Apesar de Elisa não admitir a Alejandro, por um momento ela quis ser tomada nos braços por ele e esquecer tudo, até o próprio nome. Já passava das três da madrugada quando decidiram ir embora para casa. Os seguranças foram pegar o carro, e os ficaram na porta do cassino. Alejandro a abraçou, ela sentia frio, de repente ouviram um barulho e um carro vindo em alta velocidade em sua direção. Mais uma vez, o instinto de uma Toscano tomou conta dela, fazendo-a lembrar como se fez presente dentro do cassino, e ela puxou a arma que Alejandro carregava nas costas, e foi até o meio da rua, mesmo a contra gosto dele. Parou em frente ao carro, onde havia dois homens encapuzados. Ela mirou no motorista e atirou, acertando-o precisamente. Viu o carro bater alguns metros adiante, e apesar de estar tremendo dos pés à cabeça, sentiu que tinha matado aquele homem. Alejandro veio até ela e a abraçou, enquanto Juan e dois seguranças se aproximaram do carro. O homem do passageiro tentou fugir, mas Ju
Ele cortou o beijo, os dois já estavam ofegantes:— Não faça isso, Eli. Você sabe o que eu sinto por você, minha loirinha pimenta. — disse Alejandro.— Não gostou do meu beijo, eu sabia que era um erro. — ela respondeu com tristeza.Ignorando o arrependimento dela, Alejandro a puxou para si e a beijou com força. Um desejo incontrolável tomou conta dele enquanto ela mordia seu lábio, deixando um gosto de sangue em sua boca. Elisa, então, se transformou, pulando em seu colo. Alejandro a segurou pela bunda e intensificou o beijo, ele a beijava com urgência e desespero e com medo que tudo fosse um sonho lindo e perfeito.O beijo não foi delicado; ela parecia uma fera recém-solta de uma jaula. Alejandro ficou surpreso, nem parecia que era sua primeira vez, pelo menos ele acreditava que era sim, sua primeira vez. Ainda com ela em seus braços, Alejandro deu várias mordidas em seu pescoço, e ela rasgou a camisa dele.Alejandro interrompeu o beijo e a encarou. Elisa ofegava, com as maçãs do ro
Naquela noite, a tranquilidade reinava, algo que não experimentavam havia muito tempo. Após o jantar, Alejandro se dirigiu ao escritório, assim como seu avô e sogro foram. Apesar da escuridão que a falta de memória trazia em alguns momentos, Elton estava determinado a descobrir quem havia ordenado a dizimação de sua família e o assassinato de sua esposa. Em meio a esses pensamentos, recordou-se de que haviam tido embates diretos com os Sánchez, mas começou a considerar a possibilidade de que o verdadeiro inimigo fosse os Capuleto, já que uma grande parte de suas posses havia sido transferida para eles. — Será que foram eles? — questionou Elton, com um tom de desconfiança. — Não duvido, porque matei um deles no Brasil, quando levei Elisa lá — respondeu Alejandro, lembrando de um episódio passado. — Droga, minha pasta tinha muitos documentos importantes lá — lamentou-se Elton, frustrado pela perda. — A pasta está com a Elisa, mesmo o Vincenzo querendo levá-la com ele — explicou Al
— Estão cheios de gracinhas vocês dois, não é? — comentou Elisa.— Calma, amor. — tentou acalmar Alejandro.— Vamos logo, antes que mostre um pouco do que tenho aprendido com meu pai a vocês. — ameaçou ElisaQuando entraram no refeitório, estava lotado, e encontrar uma mesa seria difícil. Duas garotas da sala faziam sinais para Juan, que praticamente arrastou Eli consigo, enquanto Alejandro ria da situação:— Oi, Juan. — cumprimentou Catarina.— Oi, Cat, tudo bem? — respondeu Juan.— Melhor impossível. — respondeu ela, animada.— Você já conhece a Bianca, Ale? — perguntou Catarina.Ouvindo-a chamar seu amor pelo apelido, Elisa sentiu o sangue ferver. Colocou-se na frente das duas, sentou-se à mesa e fez uma cara de psicopata, com um sorriso de lado:— Já estamos na metade do semestre e você vem com essa pergunta idiota. Me responde uma coisa, qual intimidade você tem com Alejandro, para chamá-lo por apelido? — questionou Elisa, de forma intimidadora.— É que nós já... — tentou explica
— Alejandro levante-se. — gritava seu pai.Era assim que no futuro ele queria ser o herdeiro direto de seu pai e continuar a linhagem González como “Dom”. Ele precisava se esforçar muito mais para ser metade do que o pai ou o avô eram:— Papai, estou cansado. Não fui à escola hoje. Tinha prova e já passa do meio-dia e eu nem tomei café. — pediu Alejandro cansado.— Você só vai comer depois de terminar o treino. Ou prefere que eu treine com Pietra? — falou seu pai com desdém.— Papai, Pietra só tem cinco anos. Ela é um bebê! — respondeu Alejandro em choque.— E você tem doze, um garoto que precisa ser forte e frio, não amar ninguém. Amar é ser fraco. Responda, vai continuar ou não?! — ordenou seu pai.— Vou, papai. Depois posso comer? — perguntou Alejandro sentindo todo o corpo doer e a barriga roncar.Cada soco que Alejandro recebia dos homens de seu pai lhe dava vontade de chorar. Ele era apenas um garoto que desejava ser normal, sem todas aquelas regras de uma família da máfia. Mas
Elisa estava naquele novo país por causa do que havia acontecido com seu pai Elton. Após o assassinato dele, Elisa não entendia o motivo, mas sua mãe sabia, e sempre desconversava. Foi então que decidiram fugir para o México. Sua mãe disse-lhe que precisavam partir do Brasil, e com a ajuda de sua madrinha, chegaram ao México. Agora, ela estava ali com seu padrinho, que era professor universitário e o ajudou a obter uma bolsa de estudos. Era seu primeiro dia na faculdade, não conhecia ninguém, e havia aquele rapaz com tatuagens por todo o corpo e olhos verdes, parecendo um assassino, que não parava de olhá-la. Elisa tremia com aquele olhar em sua nuca, pois sentia como se sua pele estivesse queimando.As aulas passavam rapidamente e, ao final delas, Elisa colocou seus fones de ouvido, ouvindo a música "Wishmaster" do Nightwish. Ela saiu correndo, determinada a não perder o ônibus.Quando estava prestes a chegar ao ponto, um barulho alto e intenso cortou o ar, assemelhando-se a um tiro.
— Então é aqui que você está, meu neto. — exclamou Dom Pietro.— Oi, vô. Será ela. — falou Alejandro sorrindo.— Será ela o quê? — perguntou o Dom curioso.— Minha noiva! — indagou Alejandro.— Você enlouqueceu, Alejandro? — perguntou o Dom levemente impaciente.— Ela é herdeira. Eu tenho que escolher, então escolho ela. — pediu Alejandro, olhando Elisa dormir.— De qual família? — perguntou o Dom com curiosidade onde aquela conversa iria.— Toscano. É sobrinha da mamãe, que, aliás, está preocupada com o tio que não dá notícias há dois meses. — explicou Alejandro.— É isso mesmo, Alejandro? — perguntou o Dom sem muita segurança o que Alejandro dizia.— Sim. Ela faz parte da família, então será ela daqui a três anos. — exclamou Alejandro com pensamentos nunca tido, olhando para Elisa.— Se você não fosse meu herdeiro e ela não fosse sobrinha da sua mãe, eu te daria umas boas palmadas agora mesmo. Preciso resolver essa situação, e ela não pode sair daqui. Preciso saber do Elton. — falou
— Seria assim tão ruim, Elisa, se casar comigo? Eu sou seu noivo, e daqui a duas semanas serei seu marido. Dom Pietro, eu não quero esperar os três anos. Vamos nos casar em duas semanas. Minha Elisa, você não pode contestar, não pode reclamar, porque quem manda aqui é o seu noivo, o seu futuro marido. Então, tudo o que eu disser você terá que aceitar. Estamos entendidos! — ordenou Alejandro sem emoção alguma.— Nunca, Alejandro! Você pode até me levar ao altar, casar-se comigo, mas nosso casamento nunca será consumado. Será um casamento de fachada, uma conveniência. Você nunca me tocará. — gritou Elisa indo até ele e se encarando os dois. — Então, se é assim que você quer ter uma esposa, apenas como um troféu, é assim que será. Tia, por favor, em outro momento, eu gostaria de saber mais sobre a família do meu pai e o que aconteceu com minha mãe. Poderia me contar em outro momento, por favor. Agora, eu preciso dormir. Sinto-me muito cansada. — por fim concluiu Elisa.— Claro, meu amor.