O carro percorria os quilômetros que separam Campo Grande de Rio Brilhante, no Mato Grosso do Sul, a uma velocidade média de 80 km/hora, ou seja, não corria muito, considerando que o motorista e sua equipe estavam passando viagem. Não havia pressa. Não, de maneira alguma. Eles tinham todo o tempo do mundo. Enquanto ela repousava, levemente e com todo carinho, sua mão esquerda sobre a direita dele ao volante, conversavam felizes e amorosamente. Ao mesmo tempo em que se ouvia uma música alegre que vinha do som do veículo.
Era uma agradável e fresca tarde do outono sul-mato-grosensse. Pelas janelas abertas, tanto pelo motorista quanto pela passageira, entra uma brisa suave outonal, que batia no rosto de ambos, e, principalmente no da mulher – uma bela mulher morena na casa dos sessenta anos – esvoaçando seus cabelos pretos enquanto deixava à mostra um par de olhos vivos e cheios
Caríssimos leitores, não se preocupem nem se assustem, não! E nem fiquem arredios ao meu texto por conta do título. Por favor, não. Não é nada sério sobre doenças ou problemas de saúde, visto que essa temática não faz meu gênero e só constitui meu cotidiano se para um causo que traga humor, leveza e otimismo. Além do mais, considerando essa pandemia porque estamos passando, eu não gostaria de enfatizar o tema. Deem-me crédito e leiam o que vem a seguir.Na verdade, trata-se de um causo muito hilário (segundo contorno-me uma grande amiga enquanto ria sem parar e sem pudor) que aconteceu em agosto de 2017, em uma clínica de São João Del Rei – a Cidade dos Sinos.No dia de agosto daquele ano, a sala de espera da tal clínica era abarrotada de pacientes que se submeteriam a um procedimento cirúrgi
O valor de uma cervejinha...Após uma semana produtiva, em que compus nada menos que três poemas, resolvi sair no fim de uma agradável tarde de quinta-feira, de setembro de 2017, para arejar, caminhar um pouco, ver, ouvir e observar as pessoas, apreciar as igrejas, ver as lojas, olhar os bares, "namorar" com os olhos como mulheres... enfim, viver o barulho e o movimento da vida e até, quem sabe, tomar uma cervejinha, ou melhor, saborear com saber e sabor a vida enquanto o mundo vive...Depois de caminhar a esmo, satisfazendo o prazer dos sentidos e sentindo prazer nos sentidos, parei e adentrei
.Meus caros leitores, hoje vem apresentar um tema fascinante: o amor, a paixão e o tesão que envolve, ou melhor, que envolvia os casais nos anos 60 e 70 do século passado.Ou tempo? Ou ano de 1.968 – boom dois Anos Rebeldes.Ou lugar? Uma pacata e longínqua cidadezinha lá para as bandas do Centro Oeste – no interior deste imenso e fantástico Brasil.Os personagens? Um casal tremendamente apaixonado.Vocês são protagonistas? O namorado e sua namorada – Jovem adolescente dois.Como os personagens e eu faz parte da mesma geração, deixo, nesta minha crônica, sensações, impressões e pontos de vista baseados na percepção pessoal da realidade da época!Todo homem e toda mulher da nossa geração – que foram saudáveis e cheios de vida – sabe que nos idos anos 60
A primeira vara da infância e da juventudeLembro-me como se fosse hoje: éramos quatro filhos; eu, o caçula; acima de mim havia três: um irmão, depois minha irmã e então o mais velho de todos.Eu era um traquinas. Um autêntico moleque! Aprontava todas e, por isso, claro, levava surras homéricas, tanto de minha mãe quanto de meu pai (estas as piores, mais dolorosas e que muitas vezes deixavam cicatrizes), mesmo assim eu era um reincidente contumaz. Estava no DNA... Logo, apanhava com frequência.Pois bem, num belo dia, e hoje já não me recordo se era de manhã ou de tarde, após brincar até a exaustão no quintal com meu irmão mais velho, voltei para casa e fui atrás de mamãe, pois sentia fome. Chamei por ela e nada. Silêncio na casa. Então subi correndo a escada, pulando os degraus até seu quart
A Figura na Janela Lá estava ela: mais uma vez debruçada à janela... um olhar absorto, de quem vaga como quem divaga ao léu, para a comprida rua que caminha para além do horizonte...até se encontrar com o céu. Não, não se trata simplesmente de estar à toa na janela de sua casa. Não! É algo maior, para além do acaso... mais profundo, portanto. É a própria espera no afã de seus sonhos ocultos na magia daquela cena perfeita – como a pintura em que Salvador Dali retrata sua irmã – Ana Maria, perscrutando o mar ao fundo: A Figura na Janela. Perfeitas as duas imagens. Uma, aqui, em minha imaginação, em busca do real; a outra, acolá, na tela e na estética de um gênio da pintura surreal, mas ambas as mulheres
A turma do fundão Eu sempre fui da turma do fundão. Sempre! É como se fosse um eterno pertencimento entre mim e aquele lugar lá do fundo, e vice-versa. Um permanente namoro desses para toda a vida... Sempre foi assim, acho que desde o Big Bang... sim, já nos primeiros dias de escola, lá no maternal... sei lá, só sei que na primeira aula, lá estava eu – resoluto – determinado a fazer parte daquela panelinha, daquele apaixonante e atraente espaço: a turma do fundão. Parecia, para mim, que o restante da sala não existia! Eu só via aquele mundo lá! Havia uma sensualidade latente no fundo que sempre me atraía, que me puxava para acolá. Um místico e fortíssimo encontro de Yin & Yan ali se
Estou em Cuiabá desde 11 de setembro. Vim passar uns dias com minha namorada, Telma. Não sei se é pela companhia dela e por estarmos nos curtindo intensamente, não sei se é pelo calor ao qual não estou acostumado – que aumentou muito e até recordes bateu neste setembro que terminou e neste início de outubro – não sei se é pela alegria e pelo prazer em conhecer esta agradável e linda cidade Verde, pois é... Não sei se é por tudo isso que não conseguia escrever! Isso mesmo. Não produzia uma poesia ultimamente, somente algumas Crônicas. Poucas. Não sei por que ocorre este vazio. Sei sim, que andava pobre de inspiração, escrevia muito pouco, quase nada e, quando isso acontece, principia em mim uma angústia, uma dolorosa sensação de perda... Essa in&e
A sabedoria do povo poderia ser transformada em livros de filosofia, de sociologia, de autoajuda, de psicologia, enfim, um grande esforço deveria ser feito por romancistas, psicólogos, estudiosos, filósofos, sociólogos e intelectuais para que essa fecunda escola da vida fosse sempre retratada em obras literárias.Sim, não tenho dúvidas de que é no cotidiano do povo que se encontram grandes ensinamentos para se viver e viver bem. O Universo é a Universidade; a vida, as aulas e o povo, seus mestres.Era o ano de 2017, em uma bela manhã de primavera, bem cedo, enquanto fazia minha caminhada matinal, acompanhado de minha irmã. Falávamos, andando, sobre ‘abobrinhas’, considerando que o horário e o motivo de estar ali naquele espaço e momento são adequados a diálogos despretensiosos, sem nenhum compromisso com nada, senão uma terapi