Capítulo 9

O sol começou a se pôr sobre os arranhões de Nova York quando Valentina apareceu em seu apartamento. Ela estava impaciente para chegar em casa e compartilhar as últimas novidades com Any e Victor. Seu encontro com Kyne e Damian deixou uma sensação de excitação e nervosismo no ar, e ela precisava do apoio de seus amigos enquanto se preparava para o desafio que se aproximava.

Ao entrar no apartamento, Valentina encontrou Any e Victor na sala de estar, absortos em um livro.

— Você não vai acreditar no que aconteceu hoje, disse Valentina.

Any tirou os olhos do livro, seu rosto se iluminando com interesse.

— O que foi? Você parece animada, disse Victor.

Valentina se jogou no sofá ao lado de Any, ansiosa para compartilhar as últimas novidades.

— Tive um encontro com Kyne e Damian esta tarde. Eles me desafiaram para uma luta para provar minhas habilidades, disse Valentina.

Victor arregalou os olhos, surpreso com a notícia.

— Uma luta? Isso é incrível! Você vai aceitar?

Valentina concordou, um sorriso determinado brincando em seus lábios.

— Claro que sim. É uma oportunidade que não posso deixar passar. Se eu impressionar Kyne e Damian, posso ganhar uma posição de destaque no submundo da máfia.

Any franziu a testa, preocupada com os perigos que a luta representava.

— Mas e se algo der errado? Essa luta pode ser perigosa, Val.

Valentina colocou a mão no ombro de Any, tentando transmitir confiança.

— Eu sei. Mas é um risco que estou disposta a correr. Se eu provar minha valentia e habilidade, posso ganhar sua confiança e abrir portas para oportunidades que antes eram inacessíveis.

Any consentiu, compreendendo a determinação de Valentina.

— Estaremos ao seu lado, Val. Não importa o que aconteça, estaremos lá por você.

Valentina sorriu, grata pelo apoio de sua amiga.

— Obrigada, Any. Significa muito para mim.

Enquanto conversavam, Valentina começou a fazer planos para a luta que viria. Ela sabia que treinou mais do que nunca para estar preparada para o desafio que a aguardava.

No dia seguinte, Valentina se dedicou completamente ao treinamento. Ela passou horas no ginásio, aprimorando suas habilidades de luta e aumentando sua resistência física. Cada golpe, cada chute, era um passo em direção à sua preparação para a luta que viria.

À medida que o dia da luta se aproximava, a tensão no apartamento aumentava. Any e Victor estavam preocupados com o bem-estar de Valentina, mas também confiavam em sua habilidade e determinação.

Finalmente, o dia da luta chegou. Valentina se preparou mentalmente, focando sua mente e seu corpo para o desafio que a aguardava. Ela vestiu seu traje de combate, sentindo-se como uma guerreira prestes a entrar na arena.

Quando chegou a hora, Valentina partiu para o local da luta. O clube noturno "Eclipse" estava cheio de pessoas, a energia eletrizante emparelhando no ar enquanto a multidão aguardava ansiosamente o início do evento.

Valentina adentrou o ringue, seus olhos faiscando com determinação enquanto observava seus oponentes. O ambiente estava eletrificado, com uma energia carregada de tensão e antecipação. Do outro lado do ringue, estava Eduardo Russo, um dos lutadores mais habilidosos e temidos da máfia russa. Seu rosto estava contorcido em um sorriso arrogante, desafiador.

— Olha só quem decidiu se juntar à diversão. Esperava mais de você, Valentina.

— Poupe-me dos seus comentários vazios, Russo. Estou aqui para lutar, não para trocar insultos.

Eduardo riu, seus olhos cintilando com malícia.

— Ah, eu sei porque você está aqui, Valentina. Você quer provar que é melhor do que eu, não é? Bem, prepare-se para se decepcionar.

Valentina apenas arqueou uma sobrancelha, sua expressão impassível.

— Vamos ver o que você é capaz, Russo. Não vou te poupar só porque você acha que é importante.

A luta começou com uma explosão de movimentos rápidos e precisos. Valentina e Eduardo se enfrentam com uma ferocidade implacável, cada um determinado a provar sua superioridade sobre o outro. Os golpes trovejaram no ringue, ecoando como trovões em meio ao silêncio tenso da multidão.

— Você não é páreo para mim, Russo. Se renda antes que eu seja forçado a machucá-lo mais.

Enquanto lutavam, seus corpos se moviam em um balé mortal, esquivando-se e contra-atacando com uma agilidade impressionante. Eduardo era um adversário formidável, com força e habilidade igualmente impressionantes, mas Valentina foi determinada a sair vitoriosa.

A troca de palavras só aumentou a intensidade da luta, com Valentina e Eduardo se enfrentando com ainda mais ferocidade. Mas, no final, foi Valentina quem emergiu como vitoriosa, seu golpe final deixando Eduardo cambaleando, derrotado mas não morto.

— Sua teimosia vai acabar te colocando em apuros um dia, Russo. Considere-se com sorte por ainda estar respirando.

Enquanto Valentina saía do ringue, ela foi abordada por Kyne, que esperava nos bastidores com uma expressão séria, porém intrigado.

— Valentina, você realmente impressionou a todos aqui esta noite. Sua habilidade na luta é inegável.

Valentina lançou um olhar cauteloso para Kyne, observando-o com atenção enquanto tentava decifrar seus interesses.

— O que um homem como você quer com alguém como eu?

Kyne transmitiu de forma enigmática, seus olhos brilhando com uma luz misteriosa.

— Acho que podemos ter interesses em comum, Valentina. Tenho ouvido falar muito sobre você e suas habilidades. Acredito que ideias serão úteis um ao outro.

Valentina arqueou uma sobrancelha, desconfiada das palavras de Kyne.

— E o que exatamente você propõe?

Kyne se mudou dela, sua presença imponente preenchendo o espaço entre eles.

— Tenho certeza... oportunidades que poderiam ser do seu interesse. Mas antes das obrigações, preciso saber se você está disposto a ouvir o que tenho a dizer.

Valentina ponderou por um momento, avaliando as palavras de Kyne com cautela. Ela sabia que se envolveria com alguém como ele poderia ser perigoso, mas também reconhecia que poderia ser uma oportunidade para avançar em seu mundo sombrio.

— Estou disposta a ouvir o que você tem a dizer, Kyne. Mas saiba que não sou uma pessoa fácil de manipular.

Kyne assentiu, seu sorriso se alargando gradualmente.

— Isso é tudo o que peço, Valentina. Venha comigo e vamos conversar em um lugar mais... discreto.

Valentina concordou, seguindo Kyne pelos corredores escuros e labirínticos do local. Ela se perguntou o que ele tinha a oferecer e quais seriam as implicações envolvidas. Mas uma coisa era certa: Valentina estava determinada a garantir sua própria segurança e, se possível, fortalecer sua posição no mundo do crime.

Finalmente, eles chegaram a um escritório privado e discreto nos fundos do local, onde Kyne a convidou para se sentar.

— Por favor, Valentina, sinta-se à vontade. O que tenho a dizer é de interesse mútuo, tenho certeza.

Valentina se sentou, mantendo sua postura, pronta para qualquer coisa que viesse a seguir.

— Estou ouvindo, Kyne. Mas seja direto. Não tenho tempo para jogos.

Kyne concordou, seu sorriso desaparecendo enquanto ele se tornava mais sério.

— Como você sabe, faço parte de uma organização influente aqui na cidade. Temos muitos recursos e conexões que podem ser valiosos para alguém com suas habilidades.

Valentina arqueou uma sobrancelha, sua expressão se tornando ainda mais cautelosa.

— E o que exatamente você espera de mim em troca?

Kyne fez uma pausa, ponderando suas palavras cuidadosamente antes de responder.

— Estou interessado em sua... capacidade de resolver problemas de forma eficaz. Há certas... situações que desativam uma abordagem mais... direta, e acredito que você seria a pessoa perfeita para lidar com elas.

Valentina considera as palavras de Kyne, pesando os riscos e benefícios de se envolver com uma organização tão poderosa. Ela sabia que não poderia confiar plenamente nele, mas também reconhecia que poderia ser uma oportunidade para ganhar mais poder e influência no submundo da cidade.

— E como eu sei que posso confiar em você e em sua organização?

Kyne se inclina para a frente, seus olhos fixos nos dela com uma intensidade penetrante.

— Você terá que confiar em mim, Valentina. Mas saiba que não sou o tipo de pessoa que decepciona.

— Se você estiver disposto a trabalhar conosco, tenho certeza de que teremos um relacionamento... mutuamente benéfico.

Valentina ponderou as palavras de Kyne por um momento, avaliando suas opções. Ela sabia que estava entrando em um terreno perigoso, mas também reconheceu que poderia ser uma oportunidade única para avançar em seu mundo sombrio.

— Muito bem, Kyne. Estou disposto a ouvir mais sobre o que você tem a oferecer. Mas saiba que estou fazendo isso para minha própria sobrevivência, não por lealdade a você ou à sua organização.

Kyne sorriu, satisfeito com a resposta de Valentina.

— Isso é tudo o que peço, Valentina. Vamos discutir os detalhes do nosso... acordo.

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