Minha expressão envergonhada fez Bruno se sentir constrangido. No entanto, ele decidiu ignorar tudo e insistir em me provocar.— Ter uma esposa tão sedutora também não é algo bom. — Disse, enquanto continuava com suas carícias. Ele começou de novo, e eu rapidamente segurei sua mão. — Estou no meu período, não é conveniente... A menos que você queira...Seus movimentos pararam de imediato, e sua mão mudou para acariciar suavemente minha barriga.— Está doendo? — Ele baixou o olhar para mim, e seus traços, normalmente firmes, estavam agora tomados por uma suavidade incomum, com seus olhos revelando um cuidado genuíno.Bruno, desse jeito, era realmente muito gentil. Embora eu não estivesse menstruada, seus movimentos eram tão delicados que realmente me faziam sentir conforto.— Quando a Gisele está menstruada, a dor é tão forte que nem os remédios funcionam. Só quando aqueço para ela é que se sente um pouco melhor.Dor. O vento do lado de fora, passando pela janela, me fez sentir uma
Eu mal tinha empurrado Bruno para fora do quarto quando Gisele bateu à porta. Mas sua batida não foi um gesto educado de cortesia. Antes que pudéssemos sequer nos afastar, ainda entrelaçados pelo último beijo, ela já havia invadido o quarto.— Irmão.Seu rosto estava pálido, o corpo todo tremendo, com uma expressão de puro pânico, olhando ao redor como se procurasse por perigo. No instante seguinte, como se tivesse sido encurralada, ela se espremeu entre mim e Bruno, usando tanta força que me empurrou contra a parede. — Irmão, sonhei que meu braço estava sangrando muito, doía tanto! Eu ouvi alguém dizer que ia me matar.A cama do quarto de hóspedes era dura, mas encontrei uma boa posição para assistir àquela cena, quase como se estivesse assistindo a uma peça teatral. Achei tudo engraçado. Ela mesma havia armado essa farsa e se colocava no papel de vítima. Se Gisele estava mesmo atormentada por pesadelos, como Bruno acreditava, certamente era resultado de suas próprias culpas.Se
Bruno parecia ter esquecido que Gisele ainda estava dormindo na cama. Ele fechou a porta do quarto com força. No entanto, não fazia muita diferença, pois Gisele nem estava dormindo de verdade; desde o momento em que entrei no quarto, percebi que ela estava acordada. Ela mantinha os olhos fechados, mas suas pálpebras tremiam sem parar. Não sabia se era por raiva ou por algum outro motivo, e preferi não adivinhar; fosse qual seja a emoção que ela sentia, não me importava. Eu e Bruno não fazíamos amor havia cinco dias, e o desejo, que vinha sendo reprimido, explodiu naquela noite sem qualquer contenção. Aos poucos, fui perdendo a consciência com os movimentos dele, que se tornavam cada vez mais intensos......Na noite de sexta-feira, eu tinha marcado um encontro com Úrsula Cunha. Úrsula era minha cliente, uma atriz que havia se afastado do mundo do entretenimento havia três anos. Quando assumi o caso, já era a segunda vez que Úrsula apelava para o divórcio. Na primeira vez, o div
Após Ursula postar suas últimas atualizações no estúdio, o nome de Ana foi duramente atacado, se tornando o mais comentado.“Advogados só querem dinheiro, aceitam o caso de qualquer um!”“Que morram os traidores, que todos os sem moral sejam cercados de amantes!”“Mas é a Ursula, meu ídolo de infância. Se fosse eu, também aceitaria ser amante!” “Morre, Ursula! Ela não merece nem de longe o meu ídolo!”... Havia todo tipo de comentário na internet.Eu não cheguei a acessar a internet; quem me contou sobre o assunto foi Karina, que eu não via havia tempos. Ela parecia muito preocupada comigo, talvez pensando que eu tinha reatado com Bruno. Suas últimas interações haviam sido um tanto frias, e parecia querer restaurar nossa amizade. Ela até transferiu dois seguranças da família Henriques para me proteger, dizendo que era para prevenir qualquer eventualidade.— Obrigada, mãe. Que eles me esperem no Escritório de Advocacia X. Eu já estou indo para lá.Ao voltar para o escritório, conve
Virei a cabeça e olhei para ele com um olhar inocente, despreocupada, perguntando: — Por que mencioná-lo? Então fiz uma expressão como se tivesse compreendido de repente: — Da próxima vez, sou eu que vou te proteger? Estendi a mão e belisquei a ponta do nariz de Bruno, imitando o jeito que ele costumava fazer comigo. Bruno, no entanto, não era tão paciente. Ele agarrou minha mão de repente, levando-a até seus lábios, e mordeu levemente, deixando uma marca redonda e precisa nas costas da minha mão.Bruno riu: — Nem conseguiu desviar disso, e ainda quer me proteger!Eu ri, mexendo o pulso. A marca de dentes, apesar de pequena e regular, parecia queimar como se tivesse sido tocada por ácido sulfúrico. Embora ele não tivesse mordido com força, a impressão ficou profundamente marcada na minha pele, fazendo meus músculos repuxarem, e meu braço inteiro começou a tremer.Em minha mente, sabia que isso parecia um gesto de um casal apaixonado, mas no fundo, eu tinha plena consciênc
No fim, não fomos à delegacia. Mas além de beijar, não fizemos mais nada. Hoje, Gisele não foi à escola, ficou em casa sozinha com o irmão, mas acabou sendo interrompida pela própria mãe. Bruno saiu para me encontrar, e a Gisele estava visivelmente irritada. Durante o jantar, ela batia os talheres com força, e não conseguiu conter o desabafo à mesa. — Ana, meu irmão já está cansado todos os dias. Será que você pode parar de atrapalhar? Se você quer trabalhar, isso é problema seu, mas você é esposa dele. Pode, por favor, parar de tornar a vida dele, que já é difícil, ainda mais exaustiva? Eu estava prestes a pegar o prato, mas recolhi a mão. Com a mão esquerda, esfreguei a tigela morna, e, relutante, a coloquei de volta na mesa. Bruno estreitou os olhos levemente e também colocou o prato de lado. Todo mundo queria paz em família. Mesmo que houvesse discussões, colocá-las à mesa tendia a estragar o clima de todos. Esse tipo de comportamento era totalmente inaceitável na
Enquanto discutíamos, percebi que, sem querer, acabei levando isso a sério. Ao lembrar dos últimos quatro anos, cada momento que passei com Bruno, cada cena, tinha a presença de Gisele.Antes, eu lembrava do meu lugar, mantendo a compostura, sem lutar, sem competir. Até na intimidade, qualquer tentativa de ser mais ousada era barrada pela reserva que mantinha dentro de mim, uma espécie de timidez enraizada, o que não surtia nenhum efeito de sedução.Mas agora... Agora eu lutei, agora eu competi, e mesmo assim o coração dele não estava comigo. Era frustrante.Esse sentimento era tão pequeno que eu mal conseguia falar em voz alta, de vergonha de mim mesma. Afinal, por quanto tempo eu "dominei" Bruno?Não! Não era dominação!Apenas aproveitei o tempo em que Gisele não queria Bruno, e foi nesse intervalo que ele vinha secretamente para ficar comigo, para se deitar comigo!Segurei minha cabeça com uma das mãos, sentindo a dor latejar, e minha voz saiu carregada de tristeza, sem a necessid
Eu me sentei sobre a cintura de Bruno, olhando para ele de cima. Seu pomo de Adão subia e descia, e o desejo em seus olhos estava claro, mas ele não tinha pressa.Sob a luz suave da lua, suas mãos firmes seguravam minha cintura, enquanto me observava de todos os ângulos, como se estivesse admirando seu brinquedo mais precioso. Seus olhos negros, profundos como buracos negros, absorviam o brilho das estrelas. Nossos olhares se encontraram, e eu perguntei:— Você quer de novo?— Certo... — Ele soltou um leve suspiro, seguido de um sorriso discreto. — Cada segundo.No instante seguinte, ele envolveu minha cintura com uma das mãos e me puxou para seu peito, beijando-me com uma paixão crescente. Ambos estávamos começando a perder o controle.Comparado aos quatro anos frios de casamento que vivemos, o momento atual se parecia muito mais com uma fase de paixão intensa, como a dos tempos de juventude. Nossos corpos, desejosos um do outro, eram como papoulas viciantes, prontos para se entreg