Laila
Jantei na casa do Nicolas naquela segunda feira, depois que tivemos uma longa conversa, esclarecendo todos os mal-entendidos que existiam entre nós e que aconteceram naquele domingo e reforçando a necessidade da confiança entre nós.
O Nicolas tomou banho em sua casa e trocou de roupa, e quando foi me deixar na minha, acabou dormindo lá mesmo, pois não conseguíamos nos afastar um do outro, depois do que tinha acontecido.
- Eu vou comprar um novo apartamento. – Nicolas falou quando eu já estava quase adormecendo, nós dois deitados de conchinha, o aconchego me fazendo sentir protegida e amada.
Eu tinha dormido muito mal na noite anterior, só conseguindo conciliar o sono depois que extravasei todo o choro guardado dentro de mim.
E, apesar de ainda não ser nem dez da noite, eu estava caindo de sono, mas despertei totalmente co
NicolasEntrei em casa e achei estranho o fato de não encontrar dona Célia sentada na sala de estar, fazendo o seu tão querido crochê. Já havia me habituado com aquela rotina, de chegar todas as noites em casa e encontrar a vó da minha esposa naquele mesmo lugar, sua poltrona favorita, pensei com um sorriso.A Laila não estava no escritório hoje, pois o seu projeto de casas populares estava sendo concretizado e ela, em conjunto com a equipe de engenharia, dirigida pelo Ricardo, estavam no local aonde estava sendo construídas as casas.Acredito que só deveria chegar mais tarde, como estava acontecendo sempre que ela decidia ir acompanhar a evolução das obras.Comecei a tirar o paletó, caminhando lentamente em direção ao pequeno bar no canto da sala, pois hoje era uma sexta-feira e o dia tinha sido bem puxado, ainda
PrólogoLailaNicolas havia andado poucos metros com o carro, quando eu pedi baixinho.- Você pode parar o carro, Nicolas?Era agora ou nunca. Eu iria aproveitar essa chance. Talvez não houvesse uma outra oportunidade como essa. Eu precisava tomar alguma atitude! O Nicolas tinha que perceber que existia alguém aqui bem pertinho dele que o amava muito. De verdade.Ele me olhou com estranheza, mas parou o carro ainda no estacionamento onde estávamos.- Aconteceu alguma coisa? – Ele perguntou.
Nicolas Dois anos antes Minha reunião demorou mais que o esperado e acabei não podendo participar da última etapa do processo seletivo para a escolha da minha secretaria. Algo que eu realmente gostaria de ter feito, pois trabalhar diariamente com alguém, em um
Laila Estava praticamente correndo pelas calçadasda Avenida Paulista, em São Paulo, de tão rápido que estava andando devido a pressa. Para falar a verdade, só não corria realmente devido aos saltos que me impossibilitavam tal proeza. Eu estava quase atrasada para uma entrevista importantíssima. Não poderia perder essa oportunidade de jeito nenhum. Laila- Está tão calada desde que voltou da entrevista na construtora. Não se saiu bem? - Perguntou minha irmã Larissa.Eu estava deitada em minha cama, no quarto que eu dividia com minha irmã mais nova, a Larissa, de dezessete ano, enquanto estava sentada em frente a sua mesa de computador, estudando para o Enem, como sempre, pois ela estava totalmente focada em passar para cursar alguma universidade pública. O sonho dela era cursar Direito.- Na verdade, acho que me saí muito bem.- Então por que está com essa cara tão desanimada?- Estou só pensando mesmo, ansiosa eu diria. - Não estava dizendo toda a verdade. É claro que eu estava ansiosa pelo resultado, mas ao mesmo tempo, o meu possível futuro chefe não saia dos meus pensamentos. Mas eu jamais diria a verdade a minha irmã. Eu nãoCapítulo III
NicolasHoje era o primeiro dia de trabalho da nova secretaria do meu irmão e eu estava me controlando ao máximo para não ir até sua sala com algum pretexto qualquer, quando na verdade o que eu queria era vê-la.Passei todos aqueles dias pensando na bela morena de olhos verdes que havia conseguido mexer comigo muito mais que qualquer outra mulher antes conseguira. E nós tínhamos apenas trocado algumas palavras.Poderia ter sido apenas uma ilusão da minha cabeça e quando eu a conhecesse melhor, esse encanto repentino passasse da mesma forma que começou. Eu preferi não arriscar e consegui para que ela não viesse trabalhar diretamente comigo. Não queria correr o risco de que a nossa convivência acabasse por me levar a cometer a loucura de me envolver com uma funcionária que trabalhasse diretamente para mim.Consegui m
Laila - O que você está achando do seu novo trabalho? – A Larissa perguntou, quando estávamos jantando aquela noite. - Estou amando. – Falei sorrindo. - Fico tão feliz por você. – Ela falou sorrindo também. - Você poderia arrumar um trabalho também, Larissa. Essa merreca que você ganha na padaria mal dá para pagar o seu cursinho. – Minha mãe falou, nos fazendo revirar os olhos juntas, parecia até combinado. Mas sempre era assim, mamãe falava esse tipo de coisa e a gente chegava a conversar uma com a outra apenas pelo olhar, pois apesar de ser totalmente sem noção, ela era nossa mãe e sempre a respeitamos. - O que o pai dela manda ajudaria bastante aqui em casa, mas você gasta tudo com roupas e festas, não é mesmo, Melinda? – A vovó falou, o que acabou gerando uma discussão entre as duas, algo bem normal de acontecer na nossa casa. A vovó sempre sustentou a mamãe e
NicolasEu havia decidido terminar minha relação com a Natasha, mas estava sendo bem difícil, uma vez que eu não estava conseguindo falar com ela pessoalmente, desde que chegou ao Brasil, há três dias. Parecia até mesmo que ela estava fugindo de mim, algo que eu não conseguia compreender.Mas hoje à noite eu pretendia por fim aquilo de uma vez por todas e seguir o que meu coração pedia, desde que conheci a Laila.Cada dia mais, eu tinha certeza que não era apenas uma atração passageira o que eu estava sentindo por aquela garota. Ela não me saia da cabeça e eu pretendia começar, seja o qual for o envolvimento que nós viermos a ter, da forma corr