Capítulo 65
As pupilas de Bruno estavam escuras, e seu corpo tremia.

Seu olhar atravessou a multidão agitada, percorrendo todo o espaço da sala até encontrar o meu.

Vi sua mão ao lado do corpo lentamente se fechar, como se tivesse ouvido algo inacreditável, e ele me olhou de forma atônita, como se nunca tivesse me conhecido.

Sorri para ele, lágrimas cristalinas escorrendo pelos cantos dos meus olhos, e o chamei:

— Bruno, eu te odeio!

Eu fui empurrada de um lado para o outro, meu corpo já não tinha mais sensibilidade, e tudo o que passava pela minha mente eram as pequenas lembranças de mim e Bruno.

No passado, eu gostava tanto de fazer manha para ele. Quando estávamos juntos, eu me esfregava nele como um gatinho, insistindo para chamá-lo de marido. Eu ficava corada, pedindo que ele me beijasse, que me amasse.

Eu o amava, e estava disposta a dar tudo de mim para ele.

Minhas lágrimas caíram, e Bruno, no fim, não pôde se conter e veio em minha direção a passos largos.

Ele deu um chut
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