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Eu, caminhoneiro!

          O novíssimo Mercedes Benz “Onze Onze” – ano 1966, em alta velocidade, se aproximava do longo e sinuoso declive que se avistava logo à frente, enquanto seu motorista, assoviando alegremente, acompanhava num ritmo perfeito “As três cuiabanas” na voz de Tião Carreiro e Pardinho, uma de suas preferidas (e com razão...), que tocava em seu rádio na confortável cabine do veículo. Ele estava no auge da felicidade, pois acabara de descarregar uma carga completa de feijão, e conseguira uma outra de retorno, açúcar, por um ótimo preço. Além disso tudo, passara as últimas horas na cidade com uma bela e insaciável cuiabana. Que morena! Que mulher! Ela quase o fizera perder o negócio e o fôlego – de tanto tesão – não fosse seu senso de responsabilidade

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