não sabia a hora que chegaria. Eva era uma professora muito amorosa e gostava muito do Caleb e o Caleb dela. Eu a conhecia visto que é uma das professoras dele, mas era só isso e no fundo ficava preocupada por faze-lo passar por isso.— Vou buscá-lo na sua casa como das últimas vezes, pode ser? Isso é só por enquanto que procuro um emprego.— Não se preocupa, o Caleb tem se divertido muito com a Pricila, minha filha.Eu segui a mesma rotina a procura de emprego mas como de
Eu voltei todo o trajeto desgastante. Era uma caminhada puxada e difícil e distante do destino final. Quando eu avistei do outro lado da rua o restaurante que a senhora me indicou eu corri direção a ele. Foi uma ação idiota de minha parte fazer aquilo. Um grupo de homens e mulheres muito renomados só pela vestimenta estavam a frente, mas eu estava correndo com tanta pressa que não consegui parar. Meu corpo se chocou com as costas de um homem.Foi uma coisa horrível de se vê, a cena foi constrangedora eu estava envergonhada. Os outros que estavam ao lado dele me encararam, as mulheres com cara de desgosto e nojo me olhando da cabeça aos pés, e os homens confusos sem entender o que tinha acontecido.Eu fiquei tonta e antes que pudesse me segurar eu caí para trás tentando puxar o terno do estranho por trás. Foi errado fazer aquilo pois seu corpo caiu e pior do que eu podia imaginar de costas e por cima do meu. As mulheres tentaram segura-lo e quando viram que não conseguiram soltaram bar
Por alguns minutos eu me vi perdida observando Lúcio passar as mãos sobre a calça sacudindo resíduos de poeira, também observei suas mãos correrem direção seus cabelos.O vento me sercou, percorrendo minha pele com uma brisa não tão quente quanto parecia o clima. Despertei do transe estranho voltando a seguir o meu caminho. Sem demorar muito eu adentrei o restaurante já falando com um dos garçons. Ele me direcionou a uma das portas que ficavam escondidas e que me levaram a cozinha muito grande e bem dividida.— Não pode entrar aqui moça, o que faz aqui?— Um rapaz me perguntou ao dar a volta em um dos balcões enorme que tinha no meio onde ficava os fogões muito grandes e ágeis.— Soube que estão procurando pessoas aqui para a cozinha. — Disse. Ele me encarou pensativo.— Você não é muito nova? — Ele me analisou. O homem que eu ainda não conheci o nome tinha traços de pessoa super inteligencia, aquele tipo de pessoa magra de olhos grande que aparenta estar no mundo da lua. Pessoas de ol
Eu o arrastei junto comigo para uma região mais reservada, ele tirou meu braço de seu terno o agasalhando perfeitamente. Lúcio me encarou logo em seguida com aquele olhar ameaçador dele que antes me causava gagueira, agora nem tanto.— Pode me explicar o que foi isso? primeiro me derrubou na frente dos acionistas e da possível sócia e agora fez aquela cena na frente de todos. O que está acontecendo com você afinal?— Eu soube de tudo que você fez. — Lúcio suspirou voltando a passar as mão sobre as têmporas, afinal aquilo era um costume dele sempre?— Isso não é tão importante, tudo bem eu fiz. — Ele falou.— Mas porque? — ele suspirou claramente nada satisfeito.— Vamos fazer o seguinte. — Ele enfiou a mão nos bolsos retirando um cartão de visita. — Venha no meu escritório na parte da tarde. Vamos conversar melhor, porque por enquanto estou numa reunião importante. — Ele completou após me entregar o cartão.— Claro, pelo visto pra você os seus negócios são sempre muito mais importa
Faziam duas semana que eu estava naquela luta. Era terrivelmente complicado dar conta tanto do trabalho como do Caleb. Eu estava desesperada, a professora dele já estava desconfiando o porque de eu sempre deixá-lo para buscar quase a noite. Eu não conseguia ganhar o bastante que fosse pelo menos pra alugar um canto. Quanto mais eu me esforçava parecia que mais difícil se tornava. Prometi para mim mesma que falaria com o James hoje, ele teria que permitir que eu trouxesse o Caleb para o trabalho na parte da tarde. Quando vi a oportunidade após estarmos sozinhos na área.— James, posso falar com você?— O chamei vendo ele soltar as luvas sobre o lado de uma mesa ao qual estavam os pratos prontos para serem entregues para os garçons. A conversa teria que ser rápida.— Aconteceu alguma coisa Samira?— Ele me olhou com uma expressão questionável.Eu abri a boca para tentar falar mas as palavras não queriam sair, a verdade era que eu estava com medo da reação dele. Eu não poderia perder esse
— Sério que vou ter que fazer isso?— Perguntei mesmo não obtendo resposta. Pois Fernanda correu direção as panelas resmungando terem passado do ponto.Corri no quarto da despensa encontrando um uniforme que parecia um saco. Ou melhor, não sei se a culpa era do mísero uniforme ou minha que estava me tornando um graveto a cada dia. Eu o vesti rapidamente encontrando o cinto dele logo em seguida.— Isso sim!— Comentei comigo mesma.Corri a cozinha novamente pondo os pratos todos sobre a mesinha com pés de rodinhas. Pelo menos não teria o problema de equilibrar nada nas mãos. Já que no restaurante as comidas eram servidas com essas mesinhas. Eu corri para o salão a procura de James para descobri qual a mesa. Descobri tarde de mais que tinha esquecido o protetor nos cabelos, droga!Estava sem a touca do mestre cuca, como já comentara com Mayra. Encontrei James em uma das mesas mais reservadas do local. Seu olhar foi direto ao meu cabelo. Eu sabia disso! Pelo menos estavam sobre um coque. Q
— Quer dizer que está trabalhando aqui?— Com o susto meu coração estava prestes a sair pela boca. Puxei a respiração tentando me recuperar.— Carlos, saia da frente me deixa sair.— Eu disse ao vê-lo bloquear minha passagem pela porta. Carlos avançou sobre mim voltando a segurar meus pulsos de forma totalmente bruta. Que homem era um estúpido!— Carlos você está me machucando, precisa entender que não pode forçar as mulheres a fazer algo só porque você quer.— Provavelmente estava fazendo uma careta horrível naquele momento. Meu pulso estava começando a doer como antes e eu sei bem como já estive por conta dele. Carlos sorriu da minha frase. Eu tinha mais do que nunca certeza de que ele é um louco. Enquanto ele tentava me prender eu aproveitei a oportunidade para acertar novamente o meio de suas pernas, mesmo não acertando no centro.Eu sempre errava, mas já era o bastante pra doer nele alguma coisa. Carlos soltou um grito era nítido que estava com raiva. Eu corri direção a porta a ab