— Tem certeza de que ele acordou depois desses dias?! — perguntou alguém preocupado.— Sim, mas ele não se lembra de nada. — respondeu o médico com tranquilidade.— Nem da filha, que sempre foi o seu maior tesouro?! — indagou ele.— Infelizmente, ainda não. — confirmou o médico.— Vou falar com ele, talvez ele se lembre de algo. — falou alguém.Sua cabeça dói, Elton tenta lembrar quem é, mas não consegue. Se questiona sobre o motivo de estar ali, e sente um aperto no peito a cada respiração. Então, alguém entra no quarto junto com o médico:— Elton, meu amigo, que susto você me deu. — cumprimenta Vincenzo.— Você me conhece? — questiona Elton confuso.— Conheço sim, somos amigos desde o seu casamento com a Eliana. — responde Vincenzo tentando passar tranquilidade.— Eliana, então sou casado? — indagou Elton com a mão na cabeça.— Sim, é pai de uma bela garota. — esclareceu Vincenzo.— Não consigo lembrar de nada. — falou Elton fazendo caretas.— Não se preocupe, você precisa se recupe
— O que significa isso, Ale? — perguntou Elisa confusa. — Eli, o tio está vivo. Ele perdeu a memória depois de quase morrer. — começou Alejandro a explicação. — Não acredito, isso é verdade? — perguntou ela, olhando para a tela do celular. — Sim, minha linda. Vincenzo o encontrou e cuidou dele. — explicou ele pegando nas mãos dela. — Onde ele está? Preciso ver meu pai. Só sobrou ele comigo. — questionou Elisa eufórica. — E eu, a mamãe, Pietra? — falou Alejandro com o semblante triste. — Desculpe, você entendeu, meu bem. Onde ele está? — perguntou ela acariciando o rosto dele. — Aqui, mas... — indagou Alejandro — Mas o quê? Me deixe ve-lo. — pediu ela. — Você vai, Eli, mas como eu disse, ele está sem memória. — explicou Alejandro. — Não, por quê? — questionou ela em choque. — Ele quase morreu. Vamos descer, vem vê-lo. — falou Alejandro pegando na mão dela. — Aí, agora fiquei nervosa. — falou ela emocionada. — Boba, vem. — falou Alejandro brincando com ela. Elisa trocou a
Desde que Elisa conheceu Alejandro, ele só a ajuda e a protege. O cassino nunca foi parte de sua vida, mas é da dele. O que lhe custaria fazer algo por ele, então decidiu ir. Ele ficou muito feliz e seus olhos brilharam, deixando-a confusa. Elisa queria blindar o próprio coração e resistir à paixão, mas com ele sendo tão atencioso, estava cada vez mais difícil resistir ao desejo de beijá-lo. Após tomar um banho, Alejandro saiu do banheiro com uma toalha e seguiu para o closet. Em suas costas, tinha uma enorme tatuagem de um dragão chinês e o brasão da família, que chamou a atenção da Elisa, fazendo-a perder-se na contemplação até que ele a chamou: — Eli! — chamou ele. — An, oi. — respondeu ela absorta em seus pensamentos. — Gosta do que vê esposa? — brincou ele.— O que? — respondeu ela sem pensar. — Estou falando com você e você nem responde. — indagou Alejandro.— Desculpe, o que quer? — perguntou Elisa. — Já pode ir tomar banho. — falou ele. — Ah, certo. — indagou ela indo p
Apesar de Elisa não admitir a Alejandro, por um momento ela quis ser tomada nos braços por ele e esquecer tudo, até o próprio nome. Já passava das três da madrugada quando decidiram ir embora para casa. Os seguranças foram pegar o carro, e os ficaram na porta do cassino. Alejandro a abraçou, ela sentia frio, de repente ouviram um barulho e um carro vindo em alta velocidade em sua direção. Mais uma vez, o instinto de uma Toscano tomou conta dela, fazendo-a lembrar como se fez presente dentro do cassino, e ela puxou a arma que Alejandro carregava nas costas, e foi até o meio da rua, mesmo a contra gosto dele. Parou em frente ao carro, onde havia dois homens encapuzados. Ela mirou no motorista e atirou, acertando-o precisamente. Viu o carro bater alguns metros adiante, e apesar de estar tremendo dos pés à cabeça, sentiu que tinha matado aquele homem. Alejandro veio até ela e a abraçou, enquanto Juan e dois seguranças se aproximaram do carro. O homem do passageiro tentou fugir, mas Ju
Ele cortou o beijo, os dois já estavam ofegantes:— Não faça isso, Eli. Você sabe o que eu sinto por você, minha loirinha pimenta. — disse Alejandro.— Não gostou do meu beijo, eu sabia que era um erro. — ela respondeu com tristeza.Ignorando o arrependimento dela, Alejandro a puxou para si e a beijou com força. Um desejo incontrolável tomou conta dele enquanto ela mordia seu lábio, deixando um gosto de sangue em sua boca. Elisa, então, se transformou, pulando em seu colo. Alejandro a segurou pela bunda e intensificou o beijo, ele a beijava com urgência e desespero e com medo que tudo fosse um sonho lindo e perfeito.O beijo não foi delicado; ela parecia uma fera recém-solta de uma jaula. Alejandro ficou surpreso, nem parecia que era sua primeira vez, pelo menos ele acreditava que era sim, sua primeira vez. Ainda com ela em seus braços, Alejandro deu várias mordidas em seu pescoço, e ela rasgou a camisa dele.Alejandro interrompeu o beijo e a encarou. Elisa ofegava, com as maçãs do ro
Naquela noite, a tranquilidade reinava, algo que não experimentavam havia muito tempo. Após o jantar, Alejandro se dirigiu ao escritório, assim como seu avô e sogro foram. Apesar da escuridão que a falta de memória trazia em alguns momentos, Elton estava determinado a descobrir quem havia ordenado a dizimação de sua família e o assassinato de sua esposa. Em meio a esses pensamentos, recordou-se de que haviam tido embates diretos com os Sánchez, mas começou a considerar a possibilidade de que o verdadeiro inimigo fosse os Capuleto, já que uma grande parte de suas posses havia sido transferida para eles. — Será que foram eles? — questionou Elton, com um tom de desconfiança. — Não duvido, porque matei um deles no Brasil, quando levei Elisa lá — respondeu Alejandro, lembrando de um episódio passado. — Droga, minha pasta tinha muitos documentos importantes lá — lamentou-se Elton, frustrado pela perda. — A pasta está com a Elisa, mesmo o Vincenzo querendo levá-la com ele — explicou Al
— Estão cheios de gracinhas vocês dois, não é? — comentou Elisa.— Calma, amor. — tentou acalmar Alejandro.— Vamos logo, antes que mostre um pouco do que tenho aprendido com meu pai a vocês. — ameaçou ElisaQuando entraram no refeitório, estava lotado, e encontrar uma mesa seria difícil. Duas garotas da sala faziam sinais para Juan, que praticamente arrastou Eli consigo, enquanto Alejandro ria da situação:— Oi, Juan. — cumprimentou Catarina.— Oi, Cat, tudo bem? — respondeu Juan.— Melhor impossível. — respondeu ela, animada.— Você já conhece a Bianca, Ale? — perguntou Catarina.Ouvindo-a chamar seu amor pelo apelido, Elisa sentiu o sangue ferver. Colocou-se na frente das duas, sentou-se à mesa e fez uma cara de psicopata, com um sorriso de lado:— Já estamos na metade do semestre e você vem com essa pergunta idiota. Me responde uma coisa, qual intimidade você tem com Alejandro, para chamá-lo por apelido? — questionou Elisa, de forma intimidadora.— É que nós já... — tentou explica
— Alejandro levante-se. — gritava seu pai.Era assim que no futuro ele queria ser o herdeiro direto de seu pai e continuar a linhagem González como “Dom”. Ele precisava se esforçar muito mais para ser metade do que o pai ou o avô eram:— Papai, estou cansado. Não fui à escola hoje. Tinha prova e já passa do meio-dia e eu nem tomei café. — pediu Alejandro cansado.— Você só vai comer depois de terminar o treino. Ou prefere que eu treine com Pietra? — falou seu pai com desdém.— Papai, Pietra só tem cinco anos. Ela é um bebê! — respondeu Alejandro em choque.— E você tem doze, um garoto que precisa ser forte e frio, não amar ninguém. Amar é ser fraco. Responda, vai continuar ou não?! — ordenou seu pai.— Vou, papai. Depois posso comer? — perguntou Alejandro sentindo todo o corpo doer e a barriga roncar.Cada soco que Alejandro recebia dos homens de seu pai lhe dava vontade de chorar. Ele era apenas um garoto que desejava ser normal, sem todas aquelas regras de uma família da máfia. Mas