Capítulo 2

Valentina se encontrava parada no hall de entrada da imponente mansão, admirando a grandiosidade do lugar. O Sr. Smith observava-a com um olhar penetrante, como se estivesse avaliando cada reação dela.

— Bem-vinda à sua nova casa, Valentina. Espero que você se sinta confortável aqui — disse o Sr. Smith.

Valentina forçou um sorriso educado, mas por dentro, ela estava cheia de apreensão. Ela sabia que teria que ser cautelosa ao explorar essa nova vida, sem saber ao certo quem era o Sr. Smith e quais eram suas verdadeiras intenções.

— Obrigada, Sr. Smith. Eu... estou ansiosa para conhecer mais sobre este lugar — respondeu Valentina.

— Claro. Mas primeiro, vamos garantir que você se instale confortavelmente em seu novo quarto — disse o Sr. Smith.

O Sr. Smith conduziu Valentina pelos corredores labirínticos da mansão, cada passo ecoando nos grandes espaços vazios. Valentina tentava memorizar cada detalhe do caminho, mas se sentia perdida na imensidão da casa.

Finalmente, eles chegaram a uma porta de madeira maciça, que o Sr. Smith abriu para revelar um quarto espaçoso e luxuoso. Valentina mal conseguia acreditar em seus olhos enquanto observava os móveis elegantes e os detalhes requintados ao seu redor.

— Este será o seu quarto a partir de agora. Espero que você se sinta confortável aqui — disse o Sr. Smith.

Valentina olhou ao redor do quarto, maravilhada com a elegância e o conforto que a cercavam. Ela nunca imaginou que um dia teria um espaço tão luxuoso só para si. No entanto, por mais impressionada que estivesse, a sensação de apreensão persistia em sua mente.

— Obrigada, Sr. Smith. É... é um quarto incrível — respondeu Valentina.

— Fico feliz que tenha gostado. Se precisar de algo, estarei à disposição. Agora, acho que é hora de você descansar um pouco após a longa viagem — disse o Sr. Smith.

Valentina assentiu, agradecendo silenciosamente por um momento de solidão. Assim que o Sr. Smith saiu do quarto, ela fechou a porta atrás dele e se jogou na cama macia.

Enquanto se acomodava, Valentina não conseguia deixar de se perguntar sobre o Sr. Smith e suas verdadeiras intenções. Por que ele a escolheu? O que ele queria dela? Ela sabia que precisava estar alerta, mas também estava determinada a descobrir a verdade sobre sua nova vida na mansão.

Dois meses se passaram desde que Valentina chegou à mansão sob os cuidados do Sr. Smith.

Durante esse tempo, sua vida se resumia a uma rotina monótona de estudos e solidão.

Valentina era submetida a aulas particulares diárias, onde estudava uma variedade de matérias, desde história e literatura até ciências e línguas estrangeiras. O Sr. Smith era o único contato humano que ela tinha, além dos funcionários da mansão que mantinham distância.

No entanto, apesar do rigor das lições, Valentina começou a perceber que algo estava errado. Ela não conseguia ignorar o fato de que estava sendo mantida isolada do mundo exterior, sem poder sair da mansão ou interagir com outras pessoas além de seu tutor.

Enquanto Valentina mergulhava em seus estudos solitários, uma sensação de inquietude crescia dentro dela. Ela ansiava por contato humano genuíno, por uma conexão com o mundo lá fora que há tanto tempo lhe era negada.

Numa tarde sombria, quando os raios de sol mal conseguiam penetrar pelas janelas empoeiradas da mansão, Valentina ouviu passos pesados ecoando pelos corredores. Ela ergueu os olhos do livro que estava lendo e viu o Sr. Smith se aproximar.

Valentina notou imediatamente o cheiro forte de bebida que o cercava, uma nuvem de álcool que pairava ao redor dele. Ela se perguntou o que teria acontecido para deixá-lo tão alterado, mas manteve sua expressão neutra, escondendo sua preocupação por trás de uma máscara de calma.

— Valentina, querida... como foram seus estudos hoje? — perguntou o Sr. Smith, sua voz arrastada e irregular.

— Meus estudos foram como de costume, Sr. Smith. Eu... estou preocupada com o senhor, parece que algo aconteceu — respondeu Valentina, tentando sondar a situação.

O Sr. Smith balançou a cabeça, uma careta passando por seu rosto, transformando-se em raiva.

— Você não precisa saber, criança burra — disse ele, sua voz carregada de desprezo.

Valentina ficou em choque, mas antes que pudesse reagir, o Sr. Smith levantou a mão e começou a bater nela com raiva.

— PARE! — gritou Valentina, tentando se proteger dos golpes.

Mas o Sr. Smith não parou, e Valentina, em um momento de desespero, conseguiu dar um soco nele, fazendo-o recuar.

Foi nesse momento que o Sr. Smith mostrou sua verdadeira intenção.

— Seu monstrinho, só a adotei para te usar, e é o que vou fazer — disse ele, revelando seu lado mais sombrio.

Sr. Smith estava tentando abusar sexualmente de Valentina

Durante o ato, Valentina tentou se defender, lembrando-se das técnicas de autodefesa que Alex havia lhe ensinado. Ela lutava ferozmente, socando e chutando, determinada a escapar.

Na luta, Valentina conseguiu pegar uma arma que Smith havia deixado descuidadamente perto. Em um movimento rápido e decisivo, ela atirou nele, certificando-se de que ele não pudesse mais ameaçá-la.

Valentina se envolve em uma pressa silenciosa, seu coração martelando com determinação enquanto ela toma decisões rápidas e importantes. Ela sabia que precisava agir rápido e com cautela, antes que fosse tarde demais.

Depois de tomar um banho rápido para acalmar seus nervos e lavar os traços da luta, Valentina empacotou suas poucas posses em uma pequena mala. Ela pegou o dinheiro que havia economizado ao longo dos meses, guardando-o em um pequeno bolso escondido em sua bolsa.

Com tudo pronto, Valentina fez seu caminho pelos corredores sombrios da mansão, sua respiração presa em sua garganta enquanto ela se esforçava para manter a calma. Ela sabia que não podia deixar que o medo ou a incerteza a detivessem agora. Ela tinha que ser corajosa, tinha que ser forte.

Finalmente, ela chegou à porta da frente, seus dedos tremendo enquanto ela girava a maçaneta. O ar fresco da noite a envolveu quando ela deu o primeiro passo para fora da mansão, sua mente girando com possibilidades e perigos.

Valentina se dirigiu rapidamente para o portão principal, seus olhos procurando freneticamente por qualquer sinal de Alex ou do orfanato. Mas quando chegou ao local onde esperava encontrar seu antigo refúgio, ela se deparou com um vazio frio e desolador.

O orfanato estava escuro e silencioso, suas janelas vazias e suas portas trancadas. O coração de Valentina afundou em seu peito enquanto ela percebia que seu plano de fuga havia sido frustrado. Alex e o orfanato já não eram mais uma opção para ela

Com lágrimas nos olhos e o peso da incerteza em seu coração, Valentina percebeu que estava completamente sozinha. Ela não tinha para onde ir, ninguém para ajudá-la.

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