Elisa estava naquele novo país por causa do que havia acontecido com seu pai Elton. Após o assassinato dele, Elisa não entendia o motivo, mas sua mãe sabia, e sempre desconversava. Foi então que decidiram fugir para o México. Sua mãe disse-lhe que precisavam partir do Brasil, e com a ajuda de sua madrinha, chegaram ao México. Agora, ela estava ali com seu padrinho, que era professor universitário e o ajudou a obter uma bolsa de estudos. Era seu primeiro dia na faculdade, não conhecia ninguém, e havia aquele rapaz com tatuagens por todo o corpo e olhos verdes, parecendo um assassino, que não parava de olhá-la. Elisa tremia com aquele olhar em sua nuca, pois sentia como se sua pele estivesse queimando.
As aulas passavam rapidamente e, ao final delas, Elisa colocou seus fones de ouvido, ouvindo a música "Wishmaster" do Nightwish. Ela saiu correndo, determinada a não perder o ônibus. Quando estava prestes a chegar ao ponto, um barulho alto e intenso cortou o ar, assemelhando-se a um tiro. Uma dor aguda tomou conta de sua barriga e, ao baixar o olhar, percebeu que sua blusa branca cedera espaço para o vermelho carmim do sangue puro. Nesse momento, os fones de ouvido já haviam sido arremessados longe. Gritos ecoaram ao longe, mas pareciam vozes mecânicas e distantes. Sentindo as pernas fraquejarem, Elisa se ia caindo no chão, até que braços a seguraram. Ela olhou para o rosto da pessoa que a amparava, passando os dedos suavemente por suas feições. Os olhos dele pareciam carregar uma aura sombria, e tudo ao redor foi ficando cada vez mais escuro... CAPÍTULO 3 — Merda, Juan, por que você não me disse que havia homens dos Sanches aqui? Estou desarmado e vim sem seguranças. Meu avô vai ficar furioso. Vamos, corra! — ordenou Alejandro. Alejandro estava sendo emboscado. Seu avô havia sido emboscado, e seu pai não retornara com vida. Agora, eles o queriam. Ah, como ele desejava matá-los. Agora, os inimigos queriam Alejandro, desejando tê-lo em suas mãos. A fúria ardente dentro dele crescia, ansiando por vingança. No meio do caos e do fogo cruzado, Alejandro avistou Elisa correndo desesperadamente. Seu coração se encheu de preocupação e determinação. Alejandro não permitiria que ela sofresse nas mãos dos inimigos. Gritou, implorando para que ninguém a machucasse, mas suas palavras se perderam na cacofonia da batalha. Por um momento, movido pela força da coragem, Alejandro baixou sua guarda e correu em direção a Elisa. Mesmo com Juan tentando impedi-lo, ele não pensou duas vezes. Cada passo era um desafio, enfrentando a violência à sua volta. A determinação em seus olhos refletia a decisão inabalável de protegê-la. Finalmente, ele alcançou Elisa, estendendo seus braços ao redor dela. Chegou a tempo de segurá-la, mas já era tarde. Elisa estava ferida, estava fria quando ele a segurou. Seus corpos se encontraram em meio ao caos, e Alejandro sentiu uma mistura de alívio e angústia. O perigo ainda os cercava, mas ele estava determinado a mantê-la a salvo, custe o que custasse, e não entendia o que estava sentindo naquele momento. O mundo ao redor parecia desaparecer. A batalha, as armas, o perigo iminente... tudo se desvanecia diante da conexão entre Alejandro e Elisa pela primeira vez. Ligou para seu avô: — Alô, neto. O que aconteceu? Já era para estar em casa. — perguntou “Dom” Pietro preocupado. — Vô, fui emboscado. Envie homens. Estou me escondendo perto do refeitório da faculdade. Não olhou ao redor e foi pego de surpresa. Sentiu o cano frio encostar em sua nuca e xingou-se mentalmente: — O futuro Dom com a guarda baixa, não acredito. Meu melhor presente. Vim pegar um, mas acabei encontrando algo muito melhor. Vou empalá-lo na porta de sua mansão, sem sua cabeça, pois será meu troféu na casa dos Sanches. — falou um dos Sanchez. — Terá que ser muito melhor do que isso. Você fala demais. Quem sabe na próxima vez. — falou Alejandro despreocupado. A distração em se vangloriar foi suficiente para Alejandro acertá-lo precisamente no meio da testa. Observou-o cair e, rapidamente, guardou a Glock em sua cintura. Levou Elisa nos braços, pensando em onde a levaria. Foi então que avistou vários carros com o brasão da família estacionando por perto. Sentiu um alívio momentâneo ao reconhecer seu avô descendo de um dos veículos e se aproximando. Um tapa estalado atingiu em cheio seu rosto, o peso da mão de seu avô o Dom Pietro queimando em sua pele. Em seguida, ele o abraçou: — Estava preocupado. Você baixou a guarda. Nunca pode baixar a guarda. E essa moça precisa de um médico. Vamos para a mansão. Venha, Juan está ferido! — falou Dom Pietro se tranquilizando. — Foi apenas de raspão, Dom. Estou bem. A Elisa é que parece estar muito mal. — exclamou Juan segurando o braço. — Elisa? Quem é ela? — perguntou o Dom. — Vô, o médico da família pode cuidar... — perguntou Alejandro preocupado. — Claro que sim. Vamos... — falou o Dom entrando em seu carro. Com a ajuda de seu avô, entraram no carro da família. Em questão de minutos, passaram pelos portões da mansão. Suas roupas estavam manchadas de sangue da Elisa. Ao descer do carro, avistou sua mãe com os olhos lacrimejantes. — Calma, mamãe, esse sangue não é meu! — tranquilizou Alejandro. — Quem é essa moça... Elisa! — falou Eline chocada em como o mundo era pequeno. — Mamãe, você a conhece?! — perguntou Alejandro surpreso. — Meu Deus, não posso acreditar que ela está aqui. — falou Eline emocionada. — Eline, minha nora querida, precisamos levá-la ao médico. — pediu o Dom. — Claro, vamos salvá-la. Depois descobriremos como ela chegou até aqui. — respondeu Eline. Alejandro levou Elisa até o andar de recuperação, que basicamente era um hospital dentro das dependências da casa. No entanto, a reação de sua mãe o deixou desconfiado. Deixou-a aos cuidados do médico e dirigiu-se ao seu quarto para se limpar. Estava extremamente curioso sobre a reação de sua mãe e precisava descobrir o que estava acontecendo. Após trocar de roupa, procurou por Juan, mas o encontrou dormindo depois de ter feito os curativos. Decidiu então procurar sua mãe para que ela pudesse explicar. Encontrou-a chorando no jardim. Desde a morte de seu pai, ela havia parado de chorar, mas hoje as lágrimas fluíam novamente e com força: — Mamãe! — chamou Alejandro. — Oh, meu amor! — respondeu Eline escondendo as lágrimas. — Não adianta enxugar as lágrimas, porque eu já vi, mamãe. — falou Alejandro se aproximando da mãe. — Ah, meu filho, estou feliz, mas preocupada com minha sobrinha. — explicou Eline. — Sobrinha?? — perguntou Alejandro, surpreso e confuso. — Elisa é minha sobrinha. — falou Eline emocionada. — Espere, mãe, não estou entendendo! — perguntou Alejandro querendo respostas. — Vou explicar. Quando seu pai foi para a festa da família e me conheceu, meu irmão estava comigo. Elton deveria assumir a família Toscano, mas acabou se apaixonando por uma garota comum, que não fazia parte do nosso mundo. Quando ela descobriu, eles já estavam profundamente apaixonados, mas ela partiu para o Brasil, tinha medo desse mundo, Elton foi a procura dela, deixando tudo para trás. Elton apenas se comunicava comigo, e eu soube da Elisa. Fiquei feliz, pois sempre a via em fotos que ele me mostrava, vi cada desenvolvimento do anjinho loiro da tia. No entanto, há dois meses não consigo mais falar com Elton, e agora Elisa está aqui. Como ela veio parar aqui? — perguntou Eline chocada com as coincidências: — Mãe, ela estuda na mesma sala que eu, no curso de administração. Hoje foi o primeiro dia dela. — respondeu Alejandro. — Então Elton voltou! — falou Eline feliz. — Não sei, mãe, mas em breve descobriremos. Então ela é minha prima? — indagou Alejandro. — Sim, ela é a herdeira Toscano. — explicou Eline feliz por ter a opção de ver Elton depois de anos. — Ela precisa estar na família? — perguntou Alejandro com ideias em construção em sua cabeça. — Sim, mas como vou lhe contar? E o Elton, preciso falar com meu irmão. — respondeu Eline curiosa sobre seu irmão. — Calma, mãe, tudo se resolverá. — falou Alejandro abraçando sua linda mãe. — E você, está preparado para a apresentação? Terá que encontrar sua noiva! — perguntou Eline. — Ah, mãe, eu realmente preciso disso? — perguntou Alejandro irritado. — Sim! — respondeu Eline enfaticamente. — Posso escolher qualquer uma? — perguntou Alejandro com um sorriso bobo no rosto. — Se for uma herdeira, sim. — explicou Eline. — Inclusive se for a prima? — perguntou Alejandro sorrindo. — Não há impedimento nisso, mas seu avô precisa aprovar. — exclamou Eline. — Então já tenho uma noiva. — indagou Alejandro. — Filho! — falou Eline confusa. — Será ela, mãe. De um jeito ou de outro, falarei com o vô. — exclamou Alejandro saindo. Elisa acordou sentindo uma dor no peito. Olhou ao redor, suas pálpebras pesavam. Onde ela estava? Tentou se levantar, mas a dor aumentava. Precisava descobrir onde estava. Ouviu passos e fingiu estar dormindo. Alguém entrou na sala e se aproximou dele, mexendo em seus cabelos: — Ah, Elisa, quando te vi, senti o ar sendo tirado dos meus pulmões. E agora você está aqui, e descubro que é filha do tio Elton, que nunca conheci. Não posso deixar você ir. — declarou Alejandro, mexendo nos cachinhos dela.— Então é aqui que você está, meu neto. — exclamou Dom Pietro.— Oi, vô. Será ela. — falou Alejandro sorrindo.— Será ela o quê? — perguntou o Dom curioso.— Minha noiva! — indagou Alejandro.— Você enlouqueceu, Alejandro? — perguntou o Dom levemente impaciente.— Ela é herdeira. Eu tenho que escolher, então escolho ela. — pediu Alejandro, olhando Elisa dormir.— De qual família? — perguntou o Dom com curiosidade onde aquela conversa iria.— Toscano. É sobrinha da mamãe, que, aliás, está preocupada com o tio que não dá notícias há dois meses. — explicou Alejandro.— É isso mesmo, Alejandro? — perguntou o Dom sem muita segurança o que Alejandro dizia.— Sim. Ela faz parte da família, então será ela daqui a três anos. — exclamou Alejandro com pensamentos nunca tido, olhando para Elisa.— Se você não fosse meu herdeiro e ela não fosse sobrinha da sua mãe, eu te daria umas boas palmadas agora mesmo. Preciso resolver essa situação, e ela não pode sair daqui. Preciso saber do Elton. — falou
— Seria assim tão ruim, Elisa, se casar comigo? Eu sou seu noivo, e daqui a duas semanas serei seu marido. Dom Pietro, eu não quero esperar os três anos. Vamos nos casar em duas semanas. Minha Elisa, você não pode contestar, não pode reclamar, porque quem manda aqui é o seu noivo, o seu futuro marido. Então, tudo o que eu disser você terá que aceitar. Estamos entendidos! — ordenou Alejandro sem emoção alguma.— Nunca, Alejandro! Você pode até me levar ao altar, casar-se comigo, mas nosso casamento nunca será consumado. Será um casamento de fachada, uma conveniência. Você nunca me tocará. — gritou Elisa indo até ele e se encarando os dois. — Então, se é assim que você quer ter uma esposa, apenas como um troféu, é assim que será. Tia, por favor, em outro momento, eu gostaria de saber mais sobre a família do meu pai e o que aconteceu com minha mãe. Poderia me contar em outro momento, por favor. Agora, eu preciso dormir. Sinto-me muito cansada. — por fim concluiu Elisa.— Claro, meu amor.
— Alejandro, desgraçado, como você chegou até aqui? — exclama Valentim com a mão no joelho e gemendo de dor.Alejandro pega Elisa em seus braços. Ela chora e treme:— Vou te tirar daqui Elisa, Valentim envie uma mensagem ao seu pai e toda a sua família. A herdeira Toscano foi encontrada e será apresentada à família. Além disso, ela tem a proteção do Dom e será a esposa do futuro Dom, que aqui vos fala. — concluiu Alejandro saindo do recinto.— Alejandro, vamos embora. Por favor, me tire daqui. — pediu Elisa aos prantos nos braços do Alejandro.— Vamos sim, minha noiva. Recado dado, Valentim, e da próxima vez você não ficará vivo. - esbravejou Alejandro.Alejandro saiu com Elisa nos braços e a colocou no banco de trás do carro. Os soldados ficaram na frente, e ele se sentou ao lado dela. Ela não dizia nada, apenas chorava muito enquanto olhava a paisagem pela janela. Ao chegarem, Elisa desceu rapidamente do carro e correu para o quarto.Alejandro olhou para a tristeza em seus olhos des
Todos ficaram calados, e um acordo de proteção foi assinado. Qualquer atentado contra Elisa seria considerado traição. Alejandro percebeu que ela precisava conhecer todo aquele mundo e treiná-la para não ser fraca.Alejandro deu o braço a Elisa, e ela aceitou, deixando todos para trás. Seu avô foi até a mesa dos Capuleto, disse algo e os acompanhou.Minutos depois, deixaram seu avô, sua mãe e a pequena Pietra em casa.— Não desce, Elisa. Podemos dar uma volta? — Alejandro perguntou com expectativa.— Não sei, Alejandro. — respondeu Elisa acanhada.— Quero te conhecer, só um pouco. — pediu Alejandro.— Vá, minha sobrinha. Com ele, você estará bem protegida. — indagou Eline.— Tudo bem, tia. Vamos, Alejandro. — concordou Elisa.— Está com medo de mim? — indagou Alejandro.— Deveria estar? — perguntou Elisa sorrindo.— Não! — respondeu Alejandro friamente.— Então vamos. — falou Elisa colocando o cinto.Alejandro ligou o carro e a levou até a praça Zócalo. Ela parecia calma, observando a
Um mês se passou desde então. Alejandro poderia esperar os próximos três anos para se casar com Elisa, mas ela necessitava de sua proteção e assim seria.Convencê-la não foi tarefa fácil, porém, com a ajuda de Pietra e sua mãe, ela acabou aceitando. O que inicialmente seriam apenas duas semanas de preparação, transformou-se em um mês, garantindo que tudo estivesse perfeito para ela.Agora, Alejandro estava no salão cheio, onde todos do conselho estavam presentes, inclusive os malditos Sanchez. Seu avô designara vinte homens para a mesa deles, prontos para agir caso houvesse qualquer movimento suspeito. Ali, no altar improvisado, ele sentia uma mistura de nervosismo e incerteza. Sabia que aquele casamento seria apenas uma fachada, mas algo dentro de seu peito ardia, questionando se ele realmente desejava que fosse apenas isso, de fachada. Enquanto a marcha nupcial ecoava pelo salão, ele a via adentrar. Por um momento, sentiu-se quase desfalecer ao vê-la entrar de mãos dadas com sua mã
— Tem certeza de que ele acordou depois desses dias?! — perguntou alguém preocupado.— Sim, mas ele não se lembra de nada. — respondeu o médico com tranquilidade.— Nem da filha, que sempre foi o seu maior tesouro?! — indagou ele.— Infelizmente, ainda não. — confirmou o médico.— Vou falar com ele, talvez ele se lembre de algo. — falou alguém.Sua cabeça dói, Elton tenta lembrar quem é, mas não consegue. Se questiona sobre o motivo de estar ali, e sente um aperto no peito a cada respiração. Então, alguém entra no quarto junto com o médico:— Elton, meu amigo, que susto você me deu. — cumprimenta Vincenzo.— Você me conhece? — questiona Elton confuso.— Conheço sim, somos amigos desde o seu casamento com a Eliana. — responde Vincenzo tentando passar tranquilidade.— Eliana, então sou casado? — indagou Elton com a mão na cabeça.— Sim, é pai de uma bela garota. — esclareceu Vincenzo.— Não consigo lembrar de nada. — falou Elton fazendo caretas.— Não se preocupe, você precisa se recupe
— O que significa isso, Ale? — perguntou Elisa confusa. — Eli, o tio está vivo. Ele perdeu a memória depois de quase morrer. — começou Alejandro a explicação. — Não acredito, isso é verdade? — perguntou ela, olhando para a tela do celular. — Sim, minha linda. Vincenzo o encontrou e cuidou dele. — explicou ele pegando nas mãos dela. — Onde ele está? Preciso ver meu pai. Só sobrou ele comigo. — questionou Elisa eufórica. — E eu, a mamãe, Pietra? — falou Alejandro com o semblante triste. — Desculpe, você entendeu, meu bem. Onde ele está? — perguntou ela acariciando o rosto dele. — Aqui, mas... — indagou Alejandro — Mas o quê? Me deixe ve-lo. — pediu ela. — Você vai, Eli, mas como eu disse, ele está sem memória. — explicou Alejandro. — Não, por quê? — questionou ela em choque. — Ele quase morreu. Vamos descer, vem vê-lo. — falou Alejandro pegando na mão dela. — Aí, agora fiquei nervosa. — falou ela emocionada. — Boba, vem. — falou Alejandro brincando com ela. Elisa trocou a
Desde que Elisa conheceu Alejandro, ele só a ajuda e a protege. O cassino nunca foi parte de sua vida, mas é da dele. O que lhe custaria fazer algo por ele, então decidiu ir. Ele ficou muito feliz e seus olhos brilharam, deixando-a confusa. Elisa queria blindar o próprio coração e resistir à paixão, mas com ele sendo tão atencioso, estava cada vez mais difícil resistir ao desejo de beijá-lo. Após tomar um banho, Alejandro saiu do banheiro com uma toalha e seguiu para o closet. Em suas costas, tinha uma enorme tatuagem de um dragão chinês e o brasão da família, que chamou a atenção da Elisa, fazendo-a perder-se na contemplação até que ele a chamou: — Eli! — chamou ele. — An, oi. — respondeu ela absorta em seus pensamentos. — Gosta do que vê esposa? — brincou ele.— O que? — respondeu ela sem pensar. — Estou falando com você e você nem responde. — indagou Alejandro.— Desculpe, o que quer? — perguntou Elisa. — Já pode ir tomar banho. — falou ele. — Ah, certo. — indagou ela indo p