Capítulo 72
Bruno não veio atrás de mim; ele tinha algo mais importante para fazer.

Gisele ainda o esperava.

Nelson e eu nos despedimos em frente à porta do centro de detenção, e quando me virei, ele me chamou:

— Ana.

Olhei para trás e vi sua mandíbula afiada tensa, com seus belos olhos escondidos sob a aba do boné.

Hesitei por um momento, e um sorriso suave se espalhou pelo meu rosto.

— Desta vez, devo muito a você. Quando essa confusão acabar, vou te convidar para jantar. Só não sei se você, com sua agenda lotada, terá tempo.

— Claro, terei sim. — Seus olhos brilharam, e a voz era suave.

Sorri, compreendendo.

— Ótimo, então tem que vir. Traga seus amigos também, eu pago.

— Não te ajudei por causa desse jantar. — Ele balançou levemente a cabeça, com uma pitada de resignação na voz.

— Claro que sei disso. Caso contrário, não teria sido você a pessoa em quem pensei quando precisei de ajuda. Você me ajudou muito, e eu realmente quero te agradecer.

Nelson pareceu perceber minh
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