— Alejandro, desgraçado, como você chegou até aqui? — exclama Valentim com a mão no joelho e gemendo de dor.
Alejandro pega Elisa em seus braços. Ela chora e treme: — Vou te tirar daqui Elisa, Valentim envie uma mensagem ao seu pai e toda a sua família. A herdeira Toscano foi encontrada e será apresentada à família. Além disso, ela tem a proteção do Dom e será a esposa do futuro Dom, que aqui vos fala. — concluiu Alejandro saindo do recinto. — Alejandro, vamos embora. Por favor, me tire daqui. — pediu Elisa aos prantos nos braços do Alejandro. — Vamos sim, minha noiva. Recado dado, Valentim, e da próxima vez você não ficará vivo. - esbravejou Alejandro. Alejandro saiu com Elisa nos braços e a colocou no banco de trás do carro. Os soldados ficaram na frente, e ele se sentou ao lado dela. Ela não dizia nada, apenas chorava muito enquanto olhava a paisagem pela janela. Ao chegarem, Elisa desceu rapidamente do carro e correu para o quarto. Alejandro olhou para a tristeza em seus olhos desde que saíram daquela casa. Tentava ser indiferente a ela, mas não conseguia. Seus olhos esmeralda eram lindos e o desconcertava. Não sabia por que, mas sentia vontade de ser amável com ela, embora às vezes ela o irritasse. Ele foi para seu quarto, precisando relaxar um pouco, pois algo lhe dizia que essa festa prometia. A tarde passou e a noite chegou. Ele se arrumou, colocando o terno com a gravata vermelha, marca registrada dos González. Ao descer, seu avô já o esperava. Pouco depois, sentiu um perfume diferente. Olhou para a escada e a viu ao lado de sua mãe e sua irmã. Elisa estava deslumbrante para a festa de apresentação. Elisa estava usando um elegante vestido de cetim vermelho, com um caimento perfeito em seu corpo. O vestido tinha um decote sofisticado, realçando sua beleza natural. O vestido era longo, chegando até o chão, com uma fenda que ia do tornozelo ao início da perna, conferindo um ar de elegância, refinamento e sensualidade. O tecido de cetim proporcionará um brilho sutil, destacando sua presença no salão. Elisa usava joias delicadas, um colar com um pingente discreto, realçando sua beleza natural sem roubar a atenção do vestido. Brincos de diamante complementando seu look, adicionando um toque de sofisticação. Uma pulseira fina adornará seu pulso, acrescentando um toque de glamour discreto. Seu cabelo estava elegantemente penteado em uma trança de lado, complementando o estilo clássico do seu vestido. Uma maquiagem sofisticada realçava seus traços faciais, com destaque para os olhos esfumados em tons de marrom e dourado. Seus lábios eram destacados com um batom vermelho intenso, harmonizando com a cor do vestido. Elisa usava sapatos de salto alto, combinando com o vestido e proporcionando elegância e altura ao seu visual. A cor dos sapatos era na cor preta, para não competir com a cor vibrante do vestido. Elisa usava uma pequena clutch de mão, combinando com a cor e estilo do vestido, para carregar seus pertences essenciais durante a festa. Sua postura era impecável, e iria demonstrar confiança e presença diante dos convidados e chefes mafiosos. Elisa certamente irá se destacar no salão com seu vestido de cetim vermelho, irradiando elegância e transmitindo sua importância como herdeira da família Toscano, com uma enorme fenda na perna direita e alças finas. Alejandro ficou se perguntando onde estava a sua lingerie, que não marcava no vestido e parecia ser sua segunda pele, ajustando-se perfeitamente às suas curvas. Elisa foi até Alejandro, deu um leve beijo em sua bochecha, estendeu a mão e disse: — Por hoje, uma trégua. Tia disse que essa noite é importante para você, então me comportarei corretamente, como forma de agradecimento pelo que você fez por mim mais cedo. — confessou Elisa com sinceridade. — Você não tentando fugir de novo. Tudo dará certo — responde Alejandro. Alejandro deu o braço para Elisa e saíram juntos. Poucos minutos depois, entraram no salão e todos voltaram suas atenções para eles. A decoração do salão para a apresentação de Elisa Toscano à família de mafiosos estava imponente, elegante e transmitia poder e prestígio. A decoração do salão com cores escuras e ricas, como vermelho escuro, preto, bordô e dourado. Iluminação suave e indireta, com luzes de velas para criar um clima intimista e misterioso. Com destaque na iluminação direcionada nas áreas principais, como o palco e a mesa dos chefes, entre azul marinho, prata, dourado e vermelho de acordo com a hierarquia dos convidados. A mesa do Dom Pietro era a única mesa longa com um belo tecido de mesa em veludo vermelho escuro. Arranjos de flores em vasos elegantes e sofisticados, com rosas vermelhas na mesa do Dom Pietro, em outras mesas havia as orquídeas brancas. Muitos castiçais com velas para adicionar um toque de romance e mistério. Com cadeiras estofadas em veludo para a mesa do Dom e o couro na cor preta para as mesas restantes, com detalhes dourados ou prateados. Painéis de tecido drapeados nas paredes, em cores escuras e ricas. Espelhos grandes com molduras ornamentadas para adicionar sofisticação. Fotografias emolduradas de figuras importantes da família mafiosa, e a do Dom Pietro no centro e em evidência. Tapetes espessos e macios no chão, em cores escuras e com padrões elegantes. Lustres de cristal para adicionar um toque de glamour. Elementos decorativos que remetiam ao estilo clássico e opulento, como estátuas de mármore, vasos ornamentados e cortinas pesadas. Alejandro entregou um envelope a Elisa e ele viu os lugares marcados com o nome de cada família. Pegou a placa com o nome dela e a colocou em sua mesa, percebendo os olhares curiosos dos aliados e inimigos, questionando quem ela era. No meio da festa, o líder do conselho e seu Dom pediu a palavra: — Boa noite, amigos, aliados e inimigos. Antes de tudo, tenho uma mensagem para duas famílias que fazem parte do conselho, mas estão tramando contra a família do Dom. Por favor, quero o representante direto das famílias Sanchez e Capuleto aqui na frente. — ordenou o Dom com altivez perante todos. Alejandro viu os dois se levantarem, com medo evidente em seus olhares. Sabiam que confrontar o Dom era assinar a sentença de morte para toda a família. Seu avô causava medo. Os dois subiram ao palco e era hora de Alejandro e sua bela noiva se apresentarem. Ele pegou a mão da Elisa, olhou fundo em seus olhos e disse a ela para confiar nele, que nada de ruim aconteceria com ela. Então, com toda a altivez dos González, fez uma reverência, e ela fez o mesmo. Elisa estava assustada, mas tinha uma postura firme e forte: — Senhores do conselho, quero apresentar meu sucessor daqui a três anos, meu neto, Alejandro González, o futuro Dom. Sabemos que hoje muitos aliados apresentariam suas filhas como possíveis esposas do Dom, mas levaremos em consideração a vontade de Alejandro. Então, o que você tem a dizer? — diz o Dom olhando para Alejandro. — Agradeço a todos por estarem aqui com meu avô. Quero dizer a todos que já tenho minha noiva, e nos casaremos daqui a duas semanas. Muitos tentaram prejudicá-la no caminho, e ela perdeu os pais e os padrinhos. — falava Alejandro. — Hoje, Valentim Capuleto tentou acabar com ela. Sei que muitos não entendem o motivo. Vocês se lembram da minha mãe, Eline, e de seu irmão, Elton Toscano, meu tio. Essa bela garota é a herdeira do império Toscano. E aviso a todos que se afastem de todas as propriedades que pertencem a ela, pois em breve pertencerão à família do Dom. — ordenou Alejandro sem fraquejar um instante. — Entendemos, Alejandro. Eu, como representante Capuleto, te pergunto, você tem como provar que ela é uma Toscano? — perguntou o líder dos Capuleto. — Bem, como já passamos da meia-noite, estamos em outro dia, não é? Ontem pela manhã, ela levou um tiro de um Sanches contratado. Portanto, fizemos um exame de DNA com seu parente mais próximo, minha mãe, que é sua tia. Esse exame comprova seu parentesco com Elton. Portanto, Capuleto, afaste-se e devolva o que lhe pertence, a menos que queiram uma guerra direta contra o Dom. — exigiu Alejandro.Todos ficaram calados, e um acordo de proteção foi assinado. Qualquer atentado contra Elisa seria considerado traição. Alejandro percebeu que ela precisava conhecer todo aquele mundo e treiná-la para não ser fraca.Alejandro deu o braço a Elisa, e ela aceitou, deixando todos para trás. Seu avô foi até a mesa dos Capuleto, disse algo e os acompanhou.Minutos depois, deixaram seu avô, sua mãe e a pequena Pietra em casa.— Não desce, Elisa. Podemos dar uma volta? — Alejandro perguntou com expectativa.— Não sei, Alejandro. — respondeu Elisa acanhada.— Quero te conhecer, só um pouco. — pediu Alejandro.— Vá, minha sobrinha. Com ele, você estará bem protegida. — indagou Eline.— Tudo bem, tia. Vamos, Alejandro. — concordou Elisa.— Está com medo de mim? — indagou Alejandro.— Deveria estar? — perguntou Elisa sorrindo.— Não! — respondeu Alejandro friamente.— Então vamos. — falou Elisa colocando o cinto.Alejandro ligou o carro e a levou até a praça Zócalo. Ela parecia calma, observando a
Um mês se passou desde então. Alejandro poderia esperar os próximos três anos para se casar com Elisa, mas ela necessitava de sua proteção e assim seria.Convencê-la não foi tarefa fácil, porém, com a ajuda de Pietra e sua mãe, ela acabou aceitando. O que inicialmente seriam apenas duas semanas de preparação, transformou-se em um mês, garantindo que tudo estivesse perfeito para ela.Agora, Alejandro estava no salão cheio, onde todos do conselho estavam presentes, inclusive os malditos Sanchez. Seu avô designara vinte homens para a mesa deles, prontos para agir caso houvesse qualquer movimento suspeito. Ali, no altar improvisado, ele sentia uma mistura de nervosismo e incerteza. Sabia que aquele casamento seria apenas uma fachada, mas algo dentro de seu peito ardia, questionando se ele realmente desejava que fosse apenas isso, de fachada. Enquanto a marcha nupcial ecoava pelo salão, ele a via adentrar. Por um momento, sentiu-se quase desfalecer ao vê-la entrar de mãos dadas com sua mã
— Tem certeza de que ele acordou depois desses dias?! — perguntou alguém preocupado.— Sim, mas ele não se lembra de nada. — respondeu o médico com tranquilidade.— Nem da filha, que sempre foi o seu maior tesouro?! — indagou ele.— Infelizmente, ainda não. — confirmou o médico.— Vou falar com ele, talvez ele se lembre de algo. — falou alguém.Sua cabeça dói, Elton tenta lembrar quem é, mas não consegue. Se questiona sobre o motivo de estar ali, e sente um aperto no peito a cada respiração. Então, alguém entra no quarto junto com o médico:— Elton, meu amigo, que susto você me deu. — cumprimenta Vincenzo.— Você me conhece? — questiona Elton confuso.— Conheço sim, somos amigos desde o seu casamento com a Eliana. — responde Vincenzo tentando passar tranquilidade.— Eliana, então sou casado? — indagou Elton com a mão na cabeça.— Sim, é pai de uma bela garota. — esclareceu Vincenzo.— Não consigo lembrar de nada. — falou Elton fazendo caretas.— Não se preocupe, você precisa se recupe
— O que significa isso, Ale? — perguntou Elisa confusa. — Eli, o tio está vivo. Ele perdeu a memória depois de quase morrer. — começou Alejandro a explicação. — Não acredito, isso é verdade? — perguntou ela, olhando para a tela do celular. — Sim, minha linda. Vincenzo o encontrou e cuidou dele. — explicou ele pegando nas mãos dela. — Onde ele está? Preciso ver meu pai. Só sobrou ele comigo. — questionou Elisa eufórica. — E eu, a mamãe, Pietra? — falou Alejandro com o semblante triste. — Desculpe, você entendeu, meu bem. Onde ele está? — perguntou ela acariciando o rosto dele. — Aqui, mas... — indagou Alejandro — Mas o quê? Me deixe ve-lo. — pediu ela. — Você vai, Eli, mas como eu disse, ele está sem memória. — explicou Alejandro. — Não, por quê? — questionou ela em choque. — Ele quase morreu. Vamos descer, vem vê-lo. — falou Alejandro pegando na mão dela. — Aí, agora fiquei nervosa. — falou ela emocionada. — Boba, vem. — falou Alejandro brincando com ela. Elisa trocou a
Desde que Elisa conheceu Alejandro, ele só a ajuda e a protege. O cassino nunca foi parte de sua vida, mas é da dele. O que lhe custaria fazer algo por ele, então decidiu ir. Ele ficou muito feliz e seus olhos brilharam, deixando-a confusa. Elisa queria blindar o próprio coração e resistir à paixão, mas com ele sendo tão atencioso, estava cada vez mais difícil resistir ao desejo de beijá-lo. Após tomar um banho, Alejandro saiu do banheiro com uma toalha e seguiu para o closet. Em suas costas, tinha uma enorme tatuagem de um dragão chinês e o brasão da família, que chamou a atenção da Elisa, fazendo-a perder-se na contemplação até que ele a chamou: — Eli! — chamou ele. — An, oi. — respondeu ela absorta em seus pensamentos. — Gosta do que vê esposa? — brincou ele.— O que? — respondeu ela sem pensar. — Estou falando com você e você nem responde. — indagou Alejandro.— Desculpe, o que quer? — perguntou Elisa. — Já pode ir tomar banho. — falou ele. — Ah, certo. — indagou ela indo p
Apesar de Elisa não admitir a Alejandro, por um momento ela quis ser tomada nos braços por ele e esquecer tudo, até o próprio nome. Já passava das três da madrugada quando decidiram ir embora para casa. Os seguranças foram pegar o carro, e os ficaram na porta do cassino. Alejandro a abraçou, ela sentia frio, de repente ouviram um barulho e um carro vindo em alta velocidade em sua direção. Mais uma vez, o instinto de uma Toscano tomou conta dela, fazendo-a lembrar como se fez presente dentro do cassino, e ela puxou a arma que Alejandro carregava nas costas, e foi até o meio da rua, mesmo a contra gosto dele. Parou em frente ao carro, onde havia dois homens encapuzados. Ela mirou no motorista e atirou, acertando-o precisamente. Viu o carro bater alguns metros adiante, e apesar de estar tremendo dos pés à cabeça, sentiu que tinha matado aquele homem. Alejandro veio até ela e a abraçou, enquanto Juan e dois seguranças se aproximaram do carro. O homem do passageiro tentou fugir, mas Ju
Ele cortou o beijo, os dois já estavam ofegantes:— Não faça isso, Eli. Você sabe o que eu sinto por você, minha loirinha pimenta. — disse Alejandro.— Não gostou do meu beijo, eu sabia que era um erro. — ela respondeu com tristeza.Ignorando o arrependimento dela, Alejandro a puxou para si e a beijou com força. Um desejo incontrolável tomou conta dele enquanto ela mordia seu lábio, deixando um gosto de sangue em sua boca. Elisa, então, se transformou, pulando em seu colo. Alejandro a segurou pela bunda e intensificou o beijo, ele a beijava com urgência e desespero e com medo que tudo fosse um sonho lindo e perfeito.O beijo não foi delicado; ela parecia uma fera recém-solta de uma jaula. Alejandro ficou surpreso, nem parecia que era sua primeira vez, pelo menos ele acreditava que era sim, sua primeira vez. Ainda com ela em seus braços, Alejandro deu várias mordidas em seu pescoço, e ela rasgou a camisa dele.Alejandro interrompeu o beijo e a encarou. Elisa ofegava, com as maçãs do ro
Naquela noite, a tranquilidade reinava, algo que não experimentavam havia muito tempo. Após o jantar, Alejandro se dirigiu ao escritório, assim como seu avô e sogro foram. Apesar da escuridão que a falta de memória trazia em alguns momentos, Elton estava determinado a descobrir quem havia ordenado a dizimação de sua família e o assassinato de sua esposa. Em meio a esses pensamentos, recordou-se de que haviam tido embates diretos com os Sánchez, mas começou a considerar a possibilidade de que o verdadeiro inimigo fosse os Capuleto, já que uma grande parte de suas posses havia sido transferida para eles. — Será que foram eles? — questionou Elton, com um tom de desconfiança. — Não duvido, porque matei um deles no Brasil, quando levei Elisa lá — respondeu Alejandro, lembrando de um episódio passado. — Droga, minha pasta tinha muitos documentos importantes lá — lamentou-se Elton, frustrado pela perda. — A pasta está com a Elisa, mesmo o Vincenzo querendo levá-la com ele — explicou Al