— Então é aqui que você está, meu neto. — exclamou Dom Pietro.
— Oi, vô. Será ela. — falou Alejandro sorrindo. — Será ela o quê? — perguntou o Dom curioso. — Minha noiva! — indagou Alejandro. — Você enlouqueceu, Alejandro? — perguntou o Dom levemente impaciente. — Ela é herdeira. Eu tenho que escolher, então escolho ela. — pediu Alejandro, olhando Elisa dormir. — De qual família? — perguntou o Dom com curiosidade onde aquela conversa iria. — Toscano. É sobrinha da mamãe, que, aliás, está preocupada com o tio que não dá notícias há dois meses. — explicou Alejandro. — É isso mesmo, Alejandro? — perguntou o Dom sem muita segurança o que Alejandro dizia. — Sim. Ela faz parte da família, então será ela daqui a três anos. — exclamou Alejandro com pensamentos nunca tido, olhando para Elisa. — Se você não fosse meu herdeiro e ela não fosse sobrinha da sua mãe, eu te daria umas boas palmadas agora mesmo. Preciso resolver essa situação, e ela não pode sair daqui. Preciso saber do Elton. — falou o Dom com descaso e irritação. — Vou com o senhor. A casa é grande, e estará cheia de seguranças. Preciso encontrar minha tia também. — falou Alejandro acompanhando o Dom. Depois que Alejandro e Dom Pietro saíram, Elisa ficou desesperada. E perguntas povoavam sua mente. “Quem são eles?” “Como conhecem meu pai?” “E eu, sendo parte da família, de que família estão falando?” “Como vou sair daqui?” Elisa tentou se levantar, mas a porta foi aberta novamente. Fechou os olhos, ninguém disse nada, mas de repente ela ficou fraca e um sono repentino a tomou. Ela pensou que eles tinham injetado alguma substância. Elisa nem percebeu que estava com um acesso... Alejandro olha para ela, imóvel. Pelo pouco que percebeu hoje, sabe que ela tentaria fugir. Melhor foi ter aplicado essa injeção de Dreamin, assim ela não sairá da casa. Ele deixa o quarto. Precisava descobrir mais sobre ela. Enquanto passava pela cozinha, ouviu os gritos do meu avô: — Quem os matou? — esbravejava o Dom irado. — Se...senhor... — gaguejou o segurança. — Pare de gaguejar e responda. — ordenou o Dom. — Descobriram que ela é herdeira do império italiano, e os Capuleto estão no poder. Portanto, se ela fosse encontrada, era para matá-la. Mas acabaram matando duas mulheres e um homem. — explicou o segurança tremendo de medo. — Quem era? O homem era tio do Alejandro? — perguntou o Dom com uma ira descomunal. — Não, ele era o padrinho da garota. — respondeu o segurança. — Com licença, Dom, o que aconteceu? — perguntou Alejandro entrando na sala. — O ataque não era para você, e sim para a garota. — explicou o Dom esmurrando a parede próxima. — Descobriram, não é, Dom? Mataram o Elton, não é! — perguntou Eline chegando na sala. — Calma, mamãe. — pediu Alejandro abraçando sua mãe. — Meu único irmão... — respondeu Eline aos prantos. — Senhora, as pessoas que estavam na casa eram os padrinhos da garota e sua mãe. O pai dela não estava lá. — explicou o segurança. — Preciso encontrar o Elton, sogro. E a Elisa não pode sair daqui. Filho, sua ideia é a proteção de que ela precisa, e você terá o comando da Itália. — pediu Eline olhando para Dom Pietro. — Hoje serei apresentado e escolherei minha noiva. Bem, já escolhi. — falou Alejandro passando segurança ao Dom — Elisa será minha noiva, e posso me casar com ela hoje. Ela só tem a nós e o tio está desaparecido. Teremos a Itália também. — explicou por fim. Quando Dom Pietro estava prestes a responder sobre o que Alejandro havia dito, o alarme da mansão começou a soar. Eles se prepararam para o ataque até que a porta da sala se abriu e Elisa entrou chutando os seguranças que a seguravam. Ela não parecia abalada pelo tiro que levou mais cedo. — Me soltem! Vocês não podem me manter aqui contra a minha vontade. Por favor, preciso voltar para minha mãe. Ela deve estar preocupada. — reclamou Elisa, tentando se desvencilhar. — Soltem minha sobrinha agora. — gritou Eline com o segurança. — Dom? — perguntou o segurança não se importando com a ordem de Eline. — O que vocês estão esperando? Obedeçam. — ordenou o Dom. Elisa se soltou e parecia acuada, como um animalzinho prestes a ser capturado: — Calma, querida. Eu sou sua tia, irmã do seu pai Elton. — falou Eline tentando tranquilizar Elisa. Quando Elisa ouviu isso, deixou-se cair no chão, chamando pelo pai em meio a lágrimas. Eline foi até ela e a abraçou: — Oi, minha querida. Eu queria ter te conhecido em circunstâncias diferentes. Não se assuste, eu sou irmã do seu pai. Ele deixou a Itália logo depois que eu vim para o México. Ele amava uma italiana, mas devido aos pais, eles foram para o Brasil. Onde está o Elton? Já faz dois meses que não falo com ele. — perguntou Eline. — Oh, o... o... papai morreu há dois meses. — gaguejou Elisa. — Não, meu irmãozinho... — falou Eline deixando as lágrimas caírem. — Preciso voltar para casa. Minha mãe deve estar preocupada comigo. — pediu Elisa. — Oi, Elisa. Precisamos conversar. — falou Alejandro se fazendo presente. — Alejandro, o que você está fazendo aqui? Onde estou? — perguntou Elisa com ira. — Muitas perguntas, minha linda, mas você está em perigo. Não pode voltar, e sua mãe foi assassinada hoje depois do ataque na faculdade, onde você levou o tiro. — explicou Alejandro de forma gelada e indelicadamente. — Mas onde está minha mãe? Preciso saber se ela está bem. E por que esse ataque na faculdade? Eu achei que fosse algum ataque terrorista. — perguntou Elisa se recusando ouvi o que foi dito por Alejandro. — Elisa, tentarei resumir para você. Você vem de uma família poderosa na Itália. Seu sobrenome é Toscano. Eu sei que você não sabia disso. Achava que seu sobrenome era o mesmo da sua mãe, mas na verdade você tem o sobrenome italiano. É a única herdeira da família. Seu pai e minha mãe são os únicos membros vivos da família. Ninguém viria até a casa do Dom para tentar matá-la, já que temos muito poder aqui no México. Mas foram até a sua casa. Infelizmente, sua mãe e seus padrinhos não sobreviveram. Se você estivesse lá, também teria morrido. Por isso, você ficará aqui conosco, terá nossa proteção e, em breve, assumirá o seu lugar como a herdeira Toscano. — indagou Alejandro. — Espere, você está dizendo que minha mãe também morreu? Que agora eu não tenho mais ninguém no mundo? Meu pai morreu, minha mãe morreu, meus padrinhos morreram e eu não tenho mais ninguém? Isso não pode estar acontecendo, não, não, não pode estar acontecendo. — gritava Elisa em desespero. — Acalme-se, minha pequena sobrinha. Você tem a nós. Em breve, será apresentada à família e se casará. Logo, terá a proteção do Dom do México e de toda a família Gonzales. Você é a única herdeira do império italiano. Portanto, terá que se casar com algum aliado, mas você não conhece as nossas regras. Em breve, você entenderá tudo. Já tem um pretendente, e dependendo dele, vocês podem se casar em breve ou daqui a três anos. Isso será decidido por ele. — explicou Eline tentando tranquilizá-la. — Não, tia, isso não pode ser verdade. Eu nem sabia disso. Não conhecia a família do meu pai. Sempre que perguntava, ele desconversava. E agora a senhora está me dizendo que terei que me casar em breve com alguém que nem sei quem é? Serei dada como noiva a ele hoje. Não, tia, isso não pode estar acontecendo. — esbravejou Elisa assustada. — Eu não quero me casar com um estranho, eu quero me casar com alguém que eu ame, não com um estranho. Eu prefiro morrer e ficar junto dos meus pais. — completou Elisa sentando-se no chão em desespero.— Seria assim tão ruim, Elisa, se casar comigo? Eu sou seu noivo, e daqui a duas semanas serei seu marido. Dom Pietro, eu não quero esperar os três anos. Vamos nos casar em duas semanas. Minha Elisa, você não pode contestar, não pode reclamar, porque quem manda aqui é o seu noivo, o seu futuro marido. Então, tudo o que eu disser você terá que aceitar. Estamos entendidos! — ordenou Alejandro sem emoção alguma.— Nunca, Alejandro! Você pode até me levar ao altar, casar-se comigo, mas nosso casamento nunca será consumado. Será um casamento de fachada, uma conveniência. Você nunca me tocará. — gritou Elisa indo até ele e se encarando os dois. — Então, se é assim que você quer ter uma esposa, apenas como um troféu, é assim que será. Tia, por favor, em outro momento, eu gostaria de saber mais sobre a família do meu pai e o que aconteceu com minha mãe. Poderia me contar em outro momento, por favor. Agora, eu preciso dormir. Sinto-me muito cansada. — por fim concluiu Elisa.— Claro, meu amor.
— Alejandro, desgraçado, como você chegou até aqui? — exclama Valentim com a mão no joelho e gemendo de dor.Alejandro pega Elisa em seus braços. Ela chora e treme:— Vou te tirar daqui Elisa, Valentim envie uma mensagem ao seu pai e toda a sua família. A herdeira Toscano foi encontrada e será apresentada à família. Além disso, ela tem a proteção do Dom e será a esposa do futuro Dom, que aqui vos fala. — concluiu Alejandro saindo do recinto.— Alejandro, vamos embora. Por favor, me tire daqui. — pediu Elisa aos prantos nos braços do Alejandro.— Vamos sim, minha noiva. Recado dado, Valentim, e da próxima vez você não ficará vivo. - esbravejou Alejandro.Alejandro saiu com Elisa nos braços e a colocou no banco de trás do carro. Os soldados ficaram na frente, e ele se sentou ao lado dela. Ela não dizia nada, apenas chorava muito enquanto olhava a paisagem pela janela. Ao chegarem, Elisa desceu rapidamente do carro e correu para o quarto.Alejandro olhou para a tristeza em seus olhos des
Todos ficaram calados, e um acordo de proteção foi assinado. Qualquer atentado contra Elisa seria considerado traição. Alejandro percebeu que ela precisava conhecer todo aquele mundo e treiná-la para não ser fraca.Alejandro deu o braço a Elisa, e ela aceitou, deixando todos para trás. Seu avô foi até a mesa dos Capuleto, disse algo e os acompanhou.Minutos depois, deixaram seu avô, sua mãe e a pequena Pietra em casa.— Não desce, Elisa. Podemos dar uma volta? — Alejandro perguntou com expectativa.— Não sei, Alejandro. — respondeu Elisa acanhada.— Quero te conhecer, só um pouco. — pediu Alejandro.— Vá, minha sobrinha. Com ele, você estará bem protegida. — indagou Eline.— Tudo bem, tia. Vamos, Alejandro. — concordou Elisa.— Está com medo de mim? — indagou Alejandro.— Deveria estar? — perguntou Elisa sorrindo.— Não! — respondeu Alejandro friamente.— Então vamos. — falou Elisa colocando o cinto.Alejandro ligou o carro e a levou até a praça Zócalo. Ela parecia calma, observando a
Um mês se passou desde então. Alejandro poderia esperar os próximos três anos para se casar com Elisa, mas ela necessitava de sua proteção e assim seria.Convencê-la não foi tarefa fácil, porém, com a ajuda de Pietra e sua mãe, ela acabou aceitando. O que inicialmente seriam apenas duas semanas de preparação, transformou-se em um mês, garantindo que tudo estivesse perfeito para ela.Agora, Alejandro estava no salão cheio, onde todos do conselho estavam presentes, inclusive os malditos Sanchez. Seu avô designara vinte homens para a mesa deles, prontos para agir caso houvesse qualquer movimento suspeito. Ali, no altar improvisado, ele sentia uma mistura de nervosismo e incerteza. Sabia que aquele casamento seria apenas uma fachada, mas algo dentro de seu peito ardia, questionando se ele realmente desejava que fosse apenas isso, de fachada. Enquanto a marcha nupcial ecoava pelo salão, ele a via adentrar. Por um momento, sentiu-se quase desfalecer ao vê-la entrar de mãos dadas com sua mã
— Tem certeza de que ele acordou depois desses dias?! — perguntou alguém preocupado.— Sim, mas ele não se lembra de nada. — respondeu o médico com tranquilidade.— Nem da filha, que sempre foi o seu maior tesouro?! — indagou ele.— Infelizmente, ainda não. — confirmou o médico.— Vou falar com ele, talvez ele se lembre de algo. — falou alguém.Sua cabeça dói, Elton tenta lembrar quem é, mas não consegue. Se questiona sobre o motivo de estar ali, e sente um aperto no peito a cada respiração. Então, alguém entra no quarto junto com o médico:— Elton, meu amigo, que susto você me deu. — cumprimenta Vincenzo.— Você me conhece? — questiona Elton confuso.— Conheço sim, somos amigos desde o seu casamento com a Eliana. — responde Vincenzo tentando passar tranquilidade.— Eliana, então sou casado? — indagou Elton com a mão na cabeça.— Sim, é pai de uma bela garota. — esclareceu Vincenzo.— Não consigo lembrar de nada. — falou Elton fazendo caretas.— Não se preocupe, você precisa se recupe
— O que significa isso, Ale? — perguntou Elisa confusa. — Eli, o tio está vivo. Ele perdeu a memória depois de quase morrer. — começou Alejandro a explicação. — Não acredito, isso é verdade? — perguntou ela, olhando para a tela do celular. — Sim, minha linda. Vincenzo o encontrou e cuidou dele. — explicou ele pegando nas mãos dela. — Onde ele está? Preciso ver meu pai. Só sobrou ele comigo. — questionou Elisa eufórica. — E eu, a mamãe, Pietra? — falou Alejandro com o semblante triste. — Desculpe, você entendeu, meu bem. Onde ele está? — perguntou ela acariciando o rosto dele. — Aqui, mas... — indagou Alejandro — Mas o quê? Me deixe ve-lo. — pediu ela. — Você vai, Eli, mas como eu disse, ele está sem memória. — explicou Alejandro. — Não, por quê? — questionou ela em choque. — Ele quase morreu. Vamos descer, vem vê-lo. — falou Alejandro pegando na mão dela. — Aí, agora fiquei nervosa. — falou ela emocionada. — Boba, vem. — falou Alejandro brincando com ela. Elisa trocou a
Desde que Elisa conheceu Alejandro, ele só a ajuda e a protege. O cassino nunca foi parte de sua vida, mas é da dele. O que lhe custaria fazer algo por ele, então decidiu ir. Ele ficou muito feliz e seus olhos brilharam, deixando-a confusa. Elisa queria blindar o próprio coração e resistir à paixão, mas com ele sendo tão atencioso, estava cada vez mais difícil resistir ao desejo de beijá-lo. Após tomar um banho, Alejandro saiu do banheiro com uma toalha e seguiu para o closet. Em suas costas, tinha uma enorme tatuagem de um dragão chinês e o brasão da família, que chamou a atenção da Elisa, fazendo-a perder-se na contemplação até que ele a chamou: — Eli! — chamou ele. — An, oi. — respondeu ela absorta em seus pensamentos. — Gosta do que vê esposa? — brincou ele.— O que? — respondeu ela sem pensar. — Estou falando com você e você nem responde. — indagou Alejandro.— Desculpe, o que quer? — perguntou Elisa. — Já pode ir tomar banho. — falou ele. — Ah, certo. — indagou ela indo p
Apesar de Elisa não admitir a Alejandro, por um momento ela quis ser tomada nos braços por ele e esquecer tudo, até o próprio nome. Já passava das três da madrugada quando decidiram ir embora para casa. Os seguranças foram pegar o carro, e os ficaram na porta do cassino. Alejandro a abraçou, ela sentia frio, de repente ouviram um barulho e um carro vindo em alta velocidade em sua direção. Mais uma vez, o instinto de uma Toscano tomou conta dela, fazendo-a lembrar como se fez presente dentro do cassino, e ela puxou a arma que Alejandro carregava nas costas, e foi até o meio da rua, mesmo a contra gosto dele. Parou em frente ao carro, onde havia dois homens encapuzados. Ela mirou no motorista e atirou, acertando-o precisamente. Viu o carro bater alguns metros adiante, e apesar de estar tremendo dos pés à cabeça, sentiu que tinha matado aquele homem. Alejandro veio até ela e a abraçou, enquanto Juan e dois seguranças se aproximaram do carro. O homem do passageiro tentou fugir, mas Ju