Capítulo 6

Valentina, aos 19 anos, já era uma figura lendária no submundo sombrio de Nova York. Conhecida como "A Ceifadora", ela havia ganhado sua reputação através de sua habilidade implacável nos ringues clandestinos e rachas ilegais. No entanto, por trás da fachada de ferocidade, havia uma jovem assombrada por suas próprias escolhas e pelos fantasmas de seu passado.

A vida de Valentina nos últimos anos havia sido uma montanha-russa de emoções e desafios. Desde a fuga da mansão do Sr. Smith até o confronto fatídico que a transformou em "A Ceifadora", cada passo de sua jornada foi marcado por lutas e sacrifícios.

A reputação de Valentina como "A Ceifadora" não era apenas um título vazio; era uma representação sombria de sua habilidade e ferocidade nos ringues clandestinos de Nova York. Cada confronto era uma demonstração de sua determinação implacável, mas foi em uma noite fatídica que ela cruzou uma linha perigosa, mergulhando em um abismo de violência e fúria descontrolada.

O ambiente no ringue era eletrizante, carregado com a tensão palpável dos espectadores que aguardavam ansiosos pelo próximo confronto. Valentina, conhecida como "A Ceifadora", entrava no ringue com uma aura de destemor e confiança, seus olhos faiscando com intensidade sob as luzes fracas do local.

Seu oponente era um homem robusto e intimidador, com uma expressão desafiadora estampada no rosto. Ele representava um desafio formidável, mas Valentina estava determinada a enfrentá-lo de frente, sem recuar.

O sino ecoou, marcando o início da luta, e os dois lutadores se lançaram um contra o outro com uma ferocidade impressionante. O homem avançou com golpes poderosos, buscando subjugar Valentina com sua força bruta. No entanto, ela não se deixou intimidar. Com agilidade e precisão, desviou dos golpes do oponente e respondeu com contra-ataques certeiros.

A luta tornou-se uma dança mortal, onde cada movimento era calculado e cada golpe tinha um propósito claro. Valentina estudava seu oponente atentamente, procurando por fraquezas e oportunidades de ataque. Ela não apenas lutava; ela dominava, controlando o ritmo e o fluxo da batalha com uma maestria impressionante.

No entanto, em meio à intensidade do confronto, algo dentro de Valentina mudou. Uma onda de raiva e fúria a consumiu, obscurecendo seu julgamento e turvando sua visão. Ela perdeu o controle, entregando-se à selvageria da luta de uma forma que nunca havia experimentado antes.

Em um momento de frenesi, ela lançou um golpe certeiro que atingiu em cheio o rosto de seu oponente. Um som abafado ecoou pelo ringue quando seu punho conectou-se com a mandíbula do homem, fazendo-o cambalear para trás.

A multidão ao redor gritava e aplaudia, absorvida pela intensidade da luta. No entanto, Valentina estava mergulhada em sua própria escuridão, sua mente obscurecida pela raiva e pela fúria.

Ela avançou impiedosamente, seus punhos voando com uma velocidade devastadora. Cada golpe era um golpe de vingança, uma manifestação de toda a dor e angústia que ela carregava dentro de si.

Mas então, em um momento de choque e horror, tudo parou. O homem caiu de joelhos, seu rosto contorcido de dor e agonia. O sangue escorria de uma ferida profunda em sua cabeça, pintando o chão do ringue de vermelho.

Valentina olhou para baixo, seus olhos encontrando os do homem caído diante dela. Por um momento fugaz, ela viu o reflexo de sua própria fúria refletido neles.

Foi nesse momento que algo dentro de Valentina quebrou. A névoa da raiva se dissipou, deixando-a confrontada com as consequências de seus atos. Ela recuou, horrorizada pelo que havia feito.

O homem estava imóvel no chão, seu corpo inerte e sem vida. Valentina recuou ainda mais, seus punhos agora pendendo ao lado de seu corpo. O silêncio pesado pairava sobre o ringue, interrompido apenas pelo som abafado do respirar dos espectadores ao redor.

A realidade daquela noite assombrou Valentina muito depois do fim da luta. Ela havia cruzado uma linha que jamais deveria ter cruzado, e agora carregava o peso daquela escolha para sempre.

Foi assim que Valentina se tornou "A Ceifadora" não apenas pelas vitórias que conquistou nos ringues clandestinos, mas também pelo preço sombrio que pagou por sua própria sede de vingança. Ela aprendeu uma lição amarga naquela noite, uma lição que a acompanharia pelo resto de seus dias.

Enquanto Valentina continuava sua jornada, sua reputação como "A Ceifadora" se espalhava como um boato sussurrado nas sombras de Nova York. Ela se tornou um mito urbano, uma lenda entre os que viviam à margem da sociedade, uma fonte de medo e admiração para aqueles que ouviam falar de suas façanhas.

Apesar de sua determinação em fazer a diferença, Valentina não estava imune aos perigos que enfrentava. Ela era constantemente perseguida por aqueles que procuravam explorar sua habilidade para benefício próprio, seja na forma de gangues rivais que buscavam neutralizar uma concorrente perigosa ou de autoridades corruptas que viam nela uma ameaça ao seu domínio sobre as ruas da cidade.

No entanto, Valentina recusou-se a recuar. Ela estava determinada a usar suas habilidades para proteger os vulneráveis e lutar contra a injustiça onde quer que a encontrasse. Ela sabia que sua jornada seria difícil e perigosa, mas ela estava disposta a enfrentar qualquer desafio que o destino lançasse em seu caminho.

À medida que os anos passavam, Valentina continuava a se aprimorar como lutadora e protetora. Ela expandiu suas habilidades além dos ringues clandestinos, envolvendo-se em operações de resgate de vítimas de tráfico humano, confrontando traficantes de drogas e defendendo os fracos e oprimidos das garras daqueles que os exploravam.

No entanto, sua busca por redenção não foi sem seus altos e baixos. Houve momentos em que ela se viu questionando suas próprias motivações e métodos, momentos em que a linha entre a justiça e a vingança parecia tênue demais para ser distinguida. 

O legado de "A Ceifadora" não se limitava apenas às ruas de Nova York; ele ecoava muito além dos limites da cidade, inspirando aqueles que ansiavam por justiça e liberdade em todos os cantos do mundo. Sua história se espalhou como uma chama, alimentando a esperança daqueles que se sentiam perdidos e desamparados, mostrando-lhes que mesmo nas circunstâncias mais sombrias, a luz da coragem e da determinação ainda podia brilhar.

Para os oprimidos, ela era um raio de esperança em meio à escuridão, uma prova de que a resistência era possível e que a mudança estava ao alcance daqueles dispostos a lutar por ela. Para os opressores, ela era um lembrete sombrio de que a justiça sempre prevaleceria sobre a tirania, não importa quão poderosos fossem aqueles que a desafiavam

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